That's Where You're Wrong: Capítulo 24

- Alex sai de cima de mim – disse batendo a mão nas costas dele e dando risada.

- Não – ele respondeu rindo – hoje você é minha, vai ficar aqui comigo!

Comecei a fazer cócegas em Alex para que ele saísse de cima de mim, afinal ele não era nenhum peso leve e estava quase me matando. Quando finalmente ele saiu, pude sentir meu ar voltando.

- Achei que você quisesse me matar, isso sim – eu disse me levantando.

- Porque você não pode faltar hoje? Eu que sou seu chefe...

- Alexander, você não é meu chefe – respondi entrando no banheiro. Fiz minha higiene matinal e quando sai encontrei Alex sentado na cama no mesmo estado em que eu o havia deixado minutos antes. Sorri e ele sorriu de volta. Era muito bom acordar ao lado dele, e dessa vez eu sabia que ele não iria precisar voltar pra nenhuma outra mulher.

- O que você está pensando? – perguntei.

- Estou pensando em como você fica linda só de calça jeans e sutiã – ele se levantou e se aproximou de mim. Colocou as mãos em minha cintura e me beijou.

- Vou me atrasar – disse recuperando o fôlego e terminando de me arrumar. Alex sentou-se na cama e ficou me observando. – Bom tchau pra você senhor Turner – fui até ele dando um ultimo selinho que se transformaram em vários beijos, mas finalmente consegui me livrar deles.

- Te vejo a noite, certo? – ele perguntou antes que eu saísse.

- Sim – sorri e fui embora.

Segui para a agência, hoje devido às provas não teria faculdade então teria o dia livre para dois trabalhos: agência e Alex. Ri com esse pensamento.

...

Miles’ POV.

Estava em meu quarto de hotel lendo alguns e-mails e bebendo um pouco só pra relaxar. Tinha alguns projetos em mente e isso incluía Alex, era bom tocar com ele novamente. O telefone tocou me tirando toda a concentração.

-Sim? – atendi ao telefone.

- Senhor Kane... A senhorita Vandenberg está aqui procurando pelo senhor, posso manda-la subir?

O que será que ela queria a essa hora da tarde? Espero que nada relacionado ao Alex, depois da festa em que vimos Alex e Sophie juntos ela não parava de fazer planos e esquemas, isso já estava ficando chato. Mas eu havia dado a minha palavra e iria ajuda-la.

- Sim, claro...- respondi desligando o telefone logo em seguida.

Depois de alguns minutos escutei algumas batidas na porta. Abri e encontrei Arielle linda como sempre, ela sorriu e me cumprimentou. Abri espaço para que ela entrasse. Ela se sentou no sofá e eu me sentei em uma poltrona. Arielle parecia estar nervosa e pude sentir isso melhor quando ela começou a falar.

- Miles, nós temos que fazer algo... Olhe isso – ela tirou de sua bolsa algumas revistas, revistas de fofocas e abriu nas matérias em que ela se referia. Alex e Sophia. Sobre isso que eram as matérias. Peguei uma e li o titulo que estava bem grande: ‘’Alex Turner em um novo relacionamento’’  logo abaixo havia uma foto de Alex e Sophia andando juntos de mãos dadas e outra no dia da festa.

‘’ O frontman da banda Inglesa Arctic Monkeys, Alex Turner, está em um suposto novo relacionamento. Recentemente, ele e a modelo Arielle Vandenberg terminaram seu relacionamento de dois anos. A moça que aparece junto com Alex nas fotos é Sophia Nightingale, uma publicitária. O casal e a equipe de Alex ainda não se pronunciaram sobre o assunto, mas as evidencias falam mais alto. (...)’’

Analisei as outras matérias enquanto Arielle me observava impacientemente. Todas as matérias diziam praticamente a mesma coisa e os comentários eram positivos em relação ao novo relacionamento de Alex. Até mesmo elogiando a beleza de Sophia e sua elegância, que cai entre nós era evidente.

- Então? O que acha disso? – Arielle perguntou nervosa.

- Isso ia acontecer, mais cedo ou mais tarde...

