You & I, Capítulo 10: It seems like once again you've had to greet me with goodbye

Acordei, e fui tomada por puro prazer só de lembrar da última noite. Rolei pelos lençóis macios, que estavam impregnados com o cheiro de Alex. Ah, Alex . Ainda me sentia esgotada. Ele era maravilhoso na cama, sugou cada pingo de energia no meu corpo, me deu um prazer que eu não tinha imaginado possível. Talvez tenha sido tão bom por que não foi só sexo, foi amor e sexo. Alex era tão sedutor, tão bruto e tão carinhoso. Eu ainda sentia o êxtase de ter passado a noite com ele. Fechei os olhos esperando dormir mais um pouco, mas a minha mente vagava, me fazendo desejar mais e mais. Me levantei e vi meu sutiã perdido no chão do quarto, e inevitavelmente lembrei de quando deixou meu corpo. Dirigi-me ao banheiro e lavei meu rosto. Quando me olhei no espelho, me dei conta de quantos chupões Alex tinha deixado no meu corpo, fazendo uma trilha. Fiz um coque de qualquer jeito e me enrolei em um dos lençóis. Quando abri a porta do quarto, senti o cheiro de bacon, e me encaminhei pra cozinha. Alex estava com a barriga no fogão, de costas para mim. Em cima do balcão estavam duas xícaras e dois pratos com ovos fumegantes. Me sentei em um dos bancos altos e olhei para as costas nuas de Alex. - Hmm, o cheiro está ótimo.

Alex olhou para trás e deu um sorriso torto que fez os meus olhos revirarem. Ele serviu o bacon em meu prato, e foi buscar o café. Estava começando a comer quando escutei a porta da sala se abrir, puxei o lençol junto ao corpo, e quando me virei, tive o desprazer de ver que era Arielle.

Ela parou estupefata quando me viu, e quando a viu, Alex ficou branco igual a um fantasma. Fiquei perturbada com a chegada e reação de Arielle, e com a de Alex também. Ela abria e fechava a boca, mas as palavras não saiam. Eu também não sabia o que dizer se devia sair dali ou não. Os olhos dela estavam tão arregalados que eu pensei que iam saltar das orbitas. Alex saiu de trás do balcão dizendo o nome dela, que balbuciava coisa que eu não conseguia compreender, e foi em direção a ela, que pra minha surpresa, desviou dele e veio pra cima de mim. Eu ainda estava tão confusa que me assustei quando senti o impacto da mão de Arielle no meu rosto. No mesmo momento senti meu rosto esquentar, e fui tomada por uma raiva que me fez sentir com força pra matar ela com as minhas mãos. Ela se afastava de costas no momento em que parti para lhe devolver o tapa, fui impedida por Alex, que me segurou e arrastou para cozinha. Escutei a porta se abrir, e depois se fechar com uma batida alta. Olhei para Alex no momento em que ele me soltou, e me deu uma vontade de gigante de bater nele. Ele se apoiou na bancada e colocou as mãos no rosto.

— POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?

—Eu não ia deixar você bater nela.

—MAS ELA PODE ME BATER NÉ? 

—Vic... você não pode se rebaixar ao nível dela – ele se aproximou tentando me abraçar 

—Não encosta em mim. – guinchei cheia de fúria. Empurrei os braços dele com a maior força que pude, fui para o quarto, onde catei minhas roupas. Eu não estava conseguindo fechar meu sutiã, quando me joguei no chão e deixei as lágrimas de raiva, decepção... e de todos sentimentos possíveis descerem. Dei alguns socos no chão para descontar tudo que estava sentido. Tudo era tão confuso, eu tentei evitar me aproximar de Alex o máximo, mas isso foi praticamente impossível.

E como eu tive a ingenuidade de achar que, já que havia falhado no meu plano de evitá-lo, eu e Alex poderíamos ficar juntos.

