That's Where You're Wrong: Capítulo 5

Estava em estado e êxtase. Há cinco minutos eu tinha beijado Alex Turner, quando finalmente cai em mim mesma. Havia feito a maior besteira do mundo. Alex estava me olhando esperando uma reação e eu devia estar com cara de idiota.

- Alex, isso não deveria ter acontecido – disse.
  
- Por que não? – ele perguntou

- Eu tenho namorado...- Assim que disse isso Alex trocou o sorriso por uma expressão de desolação. Será que ele não sabia que eu tinha namorado?
  
- A sim, e você acha que eu não tenho uma namorada também?

- Eu não sei! Você tem? – perguntei. Ele tinha namorada e tinha me beijado, eu tinha que começar a pesquisar mais sobre Alex Turner.
  
- Você pode ver isso no Google – e o Alex chato e sarcástico havia voltado.

Agora sim eu havia ficado furiosa. Dessa resposta eu não precisava.

- Eu vou embora – disse me levantando e indo em direção à porta. Não me permiti olhar pra trás.

Olhei para cima, para o apartamento do Alex. – O que eu havia feito? Bati a cabeça contra o volante do carro – Droga – disse para mim mesma. Abaixei a cabeça, ainda encostada no volante e permiti que as memórias do beijo voltassem – A forma com a qual ele havia me beijado, calorosamente, eu sentia que ele queria isso tanto quanto eu. Mas eu devia ter evitado! – Onde está seu bom senso Sophie? – Quando estou com Alex parece que nada mais importa a não ser nós dois. Isso é loucura, loucura pensar assim. Eu iria contar ao John o que aconteceu? Como ele reagiria a isso? – Tomei um susto, ao escutar alguém batendo o vidro do lado de fora – Olhei e era Alex.

- Abaixa o vidro – ele disse, parado ao lado de fora e sua expressão era séria.

Suspirei e abaixei.

- Precisamos conversar.

- Eu não tenho mais nada para conversar com você.

- Você tem que passar o dia comigo esqueceu?

- Você só consegue pensar em si mesmo? E não venha me dizer que você é o meu trabalho, pois eu sei muito bem disso. – disse em um tom severo – E quer saber mais? Estou aqui para trabalho e não vou me envolver dessa maneira com você.

Ele sorriu de lado, me deixando ainda mais furiosa – Está bem – respondeu – Agora saia desse carro e suba comigo.

- Não – cuspi as palavras – Já chega. – ele me olhava com ar de despreocupação. Eu queria socar a cara dele, mas isso é ridículo. Ele parecia não acreditar que eu ia embora. – Por que você não vai brincar de se olhar no espelho? – Esperei ele responder algo, mas não disse nada, subi o vidro e pisei firme no acelerador. Pude ver pelo espelho retrovisor que ele sorria. Idiota.

Cheguei em casa subindo as escadas pisando firme. Entrei no meu quarto e joguei a bolsa sobre a cama. Passei as mãos no cabelo, sentia que ainda estava nervosa. Como uma só pessoa podia causar isso tudo em mim? Sentei sobre a cama, e abri o notebook, ele disse “pesquisa no google” me fazendo parecer de idiota, então vamos lá.  
Alexander Idiota David Arrogante Turner, assim que deveria se chamar. Combina mais. Como ele conseguia se tornar mais lindo? Impossível, eu tinha que admitir. Estava diante a uma foto onde Alex estava segurando uma guitarra, ele estava sexy.
Engoli um seco ao ver uma foto dele com a namorada, ela era linda, alta, magra,olhos verdes, cabelos ruivos lisos e ele sorria ao lado dela. – Por um súbito comecei a pesquisar sobre ela, modelo e atriz... E acho que me senti enjoada por mim mesma, para que eu estava fazendo isso? Ela era simplesmente linda, como eu podia competir com ela? Eu morena de cabelos ondulados com cachos nas pontas castanho escuro, olhos verdes, não tão alta, e com super curvas, longe de ser totalmente magra. E eu queria competir com isso? – Balancei a cabeça – Estava começando achar que tudo isso era um erro, ele só fez isso para se divertir.

Meus olhos estavam embaçados foi quando percebi que estava chorando e, enterrei minhas mãos sobre o rosto. O que estava acontecendo comigo? – Senti alguém colocar a mão sobre meu ombro, levantei o rosto e era Anne.

- O que aconteceu Sophie? – ela perguntou com os olhos cheios de preocupação. –Por que você esta chorando?

- Você não ia chegar só à noite?

