That's Where You're Wrong: Capítulo 17

Cheguei ao aeroporto às 18h da tarde e fui logo para a área de desembarque, procurei por uma menina loira no meio da multidão. Sem sucesso, talvez ela ainda estivesse pegando sua mala. Resolvi me encostar a uma parede lateral, era um lugar que eu poderia vê-la quando ela saísse. Era inevitável não pensar nos últimos dias que chegava a doer, não conseguia nem mentir para mim mesma, fingir que está bem é a pior coisa que alguém pode fazer. Minha tristeza é imensa, se eu realmente tivesse ido pra cama com John, eu me lembraria... Não é algo que se possa esquecer, mas eu havia bebido demais... As coisas não se encaixam nessa história. E eu não consigo lembrar de nada ainda. Pensei que lembraria no dia seguinte, mas não foi uma ressaca passageira... Estou perdendo a cabeça tentando entender o que parece impossível e ao mesmo tempo lógico... Será que eu realmente fiz isso? – Balancei a cabeça, o peito estava apertando a única coisa que eu quero é chorar aqui. O mais importante é que eu não posso contar isso pra minha irmã, isso tudo vai ficar em segredo absoluto.

- Sophie? – olhei em direção a voz

- Mari! – sai dos meus desvaneios – Quanto tempo... – nos abraçamos. – Como foi de viagem? Está tudo bem lá no Brasil? Nossa que saudades.

- Nossa! Calma! São muitas perguntas – rimos – A viagem foi ótima e sim está tudo bem lá no Brasil. Também estava com saudades!

- Como você cresceu. Da ultima vez que eu te vi você ainda era uma pirralha. E esse cabelo curto? Ta linda.

- Há-há-há pirralha? Obrigada, você também esta linda... Agora me conta sobre sua vida vai.

- Minha vida? Ta ótima – mentira – Aqui é muito bom, estou muito feliz – mentira – Só conheci gente que mudou minha vida – ao menos isso era verdade. – Agora vamos embora?

- Nossa que resumo de vida mais rápido. – ela ajeitou a mochila nas costas e ajudei com a outra mala. – Aposto que você ainda tem muito que me contar.

- É quem sabe.

...

Alguns dias haviam se passado desde que Mariana chegou, ela estava em Los Angeles para estudar e conhecer novos lugares. Segundo meu pai “ela precisava de novos ares para amadurecer um pouco e eu precisava instruir minha irmãzinha” – Como se isso fosse uma tarefa fácil. E aqui estou eu fazendo papel de instrutora. Se bem que não é algo que eu me preocupe, Mariana tem 18 anos é ajuizada, que sabia bem o que queria e o que precisava, era meio calada, mas sabia ser bem divertida e engraçada. Era até engraçado sermos irmãs já que ela era alta, loira e mais branquinha e eu era um pouco mais baixa, corpo com mais curvas e mais morena. Afinal, sou filha de inglês com brasileira.

As últimas semanas tem sido como um pesadelo, antes da Mariana chegar... Tentei de todas as formas falar com Alex, mas ele batia a porta na minha cara, não atendia meus telefonemas, e quando nos vimos na agência uma única vez as palavras dele foram claras “Você mentiu pra mim, você não pode mudar o que eu vi, e não há uma explicação pra isso, eu me enganei com você, já deu pra mim”  E eu me lembro claramente de chorar, por mais que eu falasse, ele não ia me ouvir... E eu ia dizer o que? Se nem ao menos eu sabia o que tinha acontecido. O pior de tudo é que eu estou completamente apaixonada por ele, mas será que valia a pena todo o sofrimento? Quer dizer, ele tinha uma namorada e brigamos por algo que ele fazia sempre. Quando era com ele, eu tinha que aguentar, mas se sou eu... Isso era justo? Eu estava exausta. – Anne vinha com algumas noticias que eu ouvia mostrando ter nenhum interesse, depois ela parou de falar deles. – Mariana vinha com algumas perguntas sobre o que estava acontecendo, ela tinha percebido que eu estava triste, até um cego perceberia. Ainda mais ela que não tinha papas na língua. Eu queria contar para ela só que não aguentava mais pensar ou falar nisso... Eu só dizia estar cansada.

