Love Me The Way I Love You: 01 - Um inteiro


Ele olhava para mim.
E eu olhava para ele.
Não acredito que ainda vou ser tão dependente. Tão fraca. 
— Medo? — Al pergunta, me deixando corada.
— Eu não tenho medo de você — Reuni coragem pra dizer cada palavra daquela frase.
É como se algo me puxasse para dentro de tudo isso. Essa insanidade mental, essa loucura incansavelmente linda... Eu amava e odiava isso. Eu só queria que tudo isso fosse diferente, mais limpo.
— Quer me beijar? — Ele pergunta, olhando fixamente nos meus olhos — Me diga o que está pensando.
— Estou pensando que você é louco.
— E você gosta disso. — Ele sorri, deixando a mostra os lindos dentes que ele tem. 
Seus passos indicam que ele virá até mim com apenas alguns segundos. O cheiro da bebida forte me deixa loucamente obsessiva pelos lábios dele. Eu queria tanto que algum dia ele pronunciasse meu nome docemente...
— Vamos para o quarto.
Ele puxa minhas mãos para o quarto dele, sigo com cautela e medo. Nunca tive sensação mais aterrorizante, como se me afundasse em um poço a cada respiração.
— Quando eu tirar a sua roupa, quero que me beije.



 
— Alex, eu quero sair daqui — Disse, arfando dolorosamente. Seus braços contraem, suas costas se afastam do meu peito. Ele me tira da parede, após me beijar sem o meu consentimento. Se senta numa cadeira, de forma que nossos sexos se tocam. 
— Me peça pra te chupar — Alex olha em meus olhos, docemente, como se estivesse morrendo por pedir isso.
— E se eu não quiser? — Desafio, embora não seja o momento certo.
— Não estou mandando, estou pedindo — Ele diz, sensato.
Hesito. Não sei o que devo fazer com ele aqui. Não me importo quantas vezes me use, isso não machuca o ego que não tenho. Só quero que ele faça isso; me ame. Não interessa se quero ou não: isso não está ao meu alcance.
— Me chupe. — Digo, fechando os olhos e expondo meu pescoço — Forte — Acrescento e sinto-o sorrir.
Seus dentes cravam minha pele fina e sensível, não consigo conter um gemido abafado. Ele morde uma área sensível, me surpreendendo. Ele... é muito intenso. Merda, como fui deixar ele fazer isso comigo? Estou tão louca assim? Logo ele chupa o mesmo local, gemendo enquanto aproximo meu corpo ao dele, puxando seus cabelos.
A conexão. Como ele respira na minha nuca. Como se precisasse de mim.
Mas ele não precisa. Ele só quer uma noite, e nada mais.
Ele arrasta sua face para o outro lado do meu pescoço, pesadamente. Aproveita cada segundo para respirar minha pele, viciado nela. Sua mão direita reúne meus cabelos, formando um nó. Ele puxa. Meu couro cabeludo arde de dor. Agarro seus cabelos, puxando mais intensamente. Mas que merda, o que ele...
— Está doendo? — Alex pergunta. Sinto-o abrir os olhos e encarar minha garganta. Penso em sair dali, mas não consigo.
— Continue — Digo, colocando em conjunto minhas forças para respirar. Estou sobrecarregada.



 
— Oi, Alex — Digo, pensando como o sorriso dele é bonito.
— Oi.
E ele me convidou para tomar café. Depois, fomos na casa dele. Naquele dia, eu descobri o melhor beijo que já tive na vida.