- Já são 6 horas – respondeu. Mas eu continuei a chorar.

No primeiro momento eu não consegui falar, e então, ela olhou para o notebook, e viu a foto que eu estava há minutos atrás olhando, Alex e Arielle.

- Você não quer me contar sobre isso?

Eu suspirei, e comecei a contar, tudo o que havia acontecido, desde primeiro momento em que vi Alex naquela sala, eu sempre soube que ele seria um problema. Quando toquei no assunto que havia beijado Alex, ela sorriu para mim, mas eu não entendi muito bem o motivo do sorriso. Anne só queria que eu ficasse bem, e disse que eu não precisava me preocupar com nada. Ela quase me bateu quando disse sobre Arielle, que eu não era boa o suficiente.

- Eu sei do que você precisa. – disse ela – Precisa sair comigo, uma noite com sua amiga aqui, sem namorado, sem trabalho, sem preocupações.

- Anne... Eu não estou muito no clima.

- Mas vai ficar! – consentiu – Agora trate de ir se arrumar. Precisa levantar esse seu astral!

- Anne...

- Vamos logo garota – disse ela me puxando de cima da cama.

- Você é impossível não é mesmo?

Fui direto para o chuveiro, me arrumei vestindo uma saia de cintura alta, um top cropped, um cardigan por cima e ankle boot. Não fazia idéia da onde iríamos, mas estava bom assim. Enquanto arrumava minhas madeixas não conseguia parar de pensar em Alex, e imaginei o que tivesse acontecido se eu tivesse subido ao apartamento de novo. – Balancei a cabeça tentando esquecer.

- E então pronta para a noite? – disse Anne entrando no meu quarto, animada.

- Como nunca estive. – dei um sorriso forçado.

Fui no carro da Anne, ela não deixou que eu fosse dirigindo. Ela aumentou o som no carro com a esperança de tentar me animar. E estava conseguindo. Como eu amava essa minha amiga. – Deveria ter avisado John que iria sair, mas nem pensar estava conseguindo direito. Que estrago Alex havia me causado.

- Chegamos – anunciou Anne, estacionando o carro.

- Um pub?

- Sim, acho que você vai gostar daqui. – disse ela, enquanto saíamos do carro – Sempre vêm bandas legais para cá.

- Que ótimo – sorri, olhei para a fachada e se chamava California Custom Pub, nome legal, pensei.

Entramos, e o lugar estava cheio, pessoas provavelmente ricas. O ambiente era favorável, decoração rústica, piso de madeira, lembrava perfeitamente pubs da Inglaterra. – Anne me puxou para o open bar. E sentamos em frente ao balcão.

- Uma cerveja – pediu Anne.

- Uma dose de uísque – pedi.

Anne me olhou – Uísque?

- É, não disse para me divertir?

Ela riu – É assim que se fala amiga!

Permanecemos um bom tempo rindo e conversando coisas aleatórias, enquanto tocava uma banda que agitava o ambiente, e eu já estava ficando meio grogue. Mas Anne tinha razão, melhor coisa era sair naquele momento.

O show da banda desconhecida havia acabado.

Um cara subiu ao palco, deveria ter em torno de 40 anos, levou um microfone nas mãos, ignorando o pedestal a sua frente e disse: '' Acho que a noite está apenas começando não é pessoal? – ele gritou, e o pessoal respondeu gritando ainda mais. – É disso do que eu estou falando! – ele animou - Hoje teremos um show especial! – a galera gritou - Com vocês... Os Arctic Monkeys de Sheffield!

Fiquei surda com os gritos, mas ouvi nitidamente o nome da banda, me fazendo levantar os olhos e olhar para o palco – Segundos depois ele estava ali, usando uma calça jeans, uma jaqueta de couro preta, e uma camiseta branca por baixo. Seus cabelos estavam visualmente comportados naturalmente. Ele estava lindo, e lindo ainda mais sobre os holofotes do palco. – Nossos olhares se encontraram e, senti meus pulmões subirem e descerem rapidamente. Ele sorriu discretamente, mas não pareceu mostrar surpresa ao me ver, o que minha cara denunciava. – Eu abaixei o olhar, tentando desviar minha atenção. Ouvi ele falar com o público, e logo em seguida começar a tocar.

- Eu vou embora – disse me levantando. Anne segurou meu braço.

- Você não vai, senta aí.

- Mas Anne... Ele está aqui.

