New York Memories 04- Autumn.


-Por que nos temos que tocar essa porra de música?.- Alex diz irritado. Acende o cigarro para tentar amenizar a tenção, que toda aquela passagem de som o estava causando
- Porque, porque é uma música boa e os fãs gostam Al. -Matt diz saindo de traz da bateria, sabia que aquela conversa seria mais longa do que todos gostariam. Apesar de tocarem a mesma na maioria dos shows durante esses anos, eles sabiam que para Alex toca-la nesta cidade era diferente.
- Nós estamos com um álbum novo, coloca uma música nova.- Diz Alex ainda exaltado.- Já está mais do que na hora da gente mudar.- Ele não estava preocupado com a banda quando sugeriu ou impôs essa idéia. Era um motivo mais profundo e pessoal. Os rapazes sabiam disso e por isso o receio de aceitar aquela idéia.
-Okay. Então qual seria a música? - Matt pergunta. Ele tinha que tentar, sabia que se continuasse com aquela música talvez Turner nem apareceria para o show, ele tinha um gênio forte e as vezes não aceitava ser contrariado.
-Sei lá, qualquer uma menos essa maldita canção.- Ele sabia que  não estava sendo nada profissional e que acima de tudo vinha o bem da banda. Mas realmente não se sentia capaz de tomar uma decisão maior que aquela, e também não se sentia capaz nem de estar ali.- Vocês escolhem eu tenho que ir.- ele vai em direção aos elevadores.
-Alex volta aqui!- diz Jaime quase berrando.
-Deixa ele, vai ser melhor se a gente decidir.- fala Matt o puxando de volta ao estúdio improvisado.- Ele ta fudido de mais para nos ajudar.

Alex estava atordoado, se sentia mal por deixa-los. Mas tudo o que tinha na cabeça era o significado que aquela  música já teve. Ele queria apenas esquecer, e faria de tudo para que isso acontecesse.
A Ele estava a caminho do central park, a pé. Não era muito longe, apenas  algumas quadras.
Os ventos frios não pareciam amedrontar os Nova irorquinos que caminhavam no central park. Alex não andava em lugares cheios assim a muito tempo. Não estava preocupado com isso e sim como encontraria a  garota de lindos cabelos negros em meio aquele imenso parque, seu instinto ou talvez o hábito o guia ao lugar de sempre. Ao que Alex poderia ter considerado seu porto seguro em NYC.

Merinda estva sentada em uma mesa de xadrez antiga, daquelas em que os idosos jogavam. Ela aguardava uma alma caridosa que estivesse afim de um retrato ou algo parecido. Suas mãos incontroláveis traçavam traços involuntários, pois sua mente estava longe. Em um lugar já familiar para ela, o lugar onde ele avia se instalado quase que  permanentemente.
- Me disseram que para os caras bonitos é de graça, é verdade?- Alex para em sua frente, Merinda não o olha apenas sorri ao escutar a voz grave ecoar pelo seus ouvidos.
-Não, mas para os arrogantes de topete tem desconto.-  Merinda diz em meio ao sorriso incontrolável que se formou em seus lábios pequenos, que por um acaso sempre que Alex olhava para eles pareciam extremamente beijaveis.
-Então você não mentiu sobre ser artista de rua. Ótimo assim tenho certeza de que não é uma psicopata fanática.- ela desvia os olhos do desenho por um instante para  encara-lo. Arqueia as sobrancelhas e da de ombros.
-Por que eu seria?
-Porque você me levou para sua casa e tem desenhos meus no seu caderno.- Alex banaliza os fatos. Ele achou tudo aquilo estranho mas nunca pensou que ela seria uma fanática, ela realmente parecia não fazer a menor idéia de quem ele era. E isso só o deixava mais intrigado, ela era familiar de mais aos seus olhos para ser uma fã qualquer.
-Quer dar uma caminhada? - Ele fita o horizonte, para  o lago tão negro  que era impossível saber o que se passava nas suas profundezas. Aquele lago o lembrava Alexa de alguma forma. Esse era um dos motivos pelo qual sentava em frente a ele durante suas madrugadas mais sombrias.
-Vamos? - Merinda pergunta sutilmente, ela queria o trazer devolta ao presente. Alex pisca os olhos algumas vezes e se vira para a moça.
-Claro.