 
Como eu havia mandado, Turner acariciou minha nuca com seus lábios, dando pequenos beijos. Não sei como consegui aguentar as carícias tão profundas que ele depositava sobre a minha pele fraca.
— Vamos pra cama — Turner disse, olhando em meus olhos, esperando aprovação. Ele sabia que eu queria, e como eu, ele também estava ansioso. Ele levantou da cadeira, puxando minhas pernas ao redor da sua cintura. Me levantou junto com ele, me depositando na minha cama com uma pitada de maldade. Que os jogos comecem.
— Excitada. Bom — Ele sorriu sadicamente quando olhou para a minha calcinha. Bastardo de merda.
Puxou-a levemente enquanto murmurava um pedaço da letra de Crying Lightning. O refrão, para ser exata. Ele enfatizou muitas coisas. Olhava para mim com um desejo contido, admirando a renda roxa da peça íntima. Descoberto uma parte do meu corpo, me sentia incomodada pela exposição.
— Eu sei que não gosta disso, mas pense que você é uma vadia — Ele me acalmou quando me viu fechar parcialmente os olhos. Meu cabelos pinicaram com o comentário; fiquei calada. Não importava quantas vezes eu fosse para cama com alguém, era sempre com ele que eu me sentia uma puta. Eu queria isso. Eu já me sentia puta, Alex. 
— Vou deixá-la ver. Não feche os olhos — Me advertiu, olhando para mim ternamente.
Assenti com a cabeça e ele puxou um joelho meu sobre o ombro dele, me fazendo deslisar sobre a cama em direção a ele. Colocou uma perna minha sobre o seu ombro, segurando-a. Sorriu sadicamente e observou minha intimidade.
— Assista eu te foder.




 
— Não devíamos ter feito isso. Eu s-sinto m--muito... — Gaguejei, depois do beijo. Ele apenas acariciou minhas bochechas com seu polegar. Ele parecia não se importar nem um pouco com isso. É como se estivesse fascinado com a idiota na frente dele. 
 
— Venha comigo — Alex falou, ignorando meu pedido de desculpas. Mais tarde vi que ele estava me arrastando para o seu quarto luxuoso, me trancando consigo lá dentro.



 
Ele chupava, lambia... Diversas vezes.
Eu nem sabia mais o que ele estava fazendo. Com lágrimas acumuladas no canto dos olhos, olhei para o teto, gritando. Minhas pernas estavam bambas, minha respiração ofegante. Ele repetia o processo várias vezes, olhando fixamente nos meus olhos. Não consigo parar de gemer. 
Alex avisou-me para não fechar meus olhos, e por mais que a vergonha me consumisse, a tentação de vê-lo me foder era enorme. Ficava hipnotizada com o que Turner fazia ao meu corpo. Minha cabeça girava, tentando absorver o desejo crescente lá embaixo. Só ficava mais excitada a cada toque. Estava construindo mais, a medida que o tempo passava. Ele me deixaria louca daquele jeito.
— Vamos deixar as coisas mais divertidas — Turner anunciou, vendo meu estado totalmente deplorável de desejo.
Afundou seu rosto mais entre minhas pernas, expondo mais meu corpo. Mordiscava o interior, lambendo avidamente, enterrando sua boca pelo vale entre as pernas. Gozei segundos depois. Quantas vezes eu o deixaria fazer o que quisesse comigo?



 
— Quantas vezes você vai fazer isso? — Disse, depois de montar sobre ele, na cama.
— Quantas vezes você ainda quiser — Ele me respondeu, me deixando vermelha. É, Alex sabe como me sinto melhor que qualquer outra pessoa. Isso às vezes me entregava. Turner sabia que eu não mentiria para ele sobre isso. Eu realmente precisava de tudo aquilo que ele me dava, de todo o erótico. De todo o amor. De todas as mentiras. 
Mais tarde eu já estava sobre ele, mergulhando no pau dele. Forte e quente. Agarrei minhas mãos nos braços dele, apoiando meu corpo. Puta merda, como é bom. Eu comecei a mover, rápido. Como se fosse a última vez que eu o viria em minha vida. Eu precisava dessa sensação de ser desejada por ele e somente ele. Aqueles sons pegajosos, o líquido viscoso.
— Rápido — Ele ordenou, calmo. Soltava alguns gemidos fracos, absorvendo as estocadas fundas e deliciosas. Alex segurou minhas coxas, afundando seu pênis mas dentro de mim. Afastou mais minhas pernas e soltei um grito. Ele estocava fundo, de baixo para cima. Agora, era ele quem estava no comando. De novo.



