Still Take You Home 06: Slow Dancing In a Burning Room



Todos os dias das nossas meras vidinhas acontecem mil coisas, divididas em boas e ruins. Passamos a maior parte do tempo nos julgando espertos demais perante aos outros e esquecemos de que para eles, nós é que somos os outros.

Você me pergunta. O que Alex Turner significa na minha vida? Eu te respondo. Tudo. Talvez nada. Alex é inclassificável e eu não tenho mais condições de provar a mim mesma, o que somos, ou o que sentimos. Estava esgotada de toda essa história de toda essa confusão. Se eu pudesse voltar ao tempo, eu não teria me atirado em seus braços.

Tom havia sido gentil naquela noite. Meus pés cansados agora repousavam em minha poltrona, Muffin estava em meu colo e eu o acariciava. O café estava posto a pequena mesa de centro da minha aconchegante sala. O som da chuva preenchia meus ouvidos em uma tentativa falha de me fazer acalmar. A noite teria sido ótima, se eu estivesse ótima.

Algumas horas antes...
- Claire, eu queria te pedir desculpas. – Ele me disse enquanto me encurralava na parede e me deixava entre seus dois braços. Seus olhos eram indecifráveis, e um súbito desejo se apossou de mim. Mas era um desejo diferente, um desejo de sumir com tudo e apenas me entregar.

- Tom, eu não sei. – Disse respirando fundo e desviando o olhar para onde ele estava. Uma rajada de vento passou por nós e o perfume de Tom pode ser sentido. Alex me olhava, seus olhos insinuavam coisas que eu nunca pudera imaginar. Eu via ciúmes, seus lábios estavam travados em uma linha fina e quando bebia sua cerveja, goles gigantes eram dados.

- Claro que Sabe. Vivíamos tão bem, você sabe que eu vou deixar a Universidade, podemos ter uma vida juntos. Você sabe o quanto eu faço por você... – Disse Tom baixo, seus olhos acompanhavam os meus, ele sabia que para onde estava olhando. Ele não era nenhum garoto bobo. – Eu posso te dar as certezas que anda procurando... – Disse levando seu polegar a maça do meu rosto e fazendo um singelo carinho ali.

- Eu acho que não é a hora para conversarmos sobre isso, eu – Seus lábios grudaram nos meus, um selinho duro. Ele não tinha a intenção de aprofundar o beijo, pois logo desgrudou-se de mim e me olhou, ainda com sua mão em meu rosto.

- Eu te amo Claire, eu estou disposto a tudo por você. – Disse-me e eu me senti a pior pessoa do mundo. Não sabia como corresponder àquele momento, àquele acontecimento. Eu me sentia a pior das piores, a filha da puta da história, a bruxa má. Depositei minhas mãos em seu peito e o afastei delicadamente, Tom não se importou e ficou ao meu lado. Muita coisa se passava em minha mente. 
Ele tinha razão no final das contas, eu teria que dar as certezas para a minha vida e parar de ficar procurando respostas que não querem ser encontradas. Não por mim. – Você está bem? – Ouvi sua voz longe, eu sentia uma coisa ruim no estômago e de repente aquele lugar ficou apertado e sem ar demais.

- Estou, eu só preciso de ar. – Disse e fui caminhando até a sacada da boate. Fui acompanhada por Tom, que estava deveras preocupado. Eu só não sabia o motivo, se era por causa do pedido, ou preocupado com meu estado no momento.

- Com licença. – Sua voz invadiu meus ouvidos e eu podia jurar que estava surtando. Não ousei virar para trás e apenas encarei o céu nublado e totalmente negro. – Poderia nos dar licença? – Sua voz novamente percorreu pelo local, a música da boate era alta, as conversas das pessoas ao lado estavam mais altas do que o normal e ainda assim, eu conseguia ouvir perfeitamente a rouquidão de sua voz.

- Escuta rapaz, quem é você e o que quer com a minha namorada? – Ouvi a voz de Tom e arregalei os olhos com surpresa. Não esperava a reação dessa maneira, não de Tom. Não ousei me virar. Uma risada irônica pode ser ouvida, deduzi que Turner era o seu dono.

