TV IN BLACK & WHITE 12 (FINAL CHAPTER): US


3 MESES DEPOIS

    Eu não sabia a diferença entre viver e sobreviver até aquele outono. Levantar da cama todos os dias e fazer coisas com as quais você realmente não se importa para tentar preencher a cabeça com pensamentos inúteis, tentando assim evitar aquilo que realmente me incomodava, temendo que aquelas coisas me assombrassem em plena luz do dia.  Porém, quando a noite chegava não havia nada nem ninguém que pudesse me livrar daquelas memórias.
    As circunstâncias o tiraram de minha vida de um modo que pensei ser impossível. Como podia duas pessoas que se amavam não serem capazes de ficarem juntas? Isso me soava imensamente injusto. As mesmas coisas sempre rondavam meu cérebro e eram nelas que eu estava pensando enquanto encarava meu reflexo no espelho de meu quarto. Vestia um vestido preto e meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Eu parecia estar tão bem por fora, mas por dentro tinha a sensação de que a qualquer momento iria desmoronar.
   Eu iria sair com Matt naquela noite, contra minha vontade devo dizer. Aceitei o convite, pois me pareceu errado recusa-lo depois dele ter permanecido ao meu lado durante o tempo que me mantive reclusa e eu já não era capaz de inventar mais nenhuma desculpa.
  Vesti um casaco e desci as escadas. Matthew me esperava na sala, assistindo a um filme em preto e branco que passava na TV. Ao notar minha presença, ele se levantou imediatamente e sorriu.
  - Você está linda.
  Desviei o olhar para o chão, mas voltei-me a ele novamente. Com Matt as coisas eram tão fáceis e simples, entretanto sempre soube que aquela relação sempre seria apenas a ponta do iceberg. A metade do inteiro, uma peça da engrenagem que não se encaixava. Ele era perfeito para mim, mas não era o que eu precisava.
  - Obrigada.
  Ele veio até mim e pegou minha mão. Em seguida me puxou para perto, colocando uma de suas mãos em meu rosto.
  - Eu sei que isso não muda nada, mas eu tenho que fazer isso.
  O que aconteceu logo depois era algo que eu já previra. Não me importando, deixei que Matthew me beijasse, pois sentia falta dessa intimidade e se ele possuía a consciência de que aquilo de fato não mudaria nada, poupei-me da culpa.
  Ao nos separar-nos ele me olhou nos olhos e soube que o que houve um dia entre nós era algo que ficara restrito ao passado.  
  - Acho que devemos ir – falei por fim.
  - Sim. Devemos ir.

  O bar estava cheio como sempre. Não havia como fugir da tristeza ali, mas com certeza havia como me esconder dela no meio daquelas pessoas.  Deixei que Matt me guiasse em meio a elas até uma mesa reservada perto do palco. Ele, como um nato cavalheiro, puxou a cadeira para que eu pudesse me sentar. Retribuí seu sorriso e o agradeci.
  - A última vez que você subiu nesse palco foi incrível – disse rindo.
  - É... Não tão incrível assim.
  No fundo de minha consciência, eu sabia que estava sendo uma cretina melancólica. O problema é que eu não conseguia evitar agir de tal modo. Era mais forte do que eu. Era a antiga Elle mostrando suas garras novamente. Aquela que culpava todos a sua volta pelo fracasso de um relacionamento. Uma pessoa egoísta e miseravelmente infeliz.
  Entretanto, a noite seguia seu rumo e depois de algumas cervejas as coisas já não pareciam estar tão ruins. Se aquilo era uma ilusão temporária causada pelo álcool, faria questão de aproveitar cada minuto.
  - Eu adoro essa música – Matthew exclamou assim que Never Miss A Beat do Kaiser Chiefs começou a ecoar pelo lugar.
  - E o que estamos esperando?!
  Levantei abruptamente balançando a mesa e o puxei pelo braço. O levei até o meio das pessoas que pulavam e cantavam ao som do refrão. As luzes piscavam ritmicamente, deixando-me um tanto desorientada. Eu balançava minha cabeça, meus braços e meu corpo e tudo parecia se mover rápido demais a minha volta. As vozes, as luzes, as pessoas pulando, o som latejando dentro de meus tímpanos. Senti minhas pernas fraquejarem, rindo dos pontinhos pretos que começavam a aparecer perante minha visão.
  “Elle?” pensei ter ouvido Matthew dizer, mas não tinha certeza de que a voz saíra realmente de sua boca.
  Ao fim da música foi quando perdi o sustento de meu peso. A queda não veio, pois alguém me segurou antes que eu pudesse atingir o chão.  Foi como pular em um abismo e achar uma cama elástica ao seu fim. As mãos grandes me seguravam e está é a última coisa da qual me recordo. No instante seguinte, eu estava completamente apagada.