- Sophie, eu não estou te reconhecendo. – disse ela, enquanto eu sentava de volta – Cadê a mulher segura que você é? – eu a encarei subitamente – Finge que você não esta nem ligando para ele. Você esta apenas no seu dia de folga se divertindo com sua amiga, sem nêuras, entendeu?

- Esta bem, você tem razão – concordei.

- Ótimo. – ela disse – Eu estou aqui com você. – sorriu.

O show começou com uma música bem agitada, eu não a conhecia, mas era contagiante. O público gritava, pulava e cantava junto. Alex no palco era outra pessoa, ele fazia poses e estava bem agitado, acredito que ele só não pulava por falta de espaço já que o palco não era grande. Depois de umas três músicas começou a tocar uma música que eu parecia conhecer, comecei a prestar mais atenção e então lembrei que era a música que um dia eu havia escutado no radio ‘‘ Oh that boy's a slag the best you ever had...’’. Comecei a cantar junto, aquela música era legal.
Comecei a prestar mais atenção no resto do show que não durou muito, a voz de Alex era absolutamente linda. Eu nunca tinha ouvido uma voz como a dele, era rouca e sexy. Quando você ouvia Alex falando você notava que ele tinha uma voz grossa, encantadora, ele carregava o sotaque britânico bem forte e usava dialetos então se meu pai não fosse de Sheffield eu nunca o entenderia. Estava começando a odia-lo mais ainda por ser tão lindo.
Eu bebia cada vez mais, e cada vez mais rápido. Anne até tinha dito para eu maneirar, mas eu não estava nem mais ligando, ela não disse para eu me divertir? Então, só estou seguindo seu conselho. Depois de quase uma hora, o show havia acabado. E eu estava feliz por não ter que encarar mais os sorrisos cínicos e olhares de Alex.

- Sophie, vou até o banheiro, já volto – disse Anne.

- Sem problemas – respondi.

Virei mais três doses do uísque, e pedi uma cerveja. Eu não era de beber, mas isso era uma exceção.

- Oi Sophie.

Olhei para o lado, e era Jamie, foquei meus olhos neles por muito tempo, antes de responder, ele era um tanto quanto lindo, alto, forte, olhos azuis, e um charme resistível, ainda mais com essa barba por fazer.

- Oi Jamie – sorri.

- Como está?

Eu girei o copo – Bem...

- Eu te vi de lá do palco – disse ele – E a propósito você é linda.

- Obrigada Jamie – sorri – Você é muito gentil.

- Nada mais que a verdade. – ele me analisou – Pelo visto você esta inteiramente focada na sua bebida.

Dei uma risada – É, acho que sim.

- Estava pensando se você não quer ir ao nosso camarim.

 Eu me endireitei no banco - Eu não sei, acho melhor não.

- Ah, vamos lá. – insistiu – A noite ainda está só começando.

- Eu estou com a minha amiga Anne e não sei se ela vai aceitar o convite.

- E onde está sua amiga Anne?

- Falando de mim? – perguntou Anne, se aproximando de nós.

- Aqui está ela – indiquei com a cabeça, e sorri.

- Prazer Anne – disse Jamie, e Anne foi muito educada. – Então, sua amiga aqui Sophie, não está querendo aceitar o meu convite. – disse Jamie a Anne – Vamos lá Anne você também, ao nosso camarim.

- Acho uma ótima idéia – disse ela – Sophie não me disse que tinha tantos amigos charmosos.

Jamie riu, e encarei ela cruelmente, como ela diz isso assim? Ela havia esquecido que Alex estava lá?  

- Não vai querer bancar a chata, não é Sophie? – disse ela me puxando – Você se preocupa demais.

Jamie ia na frente, mostrando o caminho, e Anne não parava de falar. Quando entramos no camarim, dei uma rápida olhada no lugar, paredes totalmente brancas, sofás enormes, e tinha umas três salas, o lugar era grande até para um camarim. Olhei em volta e nenhum sinal do Alex, ótimo. Talvez ele tivesse ido embora...

- Sophie acorda – disse Anne, estralando os dedos na minha frente. – Jamie, foi pegar bebidas para nós.

Minutos depois, de todos serem respectivamente apresentados, Anne estava sabe se lá Deus aonde com Nick, eles se simpatizaram logo de cara, Matt tinha ficado conversando comigo, mas logo me deixou sozinha com Jamie.

Estava sentada no sofá com Jamie, não sei por quanto tempo conversando, ele era muito engraçado, e eu tinha bebido demais, demais mesmo. Jamie estava muito próximo a mim, tinha impressão de que ele ia me beijar, mas não conseguia parar de rir.