- Namorada? Sua? Você deve estar brincando. – Disse debochado. Eu senti que meu mundo desabaria, que todo meu autocontrole e toda minha segurança iria se desabar.

- Claire, diga a ele. – Tom disse e eu respirei fundo antes de virar-me e encara-los. Eu precisava dar um jeito nisso, precisava parar de ser fraca e lutar contra tudo isso que vem acontecendo. E não me pergunte da onde eu tirei as seguintes palavras, porque eu não faço ideia.

- Eu não sou nada de ninguém, nem sua e nem de ninguém. – Dei ênfase no ‘’ninguém’’ encarando Alex, que arqueou as sobrancelhas e relaxou os músculos. – Se vocês dois me deem licença. – Sai da ali com as pernas trêmulas, mas muito decidida, pelo menos aparentemente.

 ♥


Muffin pulo do meu colo, me despertando do transe. Foi em direção à porta, miando em seguida. Levantei-me e cambaleei um pouco, sentia náuseas e uma tontura leve me incomodou com o movimento brusco. Fui até a janela ao lado e afastei a cortina, olhando através do vidro. 
Seu carro estava estacionado do outro lado da rua e ele se encontrava na chuva parado, olhando para a porta. Parecia vidrado, hipnotizado. Fechei a cortina e respirei fundo, eu poderia simplesmente me esconder pra sempre e nunca mais vê-lo. Nunca mais encara-lo. E principalmente nunca mais ter que me sentir assim.

Três batidas foram o suficiente para eu abrir sem hesitar a porta e encara-lo assustada. Eu queria chorar, queria abraça-lo, mas meus pés estavam grudados no chão. Em um movimento súbito, Alex me abraço fortemente e eu me enrosquei em seus braços. Suas roupas molhadas o deixaram gelado, seus lábios tocavam a pele de meu ombro causando um choque térmico peculiarmente gostoso.  Alex me apertava cada vez mais, e eu correspondia àquele ato, porque eu estava desesperada.
Por ele.

(N/A: Coloque Slow Dancing In A Burning Room do John Mayer para tocar http://www.youtube.com/watch?v=IfFi4Q7ueA8 )

Alex olhou para mim com seus olhos negros, faiscando, mostrando o quanto me queria. Suas mãos estavam agora em meu rosto me segurando firme. Levei as minhas próprias mãos de encontro com as suas, as apertando firme. Uma lágrima escorreu em meu rosto, Alex desviou o olhar para ela e sem delongas beijou onde ela fez a trilha.


It's not a silly little moment It's not the storm before the calm
(Isso não é um momentinho bobo não é a tormenta antes da calmaria)


Nossos narizes se roçaram em um beijo de esquimó. Alex riu baixinho contra meu rosto, liberando seu hálito quente contra meu rosto. Umedeci meus lábios com a saliva, nossos olhares fixados um no outro. Alex me impulsionou para dentro da minha casa, fechando a porta em seguida, apenas com uma mão. Sem desgrudar seus olhos de mim. Suas órbitas negras transmitiam um calor necessário para o momento.


This is the deep and dying breath Of this love that we've been working on
(Isso é a profunda e ofegante respiração deste o amor no qual estávamos trabalhando)



- Alex, eu – Tentei dizer o que estava sentindo, mas fui impedida pelos seus dedos. Suas mãos acariciaram meus braços e por um momento senti um enorme arrepio percorrer minha espinha. Ele sorria.

- Me deixa cuidar de você, me deixa pelo menos essa noite, me deixa ser todo seu, me permita na sua vida, Claire. – Suas palavras emundaram minha mente e meu coração, que já não mais batia normalmente, eram marretadas de tão forte que ele pulsava dentro de mim. – Eu não me importo com mais nada hoje, eu só quero você. – Suas mãos apertaram meus braços e eu levei as minhas até sua nuca.

- Me faça sua Alex, de uma vez por todas. – Disse enquanto fechava os olhos. E me permita sentir todas aquelas sensações.