Matt havia me dito que Alex e Arielle haviam discutido por minha causa. Talvez eu tenha me iludido por achar que ali seria o fim do relacionamento dos dois. Talvez aí tenha sido meu erro. E eu achava que não tinha esperanças, mas para quem chegou até aqui e está chorando por ele ainda não ter a deixado... Mesmo não querendo, é, eu tive esperanças.

Finalmente consegui me vestir, e parti para a sala para buscar minha bolsa e dar o fora dali o mais rápido possível. Alex estava sentado no sofá, com o rosto escondido pelas mãos. Minha bolsa estava do lado dele, puxei a com força, e me virei para a porta. Antes de fechar completamente, escutei a voz de Alex chamando meu nome, mas a raiva me consumia, e eu a ignorei.

POV Matt 

—Matt?

A voz de Vic era trémula. Ela estava chorando. E eu já imaginava que era por causa Turner idiota. 

—Srtª Morgan? - Ouvi um risinho dela escapar. 

—Preciso de você, bro. - Disse calma, mas ainda soluçava baixo.

— Estou indo para aí. 

 

Victória era praticamente minha irmã mais nova. Eu sentia que devia cuidá-la, e fazer tudo que um irmão mais velho faz.

Alex era meu melhor amigo, mas às vezes agia como um pivete. Ele amava Vic, mas de um jeito atrapalhado. Turner tinha medo dela ir, e ele sofrer novamente. Talvez por causa desse medo, ele ainda não tinha terminado com Arielle. Caso a Victória partisse novamente, ele teria a ruiva para tentar fazê-lo esquecer a mesma, mesmo que só fosse durante o sexo.

POV Vic

Já passava das 2h da manhã, minhas pálpebras pesavam, quase me rendendo ao sono. Estava estranhando a demora de Matt, e deduzi pelo o horário que ele não viria mais. E me entreguei.

Ouvi a porta do meu quarto se abrir, e senti um peso na ponta da cama.  Helders e Natalie não tinham a chave do meu apartamento, a não ser, Alexander.

Continuei com os olhos fechados, e ao perceber que ele se deitou ao meu lado meu corpo estremeceu. Seu perfume era o mesmo de oito anos atrás.

— Vic, eu sei que não está dormindo. Tentei falar sobre uma coisa com você hoje de manhã, mas Arielle acabou com tudo. Amanhã estamos partindo para uma turnê Norte-Americana, e já tinha reservado tudo para que você fosse. Já havia falado até com George. E eu sei que já deve ser tarde... Vem comigo? Por favor?

Sua voz era calma e piedosa. Ele brincava uma mecha do meu cabelo, e a respiração acelarada entregava seu nervosismo. Assim que me virei, seus olhos avermelhados estavam fixos em mim. Lábios trémulos, cabelo molhados pela chuva, e hálito de cerveja.

— Você não tem culpa, Al. Você não tem culpa. Eu que não devia ter me entregado, seria tudo mais fácil. Tanto pra mim, quanto para você. Só que já estou cansada de quando as coisas estão se ajeitando para nós, no final ambos saímos machucados. É sempre assim, sempre foi.

Um nó na minha garganta se formou. Eu não podia chorar, ia mostrar que ainda era completamente vulnerável à ele. E nunca iria me perdoar pelo o que estava prestes a ser dito. Mas seria melhor. Melhor para nós dois. -- Vai ser melhor sem mim, não só os shows, mas a sua vida também.

Ele depositou um beijo em meus lábios com gosto de ser o último, gosto de despedida. Retribuí. E senti meu peito doer, meu corpo clamar pelo o dele. Eu não deveria ter deixado ele entrar novamente na minha vida, e confundir tudo. E se deixei, não deveríamos ter complicado tanto. 

 

— Não vai ser.

Ele disse assim que saía por aquela porta.

 n/a: Demoramos bastante para postar, eu sei. Tive que formatar meu computador, e perdi a parte que havia escrito. Também passei por umas crises de bloqueio criativo, mas finalmente ela se foi e consegui terminar.

Pedimos desculpas pela demora, e agradecemos os comentários do capítulo anterior. Muito obrigada! <3

 Beijocas!