That's Where You're Wrong: Capítulo 10

Eu estava realmente envolvida com toda aquela situação, fui ameaçada pela namorada do Alex, ela se sentiu ameaçada por mim? Quem eu sou perto dela. Mas a questão não é essa, eu não posso estar mais com Alex, isso está estragando de todas as formas meu namoro com John, isso é errado. Por mais que eu ame Alex... Não! Eu não o amo.

Odeio ele, odeio ele, odeio ele.

O contrato da banda vai acabar com a agência, e ele vai voltar para a Inglaterra e eu nunca mais vou ver ele. – Encare a realidade Sophie – É assim que as coisas são, é assim que as devem ser. A bagunça que ele causa em mim não é normal, como eu posso conviver com isso? Isso não é justo, causa mais dor do que realmente vale a pena.

Eu estou perdendo o juízo aos poucos. – Agora, estou aqui permanecida sentada neste sofá há horas, vendo a chuva cair ao lado de fora, com uma xícara de chocolate quente nas mãos. Vestida dentro de um suéter, e uma calça jeans, meu cabelo solto levemente bagunçado. – Pretendo passar o dia aqui, sozinha, Anne saiu com Nick e duvido que ela volte hoje. E depois da briga com o John duvido que ele queira me ver. Mas olhe só a que ponto as coisas chegaram? – Balanço a cabeça negativamente – e eu deveria sair com essa chuva? É claro que não.

 E só em pensar que tenho relatórios a fazer, me dá uma idéia de querer voltar a dormir e esquecer todos os problemas. Como se isso fosse fazê-los sumirem...

Ouço a campainha tocar me fazendo despertar subitamente dos meus pensamentos. – Deixo a xícara sobre a mesa e caminho em direção da porta.

- Alex? – abro a porta e, vejo ele parado na soleira da porta, vestindo uma calça jeans, camiseta preta e por cima uma jaqueta de couro. Seu cabelo devidamente comportado pelo gel, mas molhado por causa da chuva. Olho de relance para a rua e seu carro está parado em frente. E me pergunto mentalmente porque não ouvi o barulho do carro? Mas é claro eu estava pensando demais... - O que você veio fazer aqui? – pergunto grosseiramente, ele já havia causado estrago demais.

- Vim te ver – responde dando seu sorriso de lado, me fazendo derreter, mas me mantenho firme, olhando em seus olhos.

- É claro... Já viu, agora pode embora.

Ele ri achando graça – Posso entrar? – sua voz está rouca e sexy, tento manter a respiração sobre controle.

- E eu posso impedi-lo?

Ele sorri e entra. Fecho a porta em seguida. E ele já está na sala.

- Está sozinha?

- Sim... Anne está com Nick.

Ele tira a jaqueta, colocando-a em cima do sofá – É claro.

Ele fica em silêncio me analisando, o que me faz ficar tensa – Sem joguinhos Alex, o que você quer?

- Joguinhos? Eu não estou de brincadeira Sophie.

- Ah, não? Deixa eu te lembrar... Eu não sou idiota. Sei muito bem qual é a sua.

- Se você sabe, sabe muito bem que eu gosto de você. E eu agradeceria se você parasse de me evitar.

- Não me venha com essa, Alex – digo perdendo a paciência, como ele pode mentir tão bem? – Por que você não vai procurar a Arielle?

- Vai-me dizer que está com ciúmes? – ele sorri.

- Ciúmes? De você? Até parece – me viro dando as costas – eu não me importo com você Turner.

- Mentirosa... – ele sussurra no meu ouvido, ele está me abraçando de costas, e sinto sua respiração no meu pescoço, eu poderia cair ali mesmo. – Vai voltar a me chamar de Turner? – sua voz rouca está me enlouquecendo, mas antes que eu possa responder, ouço a campainha tocar. E eu me livro dos braços de Alex.

- Droga – ele murmura baixo se jogando no sofá, mas o suficiente para que eu possa ouvir. Sorrio pela plenitude dele. Abro a porta e me sinto enrijecer.

- Oi Sophie – diz John – Será que podemos conversar?

Engulo um seco, perdi as palavras, não sei o que responder, e agora? Qual é a resposta.

- Olha... John – procuro pelas palavras, por favor, voltem para mim.

