Loving Madly: 15 - Bad Habit




Começava como se estivesse invadindo. De repente, eu me via olhando aquilo milhares de vezes. Enquanto não acabasse, eu não me permitira deixar de ver. Sutilmente uma voz animada chegou perto de mim, mas eu não queria conversa. Fechei o notebook, andei rapidamente até o meu quarto.
Tempos  depois do que houve com Kaylee, eu ainda precisava ficar sozinha. Tinham pessoas demais onde eu estava, ragando minha privacidade ao meio. Alex chegou porque pude  ouvir sua voz estremamente grave. De alguma forma eu fiquei paralisada até saber o que ele queria. Nick estava visitando Alex, mas não falou muito comigo além de palavras esencialmente sutis. 
Semanas antes...
"Ela vai ficar bem. É muito jovem..." Eu ouvia Alex dizendo nos meus ouvidos enquanto eu sentia meus olhos queimarem. Eu não estava muito acostumada a chorar, então me contive com a vontade de querer chorar.
"O que você está fazendo aqui mesmo?" Eu perguntei, tirando o meu rosto do seu pescoço. Ele tinha traços surpresos estampados na face. Lembrei que não devia atirar por todos os lados sendo que a culpa não era dele. Turner não gostou do que ouviu, mas o rosto másculo suavizou em poucos instantes. Era como se ele estivesse dizendo para si mesmo que eu estava ficando doida e não sabia que atos levam à consequências.
"Ajudando você. Vamos pra casa." Ele levantou do sofá desconfortável do hospital e entregou a minha bolsa em minha mão, puxando a minha mão levemente para fora do estabelecimento. Fiz cara feia mas nao recusei o convite. Tinha ficado quatro horas muito frustrantes ali então disse a mim mesma que precisava de alguém do meu lado.
Silenciosamente me dirigi até ao estacionamento. Fomos para "casa". A dele, pelo menos.
Era um apartamento, na verdade. Um local onde ele precisava ficar durante alguns meses, mas bem luxuoso. Um tipo de requinte simples, que não esbanjava nada exótico. Me joguei no sofá enquanto ele fechava a porta. Ele sorriu calorosamente quando me viu confortável, quase dormindo já, naquele local. Fechei meus olhos e respirei o ar frio que tinha cheiro de móveis novos.
"Vá para o corredor, terceira porta à direita." Ele instruiu enquanto tirava um cereal que eu não conhecia e puxava bruscamente o leite para fora da geladeira.
"O que eu vou encontrar lá?" Eu dei um sorriso sugestivo. Tudo com ele levava a algo mais profundo. Ele apenas disse que era o quarto onde eu iria dormir. Deveria eu ficar com uma pessoa como o Alex, em seu apartamento, tarde da noite? Não, eu certamente não deveria. Levantei e disse um "Ok" seco. Caminhei até a porta de entrada, verificando se ele tinha trancado. Sim, ele trancou. Se algo acontecer eu não vou poder sair daqui porque ele levou as chaves. Respirei com calma. Virei.
"O corredor é pra lá." Ele disse, na minha frente. O susto quase me fez cair. Entregou para mim um edredom branco e azul. Peguei, sorri com cautela e andei com passos rápidos. Senti o olhar dele em mim, me vigiando. Só tive certeza de que ele estava me olhando quando virei minha cabeça para olhá-lo. Sorri novamente, nervosa. Ele acenou, sem graça, voltando para a cozinha.
O quarto era maravilhosamente aconchegante. Estendi o edredom na cama, olhei em volta e e a porta do banheiro estava aberta. Tinha cheiro de Calvin Klein e Polo. Por curiosidade, abri o closet e tinham muitas roupas ali. De marcas que eu não fazia ideia que existiam, mas que pareciam ser de qualidade. Decidi fechar a porta antes que ele chegasse e me assustasse como ele fez há alguns minutos. Os passos ainda estavam calmos e não pareciam se aproximar. Eu não sabia o que ele esperava que eu fizesse. Ele queria que eu tirasse minhas vestes e andasse com um bocado de roupa a menos pela casa? Ele pretendia dormir comigo? Tinham outras portas pelo apartamento mas eu não sabia se alguma delas era o quarto dele. Esse não parecer ser o quarto de hóspedes, mas eu ainda estou um pouco nervosa demais pra pensar tanto a respeito.
