That's Where You're Wrong: Capítulo 13

Arielle’s POV

- Alex querido, que bom que você chegou.

Alex entra pela sala, carregando sua jaqueta nos ombros, com sua cara de despreocupado como sempre, provavelmente pensando na maravilhosa noite de sexo que teve com Sophia.

- Arielle, se você vem me encher o saco logo cedo, é melhor você...

- Não – interrompo-o – Eu estou de indo viajar.

Ele olha para o chão – Que malas são essas?

- Será que você ouviu o que eu disse? – pergunto, mas ele me encara. – Eu estou indo viajar.

- Pra onde? E por quê?

- Tenho que comparecer a um evento de moda em Miami, vou ficar fora por duas semanas.

- Duas semanas. – ele repete as últimas palavras como se pensasse no que fazer em duas semanas, dava pra ouvir seus pensamentos altos.

- Uma pena que você não pode ir, nós mal nos divertimos esses dias... – digo o beijando.

- Pois é, mas quando voltar teremos bastante tempo – respondeu tirando meus braços de cima dele – Mas você não disse que está atrasada?

- Eu disse? – arqueei as sobrancelhas.

- Sim.

- Mas é claro que disse – respondi sarcasticamente.

- Não queremos que você perca o voo, não é mesmo? – ele pegou as malas e abriu a porta.

- Tem toda razão Al.

Nós descemos e o táxi estava lá com o porta malas aberto me esperando.

- Vou sentir sua falta – ele me abraçou.

- Eu também – respondi sorrindo – Mas os dias vão passar rapidinhos. E você vai sentir como se eu estivesse aqui com você.

- Tenho certeza. – ele terminou de ajudar o taxista a fechar o porta malas, e se virou pra mim.

- É claro que tem.

- Prometa me ligar quando chegar de viagem?

- Assim que eu colocar os pés no aeroporto.

- Exatamente. – ele me deu um beijo, e depois um beijo nas minhas mãos. – Divirta-se.

- Tenho certeza que eu vou. – pisquei o olho pra ele, e entrei no carro. – E você Alex, cuidado para não se divertir demais.

Ele me olhou sem entender, mas sorriu e assentiu com a cabeça. Dei um tchau, e o carro seguiu, olhei pelo retrovisor e ele já havia entrado, com certeza iria correndo ligar para aquela vagabunda da Sophia, dizendo que iriam fazer a festa. Mas por pouco tempo, bem pouco.

- Senhorita, para o aeroporto certo? – perguntou o taxista.

- Mudanças de planos, me deixe em um hotel longe da cidade – tirei uma grande quantidade de dinheiro da bolsa e entreguei ao taxista. – E para qualquer eventualidade você me deixou no aeroporto e me viu entrar, e mais nada. – Falei suavemente e sorri. – Entendeu?

- Sim, senhorita – Ele pegou o dinheiro, sorriu e, deu a volta com o carro fazendo o contorno oposto do aeroporto.

Me ajeitei no banco, e comecei a pensar em cada parte do plano, saboreando as sensações de superioridade, começando com uma visita ao um amigo.

Fim Arielle’s POV.

Hoje consegui sair mais cedo da agência, por afim eu havia terminado muita coisa o que tinha me deixado adiantada novamente. Um alivio. Aproveitei para ir pra casa e limpa-la, já estava na hora.

Estava terminando de passar o aspirador de pó pela sala ouvindo um pouco de Metallica no ultimo volume quando sinto meu celular vibrar no bolso do meu shorts. Desligo o som e o aspirador e vejo que é uma mensagem.

‘’Será que você poderia abrir a porta pra mim? A.’’

Dei uma risada com a mