Jigsaw XV





08 de Julho, 2014

Amanda esta sentada em uma cadeira no fundo do avião.

A cabine estava quase vazia. Apenas umas poucas pessoas estavam dormindo nas cadeiras da frente.

Ainda não sabia como se sentir. Tudo ainda parecia surreal.

Não conseguira dormir, por isso estava assistindo ao noticiário.

Alex Turner.

Foi o nome que surgiu na tela.

Uma onda de calor subiu por todo o seu corpo e pode sentir o suor nas costas.

"Garota que alegou ser abusada por Alex Turner desmente o ocorrido."

Mais calor.

"Depois de a polícia a interrogar a menina admitiu ter feito isso para chamar a atenção do cantor."

Lágrimas tomam conta e uma risada se mistura com um soluço.

Ele é inocente.

Meu Deus, o que eu fiz?

Inocente.


12 de Março, 2013

Ambos estavam bêbados.

A menina de cabelos vermelhos o encarava de um jeito tão intenso que até Alex se sentiu constrangido.

- Então, onde fica o quarto?

Alex aponta para uma porta de madeira e a menina entra no quarto e pula na cama.

Essa garota é maluca.

- Você vai vir ou não?

Ele foi.

A menina pedia que ele a batesse. Algumas vezes até socasse.

Alex se sentia estranho. Não gostava do que estava acontecendo.

Essa garota está completamente pirada.

Eles terminam e ela está coberta de manchas vermelhas e roxas.

Alex está deitado fumando e se sente vazio. Como se todos seus sentimentos tivesse indo embora, deixando apenas um buraco aonde deveria estar seu coração.

Ele passa o cigarro para a garota que da uma longa tragada.

- Vai embora.

- Oi?

Ele respira fundo para não perder a paciência.

- Sai daqui.

-Você é engraçado. 

A menina da mais um tragada.

- Sai desse apartamento.

- Você tá brincando comigo né?

Alex não responde. Vira-se e acende outro cigarro.

- Seu filho de uma puta sem coração.

 A menina se levanta e cata suas roupas do chão. Seus paços fazem barulho no chão de madeira.

- Você vai pagar!

Sua voz é distante e logo em seguida o barulho da porta da frente batendo ecoa pelo apartamento.

Ele respira aliviado. Vai até a cozinha e prepara um chá.

O vapor da água penetra seu nariz e uma calmaria o abraça.

Seu celular tocar. É Amanda.

O vazio parece um pouco menor agora.


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