Eu sabia que ele estava vindo. Os pés dele estavam descalços, pelo jeito. Fingi que estava muito preocupada tirando as minhas sapatilhas antes que ele chegasse. Quando ele abriu a porta também fingi o interesse em olhar para os móveis enquanto estava sentada na cama.
"Com fome?" Ele perguntou. "Se quiser comer alguma coisa é só pegar na cozinha. Eu não sabia o que você queria então..." Eu agradeci por ele ter perguntado mas eu comi muitos daqueles salgadinhos com café da máquina. Ele fecha a porta e, com um certo desconforto, vejo ele desabotoando a camisa enquanto eu finalmente me dou conta de que ele vai dormir aqui. Mordo o lábio fracamente e tiro a minha jaqueta. Tento encontrar um local para colocá-la e Alex levanta o edredom, se deitando em seguida. Não me dou conta de que minha respiração estava rápida. Eu nunca dormi ao lado de ninguém do sexo masculino. É uma sensação diferente já que eu sempre via pessoas dizendo que os homens não eram confiáveis e as experiências de pessoas que eu gostava.
"Vamos domir no mesmo quarto?" Eu disse, ainda um pouco com receio de ele me dizer algo ignorante. Ele estava olhando o celular e digitando algo com um sorriso meio perdido. Eu o chamei e dessa vez ele olhou para mim e prestou atenção na minha pergunta.
"Sim. Eu não esperava hóspedes." Alex falou, depositando o celular no criado-mudo e puxando o lençol para o pescoço. Eu não tinha percebido, mas ele havia ligado o ar-condicionado. 
"Você não está com sono. Pare de fingir." Eu falei. Dei uma risada curta em seguida. Turner se mexeu e abriu os olhos depois de uns longos segundos.
"Vá dormir, Emily." Ele disse e eu me senti um pouco insegura. Senti o meu coração pulsar rapidamente. Deitei ao lado dele. Eu nem tinha me preparado para essa noite. Virei o rosto para ele. Com muito medo que ele pudesse me ver olhando diretamente para o rosto dele, fechei os olhos mas abri uma frestinha para espiar. Alex estava calmo de uma forma tão contagiante... Eu fixei o olhar em seus lábios, e naquele momento, me permiti diminuir ainda mais o espaço entre nós dois. Eu tinha quase certeza de que ele podia sentir que eu me aproximava pela minha respiração. Não sei o que estava pensando, mas queria muito poder tirar a dúvida que pertubava minha cabeça durante tanto tempo. Encostei meus lábios nos dele, e automaticamente senti ser correspondida. Alex não poderia ver meu desespero, então transformei todo o medo em desejo. A vontade que tinha era de beijá-lo com toda a paixão que restava no meu peito, mas me contive a apenas deixar que ele decida o que ele  quer. Alex se deslocou até ficar completamente acima do meu corpo. Suas mãos no meu rosto me segurando de forma firme me deixavam sem reação.
Começou com muita timidez - algo que eu não tinha ideia de onde veio porque ele não era assim - mas depois fui percebendo que ele também me queria.
Ele, com uma certa dificuldade, parou de me beijar e fixou os olhos em meu pescoço, para depois mordê-lo. Um suspiro escapou dos meus lábios e eu senti o corpo de Alex estremecer um pouco. Ele beijou o local onde tinha mordido há poucos segundos e arrastou a sua boca até a minha orelha esquerda.
"Você não devia..." Ele respira. Os meus olhos estavam fechados mas tive que abrí-los quase que imediatamente. "Ter me beijado." Ele completa.
Alex sai da cama, sem me tocar, e abre a porta para logo depois fechá-la. As minhas mãos, que estavam percorrendo as costas dele, estavam mais vazias do que nunca estiveram antes.

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