- Eu só vim me desculpar, eu agi igual um idiota ontem, eu deveria confiar mais em você – ele diz, e na medida com a qual isso se intensifica me sinto culpada, pois Alex Turner está no meu sofá. – Sei que você não mentiria pra mim, eu odeio brigar com você...

- Por que está demorando tanto Sophie? – Alex pergunta se aproximando de mim, aperto os olhos e abro, – droga – por que você não ficou quietinho lá Alex?

- O que esse cara está fazendo aqui Sophie? – vejo a cara de John enfurecer, ele entra igual um topor, chegando perto de Alex.

- Veja se não é seu namoradinho Sophie... – Alex diz o provocando.

- É, ele sim seu playboyzinho. – responde John.

- Rapazes, olha... John, Alex já está de saída, não é Alex? – pergunto com os olhos arregalados, mencionando para que ele saia, em vez disso ele cruza os braços.

- Não sou eu quem tem que ir embora. – Alex disse com ar de despreocupação. – Nós estávamos tão bem aqui, diz pra ele Sophie... – fico boquiaberta, ele perdeu o juízo. Olho para o John, e ele esta me encarando. Balanço a cabeça com sinal negativamente.

- Alex! Para! – digo brava.

- Já falei pra você ficar longe dela! – John grita.

- Eu devia dizer o que? Hm... Ou vai fazer o que? Seu corno.

Em um piscar de olhos vejo John socar a cara de Alex, que caiu para trás, e em outro movimento, vejo Alex empurrar John para cima da mesa, e socar seu estômago e depois sua cara.  – Ai meu deus – penso, sem saber o que fazer. Reação Sophie! – E eles estão destruindo a minha casa! Ta, isso não é importante em momentos como esse. Eu deveria estar apostando para quem vai ganhar? Quem irá vencer o coração da moça aqui? Mas está não é uma história de Romeu e Julieta, até porque a história não é assim. – Balanço a cabeça voltando à realidade. – John empurra Alex com o próprio corpo para cima da parede e ele cai sentado. 

- Chega! – grito o mais alto que eu posso. Entrando no meio dos dois, uma mão de cada lado, para que eles parassem. – Chega! – repito de novo e sinto meu peito subir e descer.

- Sophie, sai da minha frente! – John diz e vejo raiva nos seus olhos das quais nunca vi antes. – Eu vou acabar com a cara dele.

- Você não vai acabar com ninguém John! – digo e sinto lágrimas rolarem no meu rosto, quando foi que eu comecei a chorar? – Vai embora John! – grito, e o silêncio no ambiente se forma, só consigo ouvir a respiração de ambas, e eu chorava cada vez mais.

John me encara – Você está me mandando ir embora?

- Sim... É melhor você ir embora.

- Sophie, se eu sair agora por esta porta ao invés dele... Estará tudo acabado entre nós.

Fecho os olhos e abro lentamente deixando mais lágrimas caírem – Por favor, John... Vai embora. 

Ele me encara bruscamente e depois olha para Alex e, volta seu olhar para mim. – Você vai se arrepender do que está fazendo. Vai se arrepender! – ele diz isso gritando e sai batendo a porta. – Eu começo a chorar ainda mais, como ele, John poderia dizer uma coisa dessas para mim? Como eu deixei tudo isso acontecer? E o fato de eu me sentir culpada piorava ainda mais as coisas.

- Sophie... – Alex diz quase como um sussurro, eu me viro e me agacho diante dele, ele está totalmente desconcertado, e parece ter dúvidas em mente, com a cara de interrogação que ele faz.

- Alex – digo – Você está bem?

Ele me fita por alguns segundos e coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, e limpa uma lágrima. – Você é tão linda.

- É, você não está nada bem – sorrio e olho para o roxo que está um lado da sua testa  – Bateu a cabeça. – consigo me acalmar – Vem – o puxo, ajudando-se a levantar.

Seguimos para a cozinha e o fato de não precisar carregar Alex já não me comove, ele cambaleou por uns instantes e já se manteve forte. Mas não estava falando coisas com coisas, oh meu herói. – Ele se sentou na cadeira, e estralou o pescoço como se tivesse acabado de sair de uma luta histórica.

- Viu só como eu bato – disse ele – Se você não tivesse interferido teria acabado com ele. – Ele diz com convicção como se eu fosse acreditar.

