Jigsaw XXI







10 de março, 2015


Amanda mal acredita nos próprios olhos.

Toda a leveza e alegria se esgueiram para fora de seu corpo. Ela pode sentir a paz formigando em seus dedos. Se tornando em medo.

- O que você está fazendo aqui?

- Eu vim te visitar. E conversar.

O sotaque estava mais leve que da ultima vez. Sua voz estava um tom mais agudo.

Ela estava com raiva.

- É… Claro, pode entrar.

Amanda se esgueira entre a porta e Ana. O apartamento está uma zona

- Por que você está saindo com aquele babaca?

- Oi?

Ana bufa e se aproxima de Amanda.

- Não se faça de idiota

- Não estou. Só não estou entendendo o por que de estar aqui.

- Meu deus Amanda! Você está namorando um estuprador

- Ele não é! A garota confessou!

- Ah por favor! Você acha que ele não subornou a garota para ela falar isso?

Amanda sente a raiva circulando em suas veias.

Como ela ousa?

Ana a encara com um olhar que corta. Sente suas entranhas se contorcendo.

- Ana, me desculpa se você achou que o que tivemos foi algo a mais. Mas foi apenas uma coisa 
repentina.

Ana ainda a encara com o mesmo olhar.

Ela não se move.

Sua respiração está pesada.  

- Isso não acabou.

Ana bate a porta atrás dela.

Amanda se joga no sofá e deixa as lágrimas correrem.


6 de abril, 2015


Silêncio.

Nada mais se ouvia na sala arejada.

O vento soprando as cortinas brancas. Agitando a água da piscina.

Amanda e Alex se encaravam. Seus olhos não desviavam um centímetro.

Era madrugada. Foi um longo dia. Um dia que teve vinte e sete horas.

E irá durar mais.

- Por que?

A voz de Alex era falha. 

- Por que não me contou? 

- Não achei necessário.

- Como não necessário?

Amanda suspira e se inclina em direção a Alex. O tecido do sofá arranha sua pele. 

- Foi um caso de uma noite.

- Não parece que foi. 

- Eu não sabia que ela levaria a sério. Nunca indiquei que queria algo a mais. 

- Não para ela.

Alex ajeita uma mexa do cabelo agora comprido. Passa a língua nos lábios ressecados.

O vento sopra ainda mais forte. As cortinas voam loucamente pela sala.

- Amanda você tinha que ter me avisado! Meu deus, aquela mulher quase me destruiu naquela 
entrevista! 

- Me desculpe.

O sangue Amanda se concentrava todo em seu rosto. Suava apesar do vento gélido.

-Amy, você sabe que eu não me importo de você dormir com outras pessoas. Mas meu deus! 
Ao menos me avise se eles forem psicopatas!

Um sorriso surgiu involuntariamente no rosto de Amanda. Ela o capturou rapidamente. 

- Porra Amy

- Me desculpe.

Alex se joga no sofá que um dia foi branco.

O cabelo está desgrenhado. Como sempre fica ao fim do dia.

Suas características  olheiras não poderiam estar mais evidentes. 

- Tire a roupa.

- O que?

O rosto de Alex estava confuso e cansado. 

- Tire suas roupas.

Ele olhou para Amanda por alguns segundos. Seus olhos transpareciam raiva e desejo.


Ele começou a tirar suas roupas.

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