Eles caminharam em silêncio por longos e desconfortáveis minutos. Nenhum dos dois sabia como começar o assunto. Alex a observava, ele a achava encantadora com os cabelos soltos e mal penteados, os olhos verdes e selvagens. Ela percebe suas órbitas negras fixas sobre ela, aquilo a deixava nervosa.
-O que foi? -Pergunta.
-É que...- Alex pensa em dizer o quanto ela era bonita mas as palavras entalam em sua garganta.  Aquelas palavras rodavam em sua mente de maneira diferente, não era como dizer as outras garotas com quem já esteve. Ela era real.-Seu sotaque é incomum.- Diz ele, ela percebe que talvez não fosse aquilo que ele iria dizer mas resolve não encistir.
-sou brasileira.
-Por isso tudo ao seu respeito é incomu.- Os dois caminhavam no mesmo ritmo com uma distância de pelo menos um metro entre eles. Distância que Merinda achava segura e Alex desnecessária. Ele dá alguns passos pra se aproximar dela.- Por que deixou o calor e o samba pela movimentada NY?- Ela ri da pergunta, é engraçado como  todo gringo vê o Brasil como um forno com  carnaval.
- Exatamente por isso, eu adoro toda essa agitação e inconstância de NY.- Os olhos dela estavam mais intensos ele admirava a empolgação da moça. Merinda realmente amava tudo naquela cidade.
- Deixar a faculdade foi a melhor coisa que fiz.
- Concordo plenamente.- Ele sorri para ela. E agora eles estavam flertando, o que para Merinda era um terreno estranho. Mas ela não conseguia evitar.-Sabe  você deveria conhecer a Inglaterra, é  um ótimo lugar para ser uma Artista de rua, tem uma incrível arquitetura.
-Quem sabe um dia.
Alex olha para o relógio e duas horas aviam se passado, mas o tempo não parecia ter tido efeito sobre eles. A tempos ele não se sentia assim.
-Medison Square Garden as 22h, diga que é minha convidada.- Ela o olha confusa, o Madison era uma famosa casa de shows de NYC.
-Mas o que?
-Minha banda vai tocar.
-Eu não...-Alex se aproxima dela, ela recua. Ele retira a franja de seus olhos para poder encarar com convicção aqueles olhos esmeralda.
-Eu sei que você vai, não invente desculpas.
                           ...
Eram 20h e Merinda não tinha idéia de que rumo tomaria. Turner a tinha surpreendido primeiro porque ele tinha uma inconstante personalidade ou uma que ela era incapaz de compreender. Segundo ela não fazia idéia de suas intenções e o porque dele a te-la convidado para sair.
 Ela dava voltas no pequeno  apartamento, respira fundo e liga para a única pessoa que poderia ajuda-la.
-Lydia?
-Olá sumida.
-Turner me convidou para assistir um show da banda dele.
-Para tudo, como isso aconteceu?!
-Não tenho tempo de explicar.  É as 22h, não sei o que fazer.
-Você vai!
-E tudo o que você falou sobre ele ser um imbecil?
-Verdade. Mas ele é lindo e você a garota mais esperta que eu conheço. Vai dar conta.
-Vem comigo.
-É sexta querida. Estou atolada de trabalho.
-Okay, XOXO.
-XOXO

Merinda olha a no espelho a última vez antes de sair. Ela acha que esta razoável, nada extremamente bonito. Vestia um vestido verde escuro com meia calça preta e sapatos de boneca de 12cm que a deixavam com 1,70. Ela sai da frente do espelho antes que decida trocar de roupa novamente ou desistir da idéia de sair de casa.

-Vocês tem que subir no palco.- Diz a mulher  da produção. Os rapazes se entreolham e Turner balança a cabeça negativamente.
-Mais cinco minutos.- Diz ele preparando outra margarita.
-O que houve princesa, ta de bom um humor?- Diz Nick ainda atirado no sofá.
-Fuck off JC.- Eles começam a rir. Nick realmente estava parecido com JC com aquele novo corte de cabelo. Alex já estava meio bêbado depois das 2 cervejas e a primeira margarita, na realidade aquela segunda margarita foi apenas um motivo para espera-la. Ele não tinha certeza se ela viria, estava 20 minutos atrasada e isso só o deixava mais inseguro. Olhava toda hora para porta de entrada.
-O que houve Al, ta esperando alguém?- Matt percebe a anciedade do amigo.
-Não, nada.- Alex afasta aqueles pensamentos ridículos, e se concentra na única coisa que importa.- Vamos subir.
Os rapazes largam os copos, Alex da um última olhada no espelho para ajeitar o topete. Nick e Jaime davam gargalhadas fazendo piadas da vaidade de Turner.
O público vibra  aos vê-los entrar, eles tomam seus postos e a batida frenética começa. O público delira ao ouvir Turner cantar. Ele ainda estava ansioso mas logo se acalma ao vê-la no backstage, então percebe que aquela canção poderia cair bem e fixa os olhos nela.
                "Do i wanna know... If this feelings flows both ways.




NA: Oiiiii meninas, capítulo demorado mas com a volta das aulas ficou difícil de finalizar, e também queria caprichar nesse. Espero que tenha ficado bom. Amei muito os comentários são de grande inspiração  pra mim. Beijos!!



3 comentários:

  1. Adorei! Não tinha lido essa fic ainda e já tô louca pra saber o que vai acontecer no próximo capítulo! Beijos

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  2. Você podia dar um jeito nesses erros de português, é difícil de ignorar, pelo menos pra mim. Fora isso, tudo perfeito.

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  3. Queria muito que você voltasse a postar. Eu amei de verdade sua fanfic. Espero que em breve ou sei lá, você poste. Preciso demais. Ficou perfeito o capítulo. Beijos babe.

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