- Claire, abra os olhos. – Disse e eu assenti, abrindo-os. – Você já é minha. – Sorriu de canto e eu o acompanhei. – Me beija. – E assim o fiz. Selei nossos lábios, com vontade de nunca mais solta-los.



Can't seem to hold you like I want to so I can feel you in my arms nobody's gonna come and save you we pulled too many false alarms
(Parece que não consigo segurá-la como quero para senti-la em meus braços ninguém virá lhe salvar nós já demos muitos alarmes falsos)

Suas mãos passeavam pela lateral do meu corpo, ele me conduzia para o sofá, tropecei em alguns brinquedos de Muffin, mas Alex me sustentava para que eu não caísse. Sua boca não ousou desgrudar-se da minha, o que foi um alívio. Eu tinha sede dele, tinha ânsia, eu o queria só mim. E algo me dizia que eu o teria, que eu teria a calmaria, a paz que eu tanto venho sonhando. Alex me deitou no sofá com uma certeza delicadeza, resmunguei baixo quando seus lábios deixaram os meus, mas sorri satisfeita quando os senti em meu pescoço. Alex passeava sua língua em minha clavícula enquanto suas mãos percorriam até os meus cabelos, entrelaçando seus dedos ali e me puxava obsessivamente para mais perto dele. Colando definitivamente nossos corpos.

We're going down and you can see it, too we're going down and you know that we're doomed my dear, we're slow dancing in a burning room

(Estamos acabando e você consegue ver isso, também estamos acabando
E você sabe que estamos condenados minha querida, estamos dançando lentamente num quarto em chamas)



Levei meus dedos para os botões de sua camisa, fui abrindo lentamente enquanto o encarava de uma maneira tão intensa, que eu mesma me surpreendera. Eu sentia nossos desejos e intenções exalarem pelos poros de nossos corpos, que se encaixavam perfeitamente. Depois de me livrar dos botões, Alex se afastou um pouco de mim para que eu pudesse me desfazer de sua camisa, relevando seu tronco perfeitamente lindo. O tecido fino do meu pijama não foi um alvo difícil para Alex, que retirou a peça com urgência. A falta do sutiã o deixou feliz, pois meus seios saltaram assim que a peça foi jogada longe. Sem delongas, suas mãos ágeis caminharam pelo meu abdômen e chegaram até o bico do meu seio. Pressionou-o fortemente e um suspiro escapou pela minha boca.
 
 I was the one you always dreamed of you were the one 
I tried to draw how dare you say it's nothin to me? Baby, you're the only light I ever saw
(Eu fui aquele com quem você sempre sonhou você foi aquela que eu tentei desenhar como ousa dizer que isto não é nada pra mim? 
Querida, você é a única luz que eu já vi)


Alex beijava toda a extensão do meu corpo.  O rastro úmido estava em todo lugar. Seu topete já totalmente despenteado me deixava com um tesão incabível. Minhas mãos procuraram sua calça jeans, arranhei sua entrada em pontos estratégicos, senti seus músculos se enrijecerem e se contraírem. Alex soltou uma risadinha em meu ouvido e eu senti um calor no meu baixo ventre, um calor ainda maior do que já estava. Eu iria entrar em colapso, sentia meu corpo pegar fogo. Se jogassem água em mim, acredito que minha pele evaporaria. Desabotoei sua calça e desci o zíper, Alex continuava ocupado beijando meus seios, a dificuldade para mim era visível, eu não consegui terminar de tirar a calça dele, porque os gemidos começavam a vir em minha boca e prende-los não era mais uma opção.

Troquei de posição com o Alex. Sentando-se em seu quadril, seus lábios estavam inchados e vermelhos, o que me convidavam para experimenta-los novamente. Rocei minha boca na dele e o encarei intensamente, seus olhos não desgrudavam dos meus. Beijei sua bochecha delicadamente, desci o beijo para seu queixo e rocei os lábios em seu pescoço, retomando o caminho para sua boca. Alex umedeceu seus lábios e avançou, tomando meus lábios para si. Aproveitei para passar minhas mãos em seu  membro, que já mostrava a ereção evidente. Um suspiro pesado veio entre o nosso beijo e eu não pude deixar de sorrir.