- Sophie? – ouço alguém me chamar, mas estava rindo, olho em direção a voz e era Alex. – O que ela está fazendo aqui Jamie? Com você?

- Olha só quem está aqui – disse Jamie, passando o braço por cima do meu ombro – O bom Alex – Jamie sorriu – Acho que já conhece a Sophie, digamos assim por enquanto minha amiga.

Eu olhei para os dois e ri. – Alex Turner, Turner, você não deveria estar se olhando no espelho ainda?

Jamie riu, e eu ri com ele – Ela não é divertida Alex? E é muito linda...

Alex pareceu manter firme o maxilar. – Qual é a sua Jamie?

- Apenas me divertindo. – piscou o olho.

- Alex-x... Você é tediante – disse rindo, Jamie sorriu para mim e me beijou na bochecha. Senti Jamie sendo puxado de mim. Tive que piscar muitas vezes para ver o que estava acontecendo. Alex tinha puxado Jamie dali, e eles estavam discutindo alto, mas eu mal entendia.

- Que droga Alex, como eu podia saber – disse Jamie – Nem pra compartilhar?

- Não, Jamie, ela não. – respondeu Alex.

O quê? Eles estavam falando de mim? Levantei-me e fui em direção a eles, quase caindo em meus próprios pés.

 - O que está acontecendo? – perguntei a eles, e me apoiei em Jamie – Jamie... Vamos voltar para a nossa conversa.

Senti um braço me puxando – Você vai embora, Sophie. – Alex? Ele estava me levando para longe Jamie, e estávamos em outra sala.

Puxei meu braço – Me solta, eu não vou embora.

- O que deu em você para beber desse jeito? – perguntou me encarando.

- Isso... não é ... da sua conta! – gritei.

- Vem, você vai embora comigo.

- Eu não vou embora com você! – disse parando – Cadê seus amigos bonitões? Eles já se cansaram de você? – comecei a rir, igual idiota.

- Tediosa você.

- Mas que falta de humor Sr.Turner... - cambaleei de uma perna para outra – Eu vou embora sozinha. – disse indo em direção à porta, mas sinto ser jogada na parede com força. Alex estava me prendendo contra a parede, e segurava minhas mãos com força, enquanto tentava me esquivar. Eu estava perdendo as forças, e Alex me olhava intensamente. O seu cheiro de perfume, uísque misturado com cigarro era excitante.

- Me solta agora – exigi, precisava mantê-lo falando.

- Não – respondeu ele, encostando seu corpo ainda mais no meu. Causou-me arrepios, eu estava tremendo. Senti coisas no estômago. Ele sorriu e disse – Você está tremendo. – eu abaixei o olhar – Eu te deixo nervosa?

Engoli um seco, e respondi rápido – Não.

- Mentirosa... – ele falou perto demais do meu rosto, senti seu hálito quente. Ele tirou uma de suas mãos que segurava as minhas, e segurou meu queixo me fazendo o encarar. Eu estava cada vez mais com a respiração descompassada.

- Não vai mais gritar e nem reclamar? – provocou.

- Eu odeio você! – gritei, mas mal consegui, ele me beijou com tanta intensidade, diferente do primeiro beijo, ele sugava minha língua faminta, logo suas mãos soltaram as minhas, me suspendeu ao seu quadril, e apertava minha cintura com força. Minhas mãos cuidavam de bagunçar seu cabelo comportado. Sua língua explorando cada centímetro da minha boca, seu cheiro, tudo me inebriava. Suas mãos percorrendo pela lateral do meu corpo me fazendo arrepiar inteira, cada vez mais ousadas passando por minha coxa e minha barriga.

Eram milhões de sensações diferentes e todas ao mesmo tempo, corpos e lábios colados e eu nem lembrava onde estava ou qual era meu nome. Comecei a sentir seus próprios batimentos cardíacos fora de controle assim como o meu. Finalmente paramos assim que o ar faltou. Seus lábios foram da minha boca até meu pescoço, chupando-o enquanto eu mordiscava lhe o lóbulo da orelha. Surreal demais. – Eu me afastei um pouco, não estava pensando com clareza. Nos encaramos por algum tempo. Ele apoiou sua cabeça contra minha, sorriu e disse:

- E agora, será que vai parar de me chamar de Sr.Turner?


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N/A: Obrigada pelos comentários, ainda poucos mas ficamos muito felizes! Acho que agora a história esta começando a ficar mais legal. Deve ser duro beijar o sr. Turner, não? hahah Beijos

3 comentários:

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