7H04 A.M
HOSPITAL DE NOVA YORK

  Quando voltei a mim, minha cabeça doía como se houvesse sido atingida por uma bigorna, como nos desenhos do Papa-léguas & Coiote. As luzes brancas irritaram meus olhos ao abri-los e a sensação incômoda em meu braço, descobri dever-se a agulha ligada ao tubo. Soro injetado na veia.
  - Eu acho que ela acordou – ouvi a voz familiar de Alexa sussurrar.
  No instante seguinte, ela e Matt estavam parados ao lado de meu leito. Embora meus olhos estivessem muito sensíveis á aquela luz, pude vê-los sorrir amigavelmente. 
  - Hello – ele dissera passando a mão em minha cabeça.
  Eu mal podia manter os olhos abertos, aquela branca e forte luz me cegava completamente. Percebendo meu desconforto, Alexa ajeitara minha cabeça para botar o que percebi ser um óculos escuro.
  - Obrigada – agradeci sorrindo – O que diabos aconteceu?
  - O resultado de uma noite de bebedeira e um dia inteiro sem comer nada – poderia jurar que Matthew soara exatamente como meu pai.
  Entretanto, eu não estava em minha melhor condição para identificar nada com cem por cento de certeza, qualquer um poderia soar como o Papa pelo o que me dizia respeito.
  - Posso ir para casa?
  - Eu vou chamar o médico. Caso ele te libere, levamos você para casa.
  Minha amiga saíra do quarto, enquanto Matt estava entretido com os aparelhos hospitalares. Fechei meus olhos e tentei pensar na noite anterior. Além de luzes piscando e música alta, absolutamente nada me vinha à cabeça.

...