- Nós temos que fazer algo Miles – ela se levantou.

- O que nós iremos fazer Ari? Não tem o que fazer... – levantei e me aproximei dela, peguei em sua cintura – Porque você não esquece isso e vive sua vida?

Ela olhou em meus olhos – Miles, você disse que iria me ajudar... – seus olhos se encheram de lágrimas. Observei-a e não poderia simplesmente manda-la embora. Afastei-me um pouco.

Suspirei - O que você tem em mente? – Arielle deu um sorriso. Um sorriso que dizia que ela tinha um plano, um plano bom e que eles iriam pagar.

...

Fim do Mile’s POV.

Sai da agência mais cedo com a expectativa de poder passar mais tempo com Alex, depois do dia do evento não tive muito tempo, à agência não parava de tocar os telefones e reuniões para serem agendadas, era um entra e sai que não parava mais, saía tarde e voltava exausta. Além de que quando saía na rua, as pessoas viravam o pescoço para me olhar, eu estava ficando assustada, outra vez uma mulher me parou para me perguntar se eu era namorada do Alex e logo em seguida me pediu um autografo?! Isso foi estranho, não mais estranho quando a Mari apareceu com uma revista em casa que tinha eu na capa com Alex.

Antes de voltar pra casa resolvi parar no shopping, e comprar algumas guloseimas, mas quando sai esbarro na última pessoa que gostaria de ver.

- Horas, se não é bela sophie.

- Miles... – reviro os olhos e sorrio.

- Como você está?

- Muito bem. – respondo – Olha, gostaria muito de ficar aqui e conversar, mas tenho que ir... – digo dando as costas, mas ele segura meu braço.

- Por que tanta pressa? – diz – Pensei que você estava acompanhando aquele casal do outro lado da rua... 

Olho pra ele confusa e viro-me para outro lado da rua, tiro os óculos do sol para ver, e sinto minha respiração falhar.

- Sophie... Você não sabia? – Miles continua a falar – Nossa, porque será que ele não te contou que iria encontrar com ela. – ele ri – Esse Alex não muda mesmo, mas você já deve estar acostumada...

- Cala boca Miles! – digo e sinto meu rosto vermelho – Você não sabe do que esta falando.

- Você ta querendo enganar a si mesma? – ele me encara – Quem te garante que ele não esta te traindo? – viro o rosto para olhar os dois, e eles estão rindo... tão próximos – Se ele traiu a Arielle com você, por que não te traria com outra? E ele é bem modesto... Veja, com a ex dele.

Quando me dou conta estou atravessando a rua em movimentos súbitos, subo os degraus de madeira do café e logo estou parada atrás do Alex. Alexa me olha tensa, e Alex olha pra trás e se assusta.

- Que surpresa encontrar com vocês – digo ríspida.

- Sophie...

Interrompo Alex – Sabe, esse café é ótimo, eles tem um cappuccino maravilhoso.

- Sophia – é a vez de Alexa falar, e ela esta se levantando, mas não deixo.

- Fica Alexa, só vim cumprimentar vocês.

- Olha não é isso que você ta pensando... eu e o Alex....

- Não to pensando em nada Alexa.

- Senta... com a gente, por favor – ela diz cautelosa, e Alex está mudo, com os olhos em mim.

- Magina... não quero atrapalhar vocês. – sorrio, e Alexa fica desconfortável. – Nos vemos depois.

Alex levanta e segura meu braço, antes que eu possa sair – Sophie.

- Conversamos em casa Alexander. – Olho furiosa, e puxo meu braço saindo dali o mais rápido possível.

Só posso ser uma idiota mesmo, não acredito que isso seja verdade. – Atravesso a rua rapidamente, e agradeço por não ver mais Miles, entro no estacionamento e escuto uma voz me chamar. “Não, eu não vou ficar aqui.” – Entro no carro, soco o volante e piso firme no acelerador. – Há lágrimas molhando o banco, e mal consigo ver a rua. Era só que me faltava, Alex e Alexa... Será que Miles tinha razão? Até ele achava que o Alex nunca iria mudar... Mas eu confio nele, não confio? – Balancei a cabeça – Eu tinha visto, não foi ninguém que contou... Ele disse que iria estar com a banda... Por não me disse que iria se encontrar com Alexa? Oh, Deus, por favor.
Virei a esquina da minha casa, e estacionei o carro e bati a porta com tudo.