Don't you think we oughta know by now?
Don't you think we should have learned somehow?

(Você não acha que já deveríamos saber disto a esta altura?
Você não acha que já deveríamos ter aprendido de algum jeito?)


- O que estamos fazendo? – Disse baixinho em seu ouvido. Pude perceber seus pelos se eriçarem.

- Amor. – Um arrepio percorreu meu corpo, eu estava no céu. Eu estava com o Alex e nada disso importava mais.  – Estamos fazendo amor, Claire. – Confirmou ele e eu sorri, voltando a encara-lo. 





N/A: Hello girls da minha vida. Eu tive um surto de criatividade essa tarde após uma conversa com um amigo meu, que diga-se de passagem, me faz um bem danado. Sinto uma saudade dele imensa, ele mora longe e faz eras que não nos vemos.  Me desculpem se ficou algo estranho, mas estava emocionada quando escrevi. Espero que fiquem feliz e bem, comentem no capítulo. No anterior quase não tive retorno e eu gostaria de saber o que estão achando. Beijos, Anne.

10 comentários:

  1. Claire e Alex: a coisa simples mais complicada que existe. Eles se querem tanto que dói em mim. Digo, sinceramente, que não senti nem um pouco de dó do prof. Muller! A Claire não te ama, amigo. Pela primeira vez a percebi vunerável e totalmente entregue, devo admitir que gostei. Afinal, se não fosse assim eles não estariam fazendo AMOR. Me deu borboletas nessa parte.
    "o que estamos fazendo? Amor!" Continua, please.

    É um pouquinho chato ter amigo distante, sei bem o que é isso. Agradeço a ele por ter te dado inspiração. hehehe

    Beijos

    Steph.

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    1. Ah, Steph. Eu também não senti dó alguma do Tom. Eu entendo ele e entenda ela, mas o que eles viveram foi tão errado quanto o que a Claire e o Alex vivem. Obrigada, obrigada. lindeza. <3

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Aaaawn, que capítulo mais tchutchuco! <3
      Seu surto de criatividade fez a minha noite, espero que Al e Claire se acertem de uma vez (apesar de eu ainda ser a favor dela fazer o intercambio dela). Tô amando o rumo que STYH ta tomando Anne, continua logo, tá? Xxx.

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    2. Obrigada, sinto que você vai gostar do final! <3

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  3. Awn, awn, awn, achei esse capítulo a coisa mais fofa! Tô adorando demais essa fic. *-*

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  4. Amei esse capítulo,muito muito fofo *-*
    Continue assim,vc escreve muito bem!
    bjss

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  5. Estou cada vez mais apaixonada por esses dois...
    De uma coisa tenho certeza: Claire não consegue ficar sem o Alex por muito tempo, e nem ele sem ela. Os dois além de um tesão e de uma relação de paixão à flor da pele, que acredito que ainda terá mais ênfase nos flashbacks, estão se descobrindo apaixonados agora que o questionamento entre manter o que eles tem e dar um fim a relação veio à tona.
    Estavam confortáveis com o que tinham, sentindo um ao outro de forma intensa, cessando a vontade que tinham um do outro sem delongas nem por quês, mas ao mesmo tempo em que o silêncio entre eles se aprofundava, iam se perdendo no que combinaram e algo acabou surgindo disso. A música do Mayer deu tão certo com o capítulo...

    Eu não me permiti pensar muito numa resolução para isso, e me preocupei em sentir esses dois ao máximo. Estou ansiosa para o próximo capítulo, então volta logo Annelinda.

    Beijos, Débs

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  6. Eu comecei a ler essa fic por que as que costumo ler estão demorando para sair, e como nao consigo ficar longe do turner tinha que ler algo. No começo confesso que achei meio boring, mas depois desse capítulo incrível ela ja conquistou meu core. XOXO

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