  Fiquei algum tempo em observação antes de finalmente ser considerada depressiva com tendências suicidas e ser jogada no hospício.
  Ok, esse seria o provável diagnostico se um psiquiatra me avaliasse. Contudo, o médico apenas receitou uma dieta cheia de alimentos nutritivos e saudáveis que eu seria obrigada a seguir, já que tudo o que comia ultimamente se resumia a besteiras e ar. Era incrível o que a dor mental poderia acabar fazendo com sua saúde física.
  Era tão jovem, mas me sentia como uma velha senhora, sentada em minha poltrona coberta por uma manta de lã na varanda, vendo o tempo passar e tomando chá quente. Matthew estava na cozinha, preparando algum tipo de sopa para a pobre doente.
  Olhando para o balanço preso na árvore, lembrei-me de minha infância. Eu não fazia ideia do que estava pedindo quando desejei crescer. As coisas eram tão simples e eu as deixei ir embora.
  O celular tocou em meu colo, arrancando-me das memórias. Ao pegar o aparelho, pude ver seu nome e foto no visor. Seu sorriso era tão natural, quanto à alegria em seus olhos. Lembrava-me do dia em que tirei aquela fotografia tão claramente quanto lembrava de meus dias no balanço.  Talvez pela saudade ou por puro impulso, o atendi.
  Mas nem por isso, tive coragem de falar. Fiquei ouvindo sua respiração até que sua voz rouca soou no outro lado da linha:
  - Elle?
  Respirei fundo.
  - Estou aqui.
  Alex também respirara fundo.
  - Eu só queria saber se você está bem.
  - Por quê?
  Eu já estava tremendo neste ponto e fui obrigada a colocar a xícara na mesinha ao lado.
  - A noite passada.
  - O que você sabe sobre a noite passada?
  Ele ficara em silêncio. Completo silêncio.
  - Alex?
  - Você está bem ou não? – perguntara com seu tom baixo.
  - Estou. Por que você me ligou depois de tanto tempo para perguntar isso?
  Mais uma pausa se seguiu e eu já não conseguia permanecer sentada.    
  - Eu estou feliz que esteja bem. Tenho que ir agora.
  E desligou. Essas foram suas únicas palavras.
  Fiquei com o celular mudo ainda contra meu rosto, pois não era capaz de digerir aquela ligação. Na verdade, eu não era capaz de pensar coisa alguma.
  - Está pronto! – Matthew aparecera na varanda – E não querendo me gabar, mas eu sou um ótimo cozinheiro.
  Virei-me para que pudesse encara-lo. Aos poucos, o sorriso em seu rosto desapareceu para dar lugar a uma feição confusa.
  - Alex me ligou.
  Matt desviou seu olhar para o chão, para os lados e só então voltou a me olhar.
  - O que ele queria?
  - Perguntar se eu estava bem. Mencionou algo sobre a noite passada – cruzei os braços.
  Ele balançou a cabeça negativamente e sentou-se no beiral. Tinha a sensação de já saber o rumo daquilo tudo.
  - Não queria que você se preocupasse com isso – murmurou – Céus, ele é um babaca.
  - Do que você está falando? – sentei-me ao seu lado.
  Engoliu seco e hesitou muitas vezes antes de começar a falar. Despejou tudo tão rápido que pensei que fosse explodir. Seu rosto claro começava a ficar vermelho e tive a impressão de que Matt poderia começar a chorar.
  Eu já havia perdido as contas de quantas vezes aquela mesma cena havia acontecido. Sua desculpa era sempre a mesma.
  - Eu só estava tentando te proteger e não me arrependo disso.
  - Mas você não precisa.
  Ele baixou a cabeça e eu fiz o mesmo. Senti-me enganada, entretanto não conseguia sentir raiva. A única coisa que conseguia pensar era nas coisas que agora faziam um pouco mais de sentido.
   Deixando-o ali, subi para meu quarto. No fundo de meu guarda-roupa, encontrei aquela jaqueta de couro que um dia ele me dera para que eu me protegesse da chuva, então a vesti. Seu tamanho era desproporcional, mas não me importava com isso, pois ainda havia rastros de seu perfume.
  Deitei-me enquanto apertava a jaqueta contra meu corpo. Era como se um pedaço dele estivesse comigo. Fechei os olhos e soube que aquilo não era o suficiente. Eu o necessitava por completo.

Alex’s POV
No outro dia – 18h35.