- Sophie, que bom que você chegou... Eu queria saber se você pode... – Mari apareceu.

- Agora não Mari – minha voz saiu embargada do choro.

- O que aconteceu? Por que você esta chorando?

- Agora não! – gritei e subi as escadas rapidamente. Entrei no meu quarto e fechei a porta, escorregando por ela. – Joguei minha bolsa em algum canto e comecei a chorar mais, fui até outro lado do quarto, ao lado da cama e sentei no chão, com a cabeça apoiada nos joelhos, não estava conseguindo me controlar. Eu só queria que não fosse verdade.

Alex’s POV.

- Alexa... Eu sinto muito... Eu...

- Vai lá Alex, está tudo bem – disse ela – Eu que me desculpo.

- Você não tem culpa... – balancei a cabeça – Obrigado – respondi e ela sorriu.

Sai praticamente correndo, com a esperança ainda de encontrar Sophie.
Quando ela apareceu no café tive certeza que ela havia pensado por muitas coisas, e coisas que não eram verdades. Quando sai da reunião, eu apenas fui para o café, para comprar algo e encontrei Alexa por ali, não tinha combinado nada, e não tinha o por que de eu ligar pra Sophie para avisar sobre isso... não tinha sentido, eu e Alexa eramos apenas amigos... Mas não sabia que a Sophie apareceria por ali, porra! – E ela não estava nada bem, tava na cara que ela se esforçou muito para conseguir falar com ela.
Avistei Sophie no estacionamento e gritei por ela, mas não se virou, ela entrou no carro e foi embora. Droga. Ela deve estar puta. Corri, para onde meu carro estava, e segui para casa da Sophie. Contando que ela não cometa nenhuma loucura pelo caminho.

Fim Alex’s POV. 

Anne’s POV.

Estava com Nick na piscina quando ouvi um estrondo vindo de dentro de casa, e depois ouvi passos apressados na escada. Sai pra dentro de casa, o que será que havia acontecido? Vi Mari olhando confusa para a escada.

- Mari, o que houve? – perguntei tirando os óculos. Nick me seguiu também curioso com a situação.

- Sophie entrou que nem um furacão, mas um furacão cheio de raiva... Eu não sei o que aconteceu e acho melhor a gente nem querer saber...

Olhei para Nick e depois para Mari. No fundo nós sabíamos que o furacão Sophie tinha um motivo chamado Alex Turner para ficar cheio de raiva. Com certeza havia acontecido algo. – Bom não agora... – completei

- Ela e Alex devem ter brigado... – Nick disse.

- Mas isso é a única certeza que eu tenho hoje – Mari respondeu. Logo em seguida começaram a bater na porta desesperadamente. Hoje com certeza não seria um dia calmo como eu achei que seria.

Mari olhou pra mim e foi ver quem era – Alex – ela abriu a porta e agora ele entrava como um furacão.

- Sophie está aqui? – ele perguntou nervoso.

- Alex, deixa ela, melhor vocês conversarem depois... – tentei argumentar.

- Anne não dá! Eu preciso falar com ela agora!

- Cara, melhor vocês se acalmarem... Pode piorar a situação – Nick tentou conversar.

- Me desculpem, não dá pra ter calma! – Alex correu para as escadas nos ignorando. Não tínhamos mais o que fazer a não ser esperar ou por mais um pouco de desgraça ou reconciliação. Claro que esperávamos a reconciliação.

- Bom eu vou pra praia... – Mari disse.

- Com quem? – perguntei como quem não quer nada.

- Com alguns amigos... Tchau pra vocês – Mari saiu deixando eu e Nick a sós.

Nick se aproximou pegando em minha cintura – É acho que o dia não vai ser calmo por aqui... Quer ir pro meu apartamento?

- Ótima ideia... – sorri.