 
Eu cai sobre ele, atingindo meus seios contra o peito dele. 
Ele respirava com muita dificuldade; ainda estava dentro dele. Uma de suas mãos seguravam minhas costas e a outra, ia em direção ao seu pênis, tirando de mim com facilidade. Gemi de novo. Virei meu rosto, que  estava em seu peito, para ele. Encarei sua face com amor, mesmo que ele não soubesse disso.
Beijei os lábios dele, entregando o resto de minhas forças naquilo. Ele segurava minhas costas, meus braços aleatoriamente. Aquele beijo não demorou muito a começar a doer. Sua língua enlaçava com a minha, provocando um doce gosto na minha boca. Não podia esconder o gosto do wihisky que sua boca exalava, fazendo-me viciar no beijo ardente, viciante.
— Eu queria ficar aqui por mais uns dias, eu sinto muito — Turner se soltou do beijo, mostrando uma pitada de arrependimento nas palavras. 
— Eu sei — Disse, afim de aclamar a saudade que já invadia o meu peito. Eu sentiria mais saudades do  que ele poderia imaginar. Fiquei tão presa a ele nesses últimos dias que seria completamente impossível não sentir falta dos sorrisos que ele dava. Eu estava absorta demais para poder expressar aquilo.
— Eu vou sentir falta de comer você — Alex disse. Isso é tão típico dele... Mas aquilo mexia profundamente com todos os meus sentidos, de alguma forma. Eu estava entregue, completamente. 
— Você sentirá falta de mim, ou do meu corpo? — Falei, até um pouco magoada, mas ele sabia que não ficaria assim por tanto tempo.
— Acho que um pouco de cada — Ele hesitou.
Fazia um tempo que nos conhecemos. Encontrei-o por acaso, saindo de uma entrevista. Ele me chamou para tomar café e depois de muitos eventos consecutivos, passamos a nos encontrar por acaso. Isso foi até divertido. Mas uma vez, Alex me convidou para sua casa. Conversamos e transamos nessa cama. Quando ele me chamava aqui, sempre tinha segundas intenções. Nem sempre as realizava, mas não posso negar que foram os dias mais felizes que já vivi.
— Eu vou sentir saudades — Ele sussurrou no meu ouvido. 
— Eu também — Disse, com uma voz embargada. Não posso obrigá-lo a ficar, mas desejo isso profundamente — Eu sempre achei que te amasse. Embora eu me sentisse feliz quando estava comigo, eu achei que te amava. Não sei se esse sentimento continua.
— Por quê? — Alex perguntou, curioso.
— Eu não sei se você sente a mesma coisa que eu — Falo, depositando todas as minhas esperanças de que ele me diga que sempre me amou, ou que sempre me quis.
— Você quer que eu diga mesmo o que eu acho? — Ele diz, olhando nos meus olhos. No fundo, se ele disser que não faço diferença em sua vida, posso desmoronar. Não quero ter que lidar com uma dor tão intensa. Só desejo que ele veja o que eu preciso, o que eu sinto. Espero que ele me entenda.
— Sim.
— Muito bem. Nós estamos juntos há poucos meses. Nunca fomos namorados; só fodemos. Espero que não fique magoada com isso, mas é toda a verdade. Eu sinto que você é mais do que importante para mim, de verdade. Eu não quero te decepcionar, mas amor não é algo que eu esteja muito familiarizado. Você é linda, tem um emprego ótimo, é bem-humorada, inteligente, tem personalidade forte, mas não é o tipo de pessoa que eu sempre desejei na vida. Mais que uma amiga, mas menos que uma namorada. Não sei por onde paramos agora.
Aquelas palavras doeram. Mas do que muitas coisas que já aconteceram a mim. Mesmo que tudo aquilo tenha sido verdade, fiquei despedaçada. Como ele pôde ferir meus sentimentos desta maneira? Isso é tão doloroso, que não suporto olhar dentro de seus olhos. 
— Eu sei. Sinto a mesma coisa — Falo, derramando duas lágrimas. Me importo muito para deixá-lo ir, mas se não significo a mesma coisa que ele é para mim, melhor acabar de vez com todo esse rolo. Saio de cima dele, vou até o banheiro rapidamente e tranco a porta. Ouço ele dizer "se precisar de mim, estou aqui" mas é tudo da boca para fora.
Fui jogada de lado. Excluída do mundo dele desde que começamos com isso. Ele poderia ter sido o meu primeiro, se não tivesse me entregado para outro. E mesmo depois de milhares de humilhações que já sofri, aquilo cortou todos os laços que eu pensei ser indestrutível com aquele homem. Não será mais que nada para mim. Isso foi mais longe do que eu posso suportar.
Adeus, Alex.

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