  Fechava a última mala enquanto repassava a conversa que tivera com Elle ao telefone pela milionésima vez. Dormia pensando nela, acordava pensando nela. Um ciclo interminável, mas que eu estava finalmente disposto a interromper. Seria um sádico caso escolhesse continuar com as seções de torturas que era pensar naquela mulher. Um completo maluco.
  Ao ouvir a campainha tocar, corri até a porta pensando ser o entregador com a comida que eu havia pedido.  Espiei pelo olho mágico e não houve um poro de minha pele que não se arrepiou quando identifiquei aquele frágil rosto. Estava mexendo em sua corrente como sempre fazia ao primeiro sinal de nervosismo.
  Tentei encontrar alguma camisa para vestir a tempo, pois havia acabado de sair do banho e não me preocupara muito em colocar algo mais que a calça jeans, contudo a campainha tocara novamente e tendo em vista que minhas roupas estavam dentro de malas, não havia oportunidade para aquilo.
  Abri a porta do jeito que estava, os fios do cabelo molhado ainda estavam bagunçados sobre a testa e ela pareceu perceber, pois olhou diretamente para isso ao me ver. Tentei ajeitar com a mão e ela sorriu ao ver meu gesto desajeitado.
  Como cheguei a cogitar que poderia parar de pensar nela?
  - Oi – disse tímida.
  - Oi – respondi encostando-me à soleira da porta – Não esperava ver você aqui.
  - Para ser sincera eu também não, mas eu preciso falar com você.
  Concordei com um aceno e deixei que ela entrasse. É incrível como senti falta até de seu andar.
  Elle foi em direção á sala, onde ficou parada em frente a estante com os discos de vinis. Ela mexia em alguns, mas logo os colocava no lugar. Estava apenas enrolando.
  - Eu sei de tudo – começou a falar – Sei que você estava ontem no pub, que me levou junto com Matt até o hospital e ficou ao meu lado a noite inteira.
  - Eu só...
  - Sei também da sua promessa – me interrompeu – Sei que depois de nossa briga você me procurou, mas acabou encontrando Matthew... E ele o fez prometer que nunca mais chegaria perto de mim.
  Recordava-me de todos os pontos e vírgulas daquela conversa. O dia em que eu apareci na casa de Elle e dera de cara com Hitt saindo de lá. Lembro-me de como me olhou nos olhos e acusou-me de ter acabado com a vida da pessoa mais doce que ele conhecia. Não poderia suportar a culpa e acabei concordando com a promessa mais estúpida que poderia ter feito. 
  - Ele disse que eu a deixei em pedaços. Não poderia machuca-la ainda mais.
  Ela veio até mim, ficando frente a frente, segurando minha mão. Elle parecia tão pequena daquele modo, entretanto eu sabia que não se passava de uma impressão.
  - Eu também o machuquei. E sinceramente, eu esperava o dia em que você apareceria dizendo que não havia desistido de nós. Agora sei por que isso nunca aconteceu. Sei que se você pudesse... – então, subitamente parou.
  Ao soltar minha mão, fitava algo atrás de mim. Olhei para trás e percebi o foco de sua atenção. No corredor, estavam minhas malas.
  Elle voltou-se a mim novamente. Forçou um sorriso em seu rosto, entretanto seus olhos marejavam.
  - Você está partindo – riu sem vida – Acho que cheguei tarde demais. 
  - Meu voo sai de manhã, nossa temporada de divulgação terminou. Pensei que não havia restado mais nada para mim aqui. 
  Aproximou-se de mim até que eu sentisse sua respiração contra meu peito. Eu a envolvi em meus braços e, ela aprisionou meu corpo nos seus. Sentia seu toque direto em minha pele. Elle me apertava forte, como se assim fosse impedir que o tempo pudesse me levar embora.
  - Eu não tenho o direito de pedir para que fique, mas vou sentir sua falta.
  Permaneci calado, pois ela sabia exatamente o que se passava em minha cabeça. Apenas continuei a abraçando, aproveitando aquele instante.
  - Acho que devo ir agora – afastou-se. 
  Arrumando os fios rebeldes de meu cabelo, sorriu. Passei a mão em seu rosto, secando as lágrimas que rolavam discretamente.
  Antes que ela pudesse alcançar a porta, falei aquilo que estava preso em minha garganta:
  - E se ele estiver certo? E se você realmente estiver melhor sem mim?
   Eu sentia meu coração pesar. Temia a resposta. Não aguentaria ouvir a mulher que mais desejava no mundo dizer que eu de fato era um precipício em sua vida.