- Sophie – Anne entrou em meu quarto enquanto estava respondendo alguns e-mails importantes – você ficou sabendo da festa?

- Que festa? – respondi fazendo pouco caso.

- A festa que vai ter para os Arctic Monkeys, você já deveria saber dela...

- A essa festa – revirei os olhos – Eu não vou.

- Como assim você não vai? – Anne parecia não acreditar

- Não indo. – voltei minha atenção ao notebook.

- Sophie, olha pra mim. – relutei um pouco, mas acabei olhando – assim está bem melhor. Agora me escuta com atenção, você quer mostrar que você é uma menina fraca e sem valor pra aquela ruiva sem graça?

- Não, claro que não.

- Pois bem, se você não quer mostrar isso pra ela, ou melhor, pra eles então trate de pegar seu melhor vestido, se maquiar como nunca antes, arrumar esse seu cabelo e chegar arrasando. Claro que você não precisa de muito pra deixar os outros loucos, porque você é linda! Mas você tem que ir, entendeu?

Fiz que sim com a cabeça, eu não estava com vontade de ir, mas Anne acabou me motivando, se eu não vou pra ver o Alex vou pra mostrar o que ele esta perdendo, por que eu já estava magoada demais com essa história. E orgulho ferido é a pior coisa.

- Ótimo, então quer ajuda com a roupa pra festa?

- Que festa? – Mariana entrou em meu quarto – Desculpem, não pude evitar, mas eu ouvi a palavra festa? Estou dentro...

- A Mari, você não vai gostar...

- Porque não? Acho que a Mari deveria ir Sophie – ótimo agora até a Anne queria levar a Mari para conhecer aqueles desgraçados.

Respirei fundo – Está bem, porque não? Não é mesmo? – sorri sarcasticamente.

- Que ótimo, acho que estávamos precisando mesmo de uma festa já que a Sophie só quer saber de trabalho e descansar... – Mari começou a falar sem parar sobre como ela deveria ir vestida, como seriam as pessoas e etc. Tentei me animar, mas no final eu acabei nem prestando mais atenção, eu só pensava em como eu não queria ter que olhar pro Alex com a Arielle.

...

A festa seria de noite, acabei comprando um vestido curto preto com muitos quadradinhos brancos, com um corte retro e uma pequena abertura na frente que seria o decote, mas não era nada muito chamativo. Coloquei meu scarpin preto para combinar. Meus cabelos ficaram soltos e naturais, ou seja, com cachos bem feitos nas pontas e maquiagem pesada na região dos olhos.

Mari estava com um vestido preto e scarpin vermelho, maquiagem mais leve, batom vermelho nos lábios e seus cabelos estavam meio bagunçados dando um ar mais moderno. Já Anne estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo com um “topete”, vestido de renda preta e scarpin preto, também com a maquiagem pesada nos olhos. Estávamos de fato lindas.

A festa seria em um novo bar que também tinha balada. Era um lugar bem legal, por fora tinha cara de pub e dentro cara de balada. Havia uma área para sentar, beber e conversar e logo adiante havia uma pista de dança que já estava cheia. No fundo haviam alguns sofás onde vários casais estavam sentados. Muita gente famosa e importante no meio artístico marcava presença. Avistamos Matt, Jamie, Nick e mais dois homens que eu não conhecia.

- Olá meninas, que bom que vieram!– Matt falou quando nos aproximamos só que seu olhar parou em Mari, provavelmente porque eles não a conhecia.  – E você é a? – ele disse olhando para a própria.

- Essa é minha irmã. Mariana. – respondi

- Oi, muito prazer – disse Matt cumprimentando Mari e depois todos fizeram o mesmo.

- Ah... Esses são Frabizio Moretti e o Nick Valensi dos Strokes – disse Jamie apresentando os dois homens que eu não conhecia

 – Essas são Sophie, minha namorada Anne e a Mari – Nick nos apontava agora. – Sophie trabalha para a agencia D Publicity, e está nos ajudando...