Beijamos-nos. Nick era um cara que me acalmava. Nosso relacionamento não era turbulento assim como o da Sophie, claro que brigávamos, mas eu também era mais controlada que a Sophie. Diferenças a parte.

– Você não ta bem... O que você ta pensando An? – Nick perguntou.

- Bom... Não é...Eu fiquei pensando sabe... Na festa eu senti que havia algo errado – Nick me olhou como se tentasse sacar tudo.

- O que você viu lá?

- Não querendo acusar ninguém, muito menos criar intrigas... Mas eu vi a Jessica dando em cima do Alex. Eu a conheço bem e em todos esses anos ela sempre foi assim, principalmente com a Sophie. Mas eu tinha medo de criar brigas, por isso nunca falei nada...

- Você é incrível An... Você se preocupa com as pessoas. Eu te amo. – sorri e nos beijamos – Mas voltando ao assunto, acho que devíamos reparar mais então... Você acha que eles brigaram por isso? Você acha que a Sophie percebeu algo?

- Não sei, talvez... – fiquei pensando no assunto. Se não era isso então eu não saberia dizer o que era – Mas... Deixa eles se resolverem... Bem, vamos? – Nick concordou com a cabeça. Vestimos nossas roupas e saímos de casa deixando Alex e Sophie sozinhos. Espero que tudo fique bem entre eles.

Fim do Anne’s POV

A porta de meu quarto se abriu e eu continuei imóvel. Parei de chorar para que a pessoa não me ouvisse e fosse embora.

- Sophie... – fechei os olhos e as lágrimas voltaram. Alex apareceu na minha frente com uma cara nada boa. Olhei pra ele rapidamente, ele se ajoelhou e colocou a mão em meu braço. – Sophie, você entendeu tudo errado...

- Tira a mão de mim – eu disse séria. Ele olhou assustado e tirou a mão – quem me garante que eu entendi tudo errado?

- Eu garanto... – ele olhou pro lado e depois pra mim – Você tem que acreditar em mim Sophia.

- Porque você não me contou que ia se encontrar com ela? Ou eu não poderia saber? Claro, você está tendo um caso com ela, não é? Alexander! Eu não sou a Arielle, só espero que você saiba disso... – disse chorando mais.

- Você ta louca? Eu não to tendo caso com ninguém, só tem você na minha vida... Você tem que acreditar nisso Sophie, eu te amo! – seus olhos negros e profundos ficaram marejados, mas ele não deixou que nenhuma lágrima caísse.

- Então porque você não me disse nada Alex? – gritei

- Eu não te disse nada porque eu não sabia que iria encontrar Alexa lá, porra – ele também alterou a voz – Eu estava indo comprar algo pra comer e esbarrei com ela, não te avisei porque não achei necessário... Você está sendo injusta comigo.

- Não, eu estou sendo cautelosa com meus sentimentos... – coloquei a mão no rosto na tentativa de me acalmar. Talvez eu estivesse exagerando.

- Você ainda tem dúvidas, claro... Não confia em mim – Alex se levantou andou até a porta, mas voltou e apontou o dedo pra mim – Se continuar assim Sophia, nós não vamos conseguir ter um relacionamento.

Levantei e olhei incrédula pra ele – Eu não tenho duvida de nada Alex, as coisas são difíceis pra mim... Você que não me entende.

- Eu não te entendo? Você por acaso já pensou em mim? Você acha que é fácil passar pelo que eu estou passando? Eu passei por cima de muita coisa pra estar com você, porque eu não tenho duvidas sobre o que sinto e você não dá valor a isso... – ele olhou pra mim esperando uma resposta, mas eu não sabia o que responder. Comecei a chorar mais. Alexander olhou em volta e saiu do quarto.

Eu estava errada? Eu havia exagerado? Talvez. Eu amava aquele homem mais do que minha vida, e não poderia simplesmente deixa-lo ir. Sai do quarto e imaginei que ele já estivesse na porta indo embora, mas o encontrei sentado no sofá. Alex estava com os cotovelos apoiados na perna e suas mãos cobriam seu rosto. Aproximei-me mais, tentei me recompor. A casa parecia vazia, talvez tenham percebido que não estávamos bem.