  - Alex, eu nunca precisei de ninguém para ser feliz até o conhecer.
  No instante em que sorriu eu soube que não poderia deixa-la ir.
  Isso ficara tão claro quanto à superfície de um rio cristalino. Dei os passos que nos separavam, puxei-a para perto de mim e dei o beijo que me fora negado por tantos meses.  Por ela eu era capaz de desfazer milhares de malas e cancelar um milhão de voos. Não havia lugar no mundo em que eu queria estar se estivesse longe dela.
  Elle até poderia ser melhor sem mim, mas eu só poderia ser melhor com ela.
  Ela botou a mão em minha nuca, aprofundando nosso beijo enquanto eu tentava tirar seu grosso casaco. A campainha então tocou, imaginei ser o entregador, então fui obrigado a interromper.
  - Eu já volto! – avisei enquanto ela ria.
  Rapidamente, peguei o dinheiro e fui até a porta. Lá estava o entregador com meu jantar. O paguei e deixei que ficasse com o troco, pois não estava com a mínima vontade de esperar por ele. Deixei a sacola com comida japonesa sob o balcão da cozinha e corri para a sala. Estava vazia.
  No meu quarto, a encontrei sobre a cama, apenas usando o jeans escuro e o sutiã de renda. Não consegui me lembrar de outra ocasião em que ela estivesse tão bonita como naquele instante. Elle sorriu com certa infantilidade antes que eu a beijasse novamente com fervor, até que fossemos obrigados a parar, pois o fôlego nos faltava. Passando para meu colo, sentou-se com meu corpo entre suas pernas, com seus lábios macios sobre meu pescoço enquanto tudo o que eu desejava era diminuir a distância entre nós. Apertava fortemente sua cintura e não pude controlar minhas mãos que com facilidade abriram o fecho de seu sutiã, deixando seus seios livres. Sua risada abafada em meu ouvido, seguiu-se de uma deliciosa mordiscada em minha orelha.
   Ansiando por seu corpo, inverti nossas posições e deitei-a na cama. Minha boca passou por seus lábios, pescoço, até chegar em seus seios onde deixei algumas marcas com minhas mordidas. Suas mãos permaneciam em meus cabelos enquanto eu descia, depositando beijos por toda sua extensão até chegar a sua calça. Levantei o olhar até encontrar o seu. Elle franziu os lábios sensualmente, encorajando meu próximo ato. Abri os dois botões e baixei seu zíper. Lentamente, fui descendo o jeans e o joguei em um canto qualquer. Assim como o sutiã, a calcinha era de renda preta, fina, fazendo cada músculo de meu corpo enrijecer de desejo.Coloquei meu polegar sobre o tecido e no mesmo instante, ouvi um pequeno gemido escapar de sua garganta. Aumentei a velocidade do movimento, deixando Elle cada vez mais excitada.
  Não aguentando a tortura, Elle levantou-se bruscamente, com a intenção de livrar-se de minha calça e não precisara de muita ajuda para tal.
  - Vejo que alguém está com pressa – falei antes de toma-la em meus lábios.
  Deixando-me apenas com minha box, prendeu meu corpo entre suas pernas novamente, sentando sobre meu colo, logo percebi quais eram suas intenções.
  - Vou fazer você suplicar, Turner – sussurrou maliciosa.
  Ela movimentava-se com luxúria, extasiando cada célula existente. Seus mamilos enrijecidos roçavam em minha pele, levando-me a loucura a cada beijo. Eu era fraco. Não aguentaria por muito tempo.  Não aguentaria nem mais um segundo.
  Passei as mãos por dentro de sua calcinha e fiz menção de tira-la. Elle ficara de joelhos para facilitar, mas antes que eu pudesse fazer algo colocou o dedo indicador sobre meus lábios e perguntara:
  - Quais são as palavras mágicas?
  - I want you... I want you so bad, it’s driving me mad.
  - Deve ser um pecado cantar Beatles em uma hora dessas – riu.
  Pecado até poderia ser, mas também eram as palavras mágicas. Ela deitou-se e eu pude deixa-la completamente nua. Vislumbrando aquele corpo, senti-me o canalha mais sortudo do mundo por tê-la. Afastei então suas coxas calmamente e seus dedos saíram de meus cabelos para retorcerem os lençóis ao sentir minha língua em sua intimidade.
  Agora ela ansiava tanto quanto eu.
  Elle puxou-me, estava sob me corpo e me beijava como se fosse a última vez. Dando um jeito de livrar-se da única peça que me restava, colocou as pernas em volta de meu quadril. Não era necessário falar nada, pois estava explícito em seu olhar.
  Sem mais delongas, dei fim ao sofrimento de ambos.