- Sem dúvidas – digo me esticando para pegar em cima da geladeira analgésicos. – Com certeza você teria acabado com ele. – que assunto desnecessário de se dizer? Abro a geladeira, e pego duas pedras de gelo, enrolo em uma toalha, e pingo o remédio em cima.

- Dá próxima vez você vai ver.

- Não terá a próxima vez – digo e coloco o gelo sobre sua testa fazendo pressão e ele reclama da dor.

- Poderia ser mais gentil? – ele me olha por cima da testa.

- Você não esta em posição de exigir nada, e será que pode ficar quieto!

Ele reclama novamente, e ficamos alguns minutos em silêncio enquanto eu cuidava do seu pequeno roxo na cabeça. – Termino e vou até a pia, e jogo os gelos lá dentro. Estou virada de costas para Alex, e então escuto ele começar a cantar uma canção. Mas não me viro apenas escuto com atenção, parada.

Your love is like a studded leather headlock

Your kiss it could put creases in the rain

You're rarer than a can of dandelion

and burdock

And those other girls

are just postmix lemonade

Viro-me para olhá-lo e ele está parado bem perto de mim, sua voz rouca nunca soou mais sedutora que agora. Essa melodia acionou uma corrente de eletricidade pela minha pele. Sinto seu hálito cada vez mais perto.

Suck it and see you never know

Sit next to me before I go

Jigsaw women with horror movie shoes

Be cruel to me cos I'm a fool for you

Ele sussurra as últimas palavras no meu ouvido, e um sorriso se forma em meus lábios, fazendo minha respiração acelerar, ele percebe e encosta-se a mim, de forma com a qual me prenda entre a pia, mas eu não vou sair dali, simplesmente porque eu não pretendo, eu não quero.

- Eu sou um tolo apaixonado por você, Sophie... – ele me vira e segura meu rosto, olhando dentro dos meus olhos – Eu amo você. – foi como cantarolar isso e, em seguida estávamos nos beijando, intensamente, como se esperássemos há muito tempo, como se fosse a primeira e a última vez.

Eu o amava, amava da forma mais insana, e só agora eu havia percebido? Talvez não, talvez desde primeira vez que ele me beijou, mas ele foi me ganhando aos poucos da forma que eu mesma tivesse me enganado. – Suas mãos percorriam pela lateral do meu corpo me fazendo arrepiar, eu tirei sua camiseta, e sentindo minhas mãos passar pelo seu corpo nu, me fazendo ter a piores e melhores idéias. Um sorriso presunçoso surge em seus lábios, eu me afasto e puxo sua mão em direção ao quarto. – Meu coração bate forte demais posso senti-lo em minha garganta, Alex realmente causava reações em mim das quais eu nem conhecia. Livramos-nos de nossas roupas, e o sorriso de Alex me faz sentir falta de ar, com seus olhos negros percorrendo meu corpo por si só. – Sua língua penetrando em meus lábios sentindo algo encorpado e doce, eu envolvo os meus braços em seu pescoço, abraçando-o com força, sentindo o seu coração contra o meu. Sentindo seus dedos puxarem meus cabelos, seu peso se acomodando sobre o meu, seus lábios se movendo em minha boca, e a pulsação é tão forte que salta para fora da minha pele.

Sentindo cada toque, sentindo cada centímetro de sua pele, memorizando cada pedaço, inclinando a cabeça para trás, um convite silencioso para o amor. Apenas a chuva caía lá fora, éramos só nós e o tempo, e nada mais importava, nada mais me importava, a não ser Alex Turner.

Talvez seja essa a verdade.

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N/A: Capítulo 10 um tanto quanto meloso e fofinho apesar da parte de violência, pessoalmente esse é um dos capítulos que eu mais gosto! E podem apostar que a Arielle vai ser um tormento na vida desses dois. E vocês o que acharam? Queria agradecer os comentários que vocês nos enviam, ficamos MUITO felizes vendo eles. Só pra vocês não se esquecerem essa fic é escrita por duas pessoas: Eu (Julia) e minha querida amiga Letícia. Enfim, obrigada suas lindas e aguardem mais emoções no próximo capítulo que vem mais tarde provavelmente!

Beijos