- Alex – eu disse quase num sussurro. Ele tirou a mão do rosto e olhou pra mim, havia uma lágrima em seu rosto e isso fez com que eu chorasse mais. Ele se levantou e me abraçou. – Me... desculpa. - disse. 

Ele passava as mãos pelas minhas costas, na tentativa de me acalmar – Eu é que preciso pedir desculpas...

- É que eu te amo tanto... – nos olhamos e começamos a nos beijar.

Ele sorriu – Eu também te amo... E vou te avisar quando encontrar com alguém como Alexa na rua.

- Não precisa, isso é ridículo... Não sei o que deu em mim - disse sem graça.

- Talvez seja a pressão de namorar alguém como eu.

- Namorar?

- É, agora somos namorados... Quer dizer, você aceita?

Não contive minha alegria e o abracei o mais forte que consegui – Claro – disse muito empolgada. Ele sorriu e começamos a nos beijar intensamente. Caímos no sofá e eu fiquei em cima dele. Alex começou a tirar minha blusa e a beijar meu pescoço.

- Alex, na sala? É perigoso...

- Quem liga – ele respondeu passando as mãos sobre meus seios. Continuamos a tirar nossas roupas sem ligar para o que poderia acontecer. A qualquer momento alguém poderia entrar e ver a cena, o que não seria algo muito agradável. Mas a adrenalina de pensar na possibilidade de ser pego era algo excitante e só fazia com que continuássemos.

...

Arielle’s POV.

- Perfeito Miles! – disse – Essa noticia mudou meu dia.

- Saberia que sim... – ele se jogou no sofá e colocou as mãos atrás da cabeça.

- Com certeza eles devem ter brigado feio ou estarem ainda – sorri – Queria ter visto a cara daquela sonsa, e a Alexa então? – soltei uma risada – Não podia ser melhor.

- Não se empolgue tanto... não foi nada de mais também. 

- Como não? – encarei-o – Você não encheu a cabeça dela? – ele concordou – Então?

- Então, é que eles vão se entender... e tudo vai ficar como esta.

- Você é mesmo um lerdo! – sentei ao seu lado – Pensa comigo – ele esperou – Isso é só o começo, se eles vão se entender ou não, não é essa questão. Sophie já deve estar desconfiada, ela vai tomar cuidado em tudo agora, por que simplesmente ela não sabe lidar com esse meio... imagine quando as fãns derem em cima do Alex e ela ver, não vai ser fácil... e ainda há uma coisa grande por vir...

- Arielle...

- Nós temos uma aliada.

...

Fim Arielle’s POV.

Estava dentro do carro com Alex, após  termos ido jantar em um restaurante italiano, que amei em conhecer, agora ele tinha um lugar para me mostrar, e estávamos indo para lá, e desta vez ele não me vendou, sorri olhando para janela. Passávamos pelo distrito histórico, e saímos da rodovia, entramos em uma rua de terra, passando por cascalhos e uma floresta densa, Alex diminuiu a velocidade, estacionando em um grande terreno perto do fim do quarteirão. O terreno ficava entre uma casa que tinha pelo menos 100 anos, cujo mesmo tinha uma parecida.

- Chegamos – disse ele, enquanto saía do carro e fiz o mesmo. – Este é o lugar que eu queria lhe mostrar.

Fiquei em silêncio por achar que era apenas um terreno baldio, apesar de ter uma casa de madeira com um parapeito, e por um momento, simplesmente observei Alex enquanto ele andou por alguns metros, em silêncio. Ele estava olhando por cima da estrada, com as mãos nos bolsos. Eu passei a mão pelos cabelos, passando os dedos entre os fios, indo em direção à ele. Ao chegar ao lado dele e fiquei lisonjeada com que vi.