Elle’s POV

  Quando acordei, horas depois, o céu ainda estava escuro. Tateei a cama ao meu lado e só o que encontrei foi um grande vazio. O medo não deixou de me atingir. Teria ele ido embora?
Levantei-me enrolada no lençol branco e fui até o banheiro. Ali não havia ninguém, apenas o reflexo no espelho de uma Elle com cabelo desgrenhado e um tolo sorriso no rosto.
  Caminhei até a cozinha onde o encontrei fazendo café. A cena parecia ser tão ordinária, contudo não poderia explicar a felicidade que me tomou naquele exato segundo.
  - Você sabe fazer café convencionalmente? Isso sim é novidade para mim – disse enquanto sentava na beirada do balcão.
  - Oh – deu-se conta de minha presença – Que tipo de pessoa você acha que eu sou?
  Alex veio até mim, me beijou delicadamente e logo envolveu meu corpo em seus braços.
  Tudo parecia simples. Simples como a vida de uma garota que brinca em um balanço nas tardes de verão e depois corre para casa onde um pedaço de seu bolo preferido a espera no fim do dia.
  Ele acariciava meus braços de maneira carinhosa e desejei que nada daquilo mudasse. Tentava achar algo para dizer, algo que fosse capaz de expressar aquele momento em palavras. Montava algumas frases ridículas em minha cabeça quando o ouvi dizer:
  - Eu amo nós.
  Creio que ele não pode ver meu sorriso, mas sei que ele também sorria. Foi então que soube, tudo ficaria bem.

THE END.

N/A: Oi gente!!!!! Terra para Bel! Mal posso acreditar que finalizei outra fic. Na verdade mal posso acreditar que finalizei um capítulo hahaha. Enfim, eu já havia avisado que o próximo capítulo de TVIBW seria o último e aqui está ele apesar da demora. Não sei se ficou a altura, se as satisfizeram, entretanto é o último capítulo. Planejo um epílogo para a fic, mas por enquanto não é minha prioridade. Eu também gostaria de saber o que vocês gostariam de saber/ver nesse suposto epílogo.  Talvez algo que não ficou claro, quem sabe.
Anyways, eu só queria agradecer do fundo do meu coração a todas vocês que acompanharam esse casal sal com pimenta que carinhosamente foi apelidado de Ellex haha. Vocês são a parte mais importante disso tudo, saibam disso.
Queria agradecer a Anne em especial que me ajudou com um capítulo da fic (não sei se ela lembra disso, pois faz tempo) e por também estar sempre por aqui <3 o:p="">

THANK YOU SO MUCH, LOVE U ALL Bel xx


Ps: Desculpem se há alguns errinhos na gramática, eu mal tive tempo de revisar por razões de estar o usando o computador do meu irmão. 

2 comentários:

  1. Fiquei um tempo sem aparecer por aqui por conta da correria, mas tem autoras que eu não abandono por nada. É seu caso, Bel; ja disse 54x o quanto eu adoro sua escrita, mas no final dessa fic tão gostosa de ler, tenho que dizer de novo! Simplesmente adoro a Elle, adoro o Matt (por mais que ele fosse um obstaculo pra lelex e elle) e obvio, adoro seu Alex. Todo mundo gosta do Alex sacana, mas adoro ler o Alex sensível. O Alex meninão, que não é só sarcasmo e cigarro. Acho que a gente acha tão sexy ele desse jeito arrogante que esquece que ele tem esse lado mais humano (mais poético, quero dizer, pq né, olha as letras que esse homem escreve, meu Deus).
    É isso: amei TVIBW, amei as edições dos jornais e essas coisinhas que você fazia e amei o final. <3

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  2. <3 vou sentir saudades

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