- A muito prazer meninas – Fabrizio nos cumprimentou e o Nick Valensi apenas acenou com a cabeça.

Começamos a conversar, Fabrizio e Nick eram muito legais e confesso que não sabia nada dos Strokes. Foi interessante conhecê-los. –Notei que Nick estava dando em cima de Mari e ela não parecia gostar muito, mas notei também que Matt não tirava os olhos dela só que ela não parecia perceber. – Comecei a olhar em volta, queria saber se Alex estava lá, mas eu não ia perguntar para o Matt. Foi quando olhei nos sofás e lá estava ele. Nos olhamos por 5 segundos e então virei a cara, mas quando olhei de volta ele começou a agarrar Arielle e então olhou pra mim. – Aquilo me deixou nervosa, babaca! O que ele quer? Com certeza foi como vingança pelo que tinha acontecido. Fechei a cara.

Tentei ignorar aquelas cenas de Alex e Arielle e me foquei na a conversa. – Fabrizio era um cara legal, bonito e interessante e ele parecia ter gostado de mim. – Anne me puxou para ir ao bar.

- Então Sophie – ela olhou para Fabrizio e voltou o olhar pra mim – O Fabrizio não tira os olhos de você...

- O que? Não Anne, para com isso... O que eu notei foi o Nick dando em cima da Mari.

- E ela não dando a mínima – rimos – mas voltando ao assunto amiga, tente esquecer o Alex, eu o vi com a Arielle. Ele está agindo como um idiota, não vale mais a pena, não quero ver você mal... Além do mais tem um cara lindo, famoso e legal dando em cima de você. Ele também é brasileiro e vocês gostam das mesmas coisas, vê se aproveita.

Eu sabia que Anne estava certa, mas não era isso que eu queria. As coisas não são tão simples assim... Eu amo o Alex...  – Eu sei Anne, eu acho que você tem razão, eu daria esse conselho se não fosse comigo. Mas você sabe que eu não vou conseguir, não agora... – abaixei o olhar.

- Eu sei, mas fica calma que vai dar tudo certo. Eu estou aqui – sorrimos.

Voltamos para a conversa. Anne levou as bebidas e ficamos rindo com todos. –O tempo estava passando e todas as vezes que eu sem querer olhava em direção ao Alex, ele já estava me olhando e isso já estava ficando chato. – Ele estava me deixando nervosa. Resolvi sair para espairecer. Antes dei mais uma olhada e Alex estava sozinho, Arielle deveria ter ido falar para as amiguinhas do namorado que tem...

- Vou pegar outra coisa para beber, já volto – disse.

- Não se preocupe Sophie, eu pego pra você – Fabrizio disse.

- Não precisa, tudo bem e eu também tenho que ir ao banheiro. Daqui a pouco eu volto – Sorri e fui em direção ao bar.

Encostei-me no balcão e pedi uma dose de uísque. Se for pra beber então que fosse algo forte. – Minha cabeça parecia que ia explodir. O garçom sorridente colocou o copo em cima do balcão e então bebi um pouco. Desceu rasgando em minha garganta. – virei o copo novamente, e pedi que enchesse mais.

- Uísque? Desde quando você toma uísque? – a voz rouca não era difícil de imaginar quem era... Alex. Estufei meu peito.

- O que você quer? – perguntei arrogantemente.

- O que? Não posso vir aqui?

Não respondi, respirei fundo e bebi mais um pouco. Ele estava encostado ao balcão de frente para a pista de dança e eu estava encostada de frente para as bebidas.

- Esta indo rápido demais, cuidado você vai desmaiar e não se lembrar de nada...

Apertei o copo com mais força, começou com as insinuações – Ótimo senso de humor.

Ele mudou de assunto – Notei seu mais novo “amiguinho” – ele riu fraco, a palavra “amiguinho” soou bastante sarcástica. Típico do Alex irritante.

- Isso não é da sua conta – tentei ser o mais grossa possível.

- É claro que não darling – respondeu sorrindo – Você não perde tempo mesmo.

Olhei pra Alex, fiz meu melhor olhar de indignação e ele estava com aquela cara de “foda-se” – Porque você não volta pra sua namoradinha e me deixa em paz?

- Porque você fica mudando de assunto Sophie? Está com medo de admitir que é só um cara dar em cima, que você já abre as pernas?

Aquilo foi o fim, eu realmente já não estava bem e agora era apelação. Sim, Alex estava com ciúmes, mas não precisa me chamar de vadia na cara dura. Porra, ele pensava isso de mim? Eu nem estava dando moral para o Fabrizio. Filho da puta. Bebi o resto de uísque que tinha no copo, na cara dele. Bati o copo no balcão e o encarei.

- Vai se fuder. Idiota – nem olhei para trás, apenas fui em direção ao banheiro.

Arielle’s POV.

- Al, eu vou ao banheiro e já volto.

- Tudo bem – nos beijamos e fui em direção ao banheiro.

Alex estava muito carinhoso desde que ele terminou com a vadia brasileira. – Hoje mais ainda.  E eu estava achando aquilo o máximo. O bom é que eu não tinha visto aquela praga e a noite estava sendo incrível e agradável.  – Sai do banheiro, mas não vi Alex sentado. Comecei a procurá-lo no meio de tanta gente, o que foi difícil, e então o vejo com ninguém mais inguém menos do que ela: Sophia.

Não era possível, parecia que tudo estava indo nos conformes, mas é só ela aparecer para as coisas mudarem. Achei que aquele idiota do John havia dado um jeito, do que adianta ser lindo se não tem inteligência? Comecei a olhar pra eles, Sophia saiu em direção ao banheiro e ela parecia brava. Então resolvi voltar ao banheiro, agora é a minha vez...

Fim Arielle’s POV.

Alex’s POV.

Ela era mesmo petulante, saiu pisando firme, mas dava para ver em seus olhos que não estava bem... O pior que não conseguia tirar os olhos dela... Ela estava linda... Moretti desgraçado, ele não pode ver uma garota bonita que já da em cima. Quantos anos ele tem? Uns 30? E ela tem 23, pelo menos eu tinha 27 anos e a Sophie é minha. Minha? – Por que ela tinha que me provocar... Eu não falei aquelas coisas por mal, mas que porra!

- Noite difícil? – olhei em direção a voz e me deparei com uma menina com os cabelos curtos, um loiro meio escuro, alta e magra, bem bonita.

- Acontece... Nada do que eu não possa resolver– respondi abrindo um sorriso.

- Exatamente... E você pode melhorar. – ela se inclinou no balcão pedindo uma bebida.

Olhei com curiosidade – O que você quer dizer com isso?

- Nada de mais... – ela sorriu discretamente.

Interessante... Quem seria ela? O que isso importa agora. – Olhei em volta e Arielle não estava.  

- Esta sozinho? – ela perguntou mostrando interesse.

- Acho que não mais... – e ela abriu um sorriso.

...

A conversa continuou, ela era engraçada e divertida. – Mas fazia me lembrar alguém... Não sei por que esse pensamento invadiu minha mente, mas algo nela se assemelhava com Sophie. – Estávamos rindo, perto demais... Segundos depois eu simplesmente a beijei. Não sei o que deu em mim, mas não foi como eu pensei, quem eu estava querendo enganar? – Beijar qualquer uma não vai me fazer esquecer a Sophie... Como se eu quisesse esquecê-la, ela era insubstituível... Eu realmente a amava. – Balancei a cabeça.

- Um homem de iniciativa – ela disse depois do beijo seguido de uma risada.

- É... Eu sinto muito...

- Está se desculpando por ter me beijado? – ela arqueou as sobrancelhas.

- Não... Quer dizer sim... É que...

Ela colocou a mão sobre meu ombro – Tudo bem, já entendi – disse me fazendo ficar confuso – Você tem uma namorada não é?

Estava tão na cara assim? Ela era esperta... Tenho e não tenho – Ela não é minha namorada... Mas...

- Você a ama. – respondeu completando a minha frase. E eu concordei com a cabeça, por que essa era a verdade... Não há o que dizer.

- Então você deveria dizer isso a ela... – ela sorriu – Ela deve ter muita sorte...

Antes que ela pudesse terminar de falar, começou uma confusão, mulheres saiam do banheiro feminino gritando e outras dizendo “briga”. – Sophie tinha ido ao banheiro e Arielle... olhei em volta e nada... Merda. – disse me levantando e indo até lá.

- Ei, ei espera – a loira disse vindo atrás de mim – Você não pode entrar ai – é verdade, droga. – Eu vou ver o que está acontecendo... – ela se virou de volta – Qual é o seu nome mesmo?

- Eu não o disse?

Ela sorriu – Então, qual é Sr. Mistério?

- Você não sabe mesmo?

- Eu deveria saber?

- Alex... – sorri.

Ela riu e entrou no banheiro.  Eu fui atrás de Matt para ver se ele sabia de algo.

- Matt... O que está acontecendo cara?

- Até que enfim resolveu aparecer Turner – ele riu – Acho que é uma briga de garotas, não sei...

- Caras... A Anne ta lá dentro... Será que ela ta na briga? – Nick

- Ela não foi atrás da Sophie Nick? – perguntou Matt

- Acho que ela viu a Sophie indo ao banheiro e foi atrás... – Nick

Droga. Fui me aproximando do banheiro feminino junto com Matt, Nick e o Jamie. Dois seguranças entraram no banheiro e logo em seguida um deles saiu segurando Arielle e o outro levando Sophie e Anne, a estranha às seguia.

Fui atrás, eles as estavam conduzindo para fora do Pub.

- Vocês não podem brigar assim no banheiro, vou ter que fazer uma denuncia isso é um local privado – um dos seguranças disse.

- Não vai ser preciso – eu entrei no meio

- Sr. Turner, mas elas estavam brigando não acho que tenha sido uma conduta adequada ao ambiente...

- O Sr. está certo, mas eu cuido disso... Não se preocupe!

 Fim Alex’s POV.

Um tempo antes...

Filho da puta. Como Alex tinha coragem de dizer essas coisas pra mim? Anne tinha razão, ele não valia uma lágrima sequer. Mas já era tarde demais porque estava borrando toda minha maquiagem...

- Ora, ora se não é a adorável Sophie...

Olhei pelo espelho e lá estava Arielle com um sorriso estampado no rosto. Um sorriso de satisfação, provavelmente por me ver chorando. Vadia.

Tentei enxugar as lágrimas rapidamente - O que você quer Arielle? – perguntei.

- Eu quero você longe do meu namorado. Quando será que você vai entender isso?

Virei-me e fiquei de frente com ela. Arielle era alguns centímetros mais alta que eu ainda mais com esses saltos. – Eu não estava com o seu namorado, não sei o que você quer...

- A não? Então porque eu os vi juntos?

- Foi uma conversinha como qualquer outra que eu tive essa noite. Deixa-me em paz sua louca!

- Ta querendo enganar quem? Se acha muito esperta não é vagabunda? – ela riu debochando. – Mas é tão idiota. Eu sei qual é a sua...

- Se você sabe então me diga, porque eu não sei do que você está falando.

Ela deu risada, uma risada fria e totalmente sem graça. –Você não sabe o que eu sou capaz de fazer...

- E eu nem quero saber – respondi não dando à mínima. Mas Arielle meteu a mão na minha cara. Fiquei estática por alguns segundos. Ela me bateu?

- Você não fez isso... Não, não fez... – falei baixo

Então dei um tapa na cara dela. Anne entrou de repente no banheiro e viu a ação – Sophie! – Anne gritou.

- Vagabunda... – Arielle disse indo pra cima de mim. Ela começou a puxar meus cabelos e eu dei um chute na perna dela fazendo com que ela os soltasse, mas então ela me puxou e tentou me enforcar. – Anne entrou no meio e pulou com cima dela. Arielle caiu no chão e chutou Anne. Eu fui pra cima dela e comecei a esbofetear sua cara. Arielle tentava de todas as formas me tirar de cima, mas eu era mais forte.

– Vagabunda é você! Sua desgraçada! – falava entre os tapas.

Uma menina apareceu do nada e me tirou de cima de Arielle me acertando um soco na boca, passei a mão e não havia sangue. Anne segurou a menina, mas Arielle empurrou Anne. Eram duas contra duas. Estávamos brigando como meninos e pior por um homem. Algumas mulheres entraram no banheiro e tentaram impedir a briga, uma delas segurou Arielle e sua amiga e a outro segurou Anne e eu.

- Me solta, me solta! – Arielle gritava – Ela é a selvagem, não eu!

- Selvagem? Cale essa sua boca imunda! – eu disse. Estava totalmente fora de controle.

Quando eu vi Mari estava do meu lado sem entender nada. Dois seguranças entraram nos tirando do banheiro. Arielle teve que sair a força, pois ela dizia ser inocente, eu sai acompanhada do outro segurando meu braço, sendo arrastada. Quando saímos havia muita gente tentando ver o que era. Vergonha. Vi Alex do lado de Matt, Jamie e Nick. Eles nos seguiram. Não me sentia orgulhosa pela briga, mas ter dado umas porradas na Arielle foi sensacional.

- Vocês não podem brigar assim no banheiro, vou ter que fazer uma denuncia, isso é um local privado – um dos seguranças disse.

- Não vai ser preciso – Alex se intrometeu

- Sr. Turner, mas elas estavam brigando não acho que tenha sido uma conduta adequada ao ambiente...

- O Sr. está certo, mas eu cuido disso... Não se preocupe!

Olhei pra Alex, ele olhou e se voltou para os seguranças que estavam indo embora.

- Al, essa louca selvagem me atacou no banheiro – Arielle disse

- Eu não quero saber quem começou Arielle, isso é ridículo! – ouvi a conversa.

- Mas Alex! Você deveria me proteger...

- Não quando você está errada – e agora filha da puta?

- Vamos embora Alex! – Arielle disse virando-se e indo em direção ao estacionamento.

Ele me encarou por muito tempo e virou-se indo em direção a Arielle. – Matt e Jamie tinham ido embora. Nick estava abraçando Anne e disse que já voltava deixando eu, Mari e Anne sozinhas.

- Sophie, o que aconteceu lá? – Mari perguntou

- É uma longa história Mari...Agora não.

- Pois é – Anne – Mas a gente deu uma surra nessa cabelo de fogo de farmácia.

Sorri – Realmente Anne. Obrigada por me defender. – Mas ao olhar pra eles saindo de carro, uma tristeza me bateu e comecei a chorar...

- Sophie? Calma, o que foi? – perguntou Anne.

- Vamos embora daqui, por favor...

- Alguém precisa me explicar o que está acontecendo – disse Mari.

Eu havia lavado a alma por bater em Arielle, mas foi passageiro. E de certa forma ela ganhou a briga... Quem foi embora com Alex foi ela e não eu... Que nível eu cheguei? Estava estilhaçada por dentro, e eu precisaria de forças para lutar... Isso era só o começo. 

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N/A: Meninas, como vão? Obrigada pelos lindos comentários de sempre. Sim eu também acho essa Arielle um pé no saco e levou o que merecia da Sophie hahaha O John apesar de estar agindo mal não é um cara mal, entendam isso! Hahaha Enfim, agora temos além de Miles Kane, uma nova personagem que é a irmã da Sophie, a Mariana! Lá vem mais histórias... Vocês conseguem imagina-la? Aliás, vocês conseguem imaginar a Anne, a Sophie e o John? Quero respostas sobre isso nos comentários e no próximo capítulo mostrarei como nós os imaginamos! Bom espero que tenham gostado e esperem surpresas para o próximo capítulo porque surpresas virão! Hehehe

Beijos, Julia e Letícia.