- Na minha opinião, este lugar tem um dos panoramas mais bonitos de todo o litoral – disse ele, finalmente. – Não é como uma vista para o mar, onde tudo o que você vê são ondas e água até o horizonte. Isso é ótimo, mas, depois de algum tempo, começa a ficar tedioso, porque o panorama é quase sempre o mesmo. Mas neste lugar há algo para ver. Sempre há veleiros e iates indo em direção à marina. Pessoas à noite passeando pela calçada da orla. Não importa quantas vezes eu os veja, sempre fico maravilhado.

- Você vem muito aqui?

- Duas vezes por semana, mais ou menos. É onde eu venho quando quero pensar.

- Tenho certeza que os vizinhos adoram isso.

- Não há nada que eles possam fazer a respeito. Eu sou o dono deste terreno.

- Sério?

- E da casa também. – ele apontou para ela.

- Ela parece abandonada. – disse – Por nunca me falou sobre este lugar?

- Não sei, exatamente... Na verdade, quando cheguei em LA , descobri esse lugar e adorei, passei vir aqui sempre, quando precisava colocar a cabeça no lugar. Um dia resolvi que queria comprar a casa e o terreno, o problema era que ninguém sabia como entrar em contato com o proprietário. Até que finalmente localizei, ele morava no Novo México e fiz uma oferta baixa por este lugar. Ele aceitou imediatamente. Duvido que ele tenha vindo aqui alguma vez na vida, ele não fazia ideia do que estava vendendo.

- É tranquilo aqui. – olhei para o horizonte, dava para ver as luzes da cidade a noite, apesar da escuridão.

- Vamos ver a casa. – disse ele.

Subimos os degraus da varanda, parando diante a porta, Alex pegou as chaves no bolso e a porta se abriu com um rangido. Ele entrou primeiro acendendo as luzes.
Estava agradavelmente fresco aqui dentro, e o interior da casa era extenso, o piso e as paredes de madeira tinham perdido o brilho e rachado com o passar dos anos e as cortinas marrons não escondiam as infiltrações sob as janelas, dava para ouvir o rangido em cada passo que dávamos. Os encostos e o estofamento do sofá xadrez estavam desgastados. O cimento da lareira tinha começado a ceder e os tijolos ao redor da abertura estavam negros, vestígios carbonizados de milhares de fogos crepitantes. Ao lado da porta havia uma pena mesa, e um ventilador.

- Faz tempo que não venho aqui – disse Alex, olhando do lado de fora.

- Parece uma fortaleza secreta – disse. – Bom, pelo menos se um dia você sumir saberei onde encontra-lo.

- Boa observação – ele riu. – Ou quando quisermos sumir, podíamos vir para cá. – disse ele se aproximando e logo em seguida me beijando.

...

Depois de mostrar a casa, estávamos deitados no capô do carro olhando as estrelas, a lua estava alta, e ventava suavemente. Alex ergueu o corpo levantando-se, e abrindo a porta do carro, continuei ali parada olhando para o céu, podia ouvir cigarras cantar, ouvi um barulho de um fleche em minha direção, e olhei para o lado, era Alex, com uma câmera na mão.

- Alex, pare de tirar foto – tentei cobrir meu rosto com minhas mãos.

Ele riu tirando outra e logo em seguida tirando minhas mãos do rosto – Seus olhos estão extremamente verdes está noite, e o luar reflete em sua face.

Abri um sorriso grande – Belo poema querido.

Ele sorriu – Não é, um poema, é a verdade. – ele guardou a câmera, e me puxou para que eu descesse.

- Quer fazer uma coisa por mim?

- O que?

- Me concede está dança?

- Mas sem música?

- Eu sou o músico. – Ele me tomou em seus braços, e começamos a dançar, calmamente, no ritmo da canção que ele cantava, em pequenos movimentos circulares. No momento que ele cantava, percebi que reconhecia aquela música. Aninhei-me em seu corpo, enquanto dançávamos, me sentia que ali era o meu lugar, eu o amava cada vez mais.

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N/A: Oi queridas! Espero que estejam gostando da história como nós estamos! Temos muitas surpresas que ainda estão por vir! Arielle não vai parar, e Sophie terá muitas coisas para enfrentar para estar ao lado de Alex. Próximo capítulo teremos novidades! Até mais, beijo grande!

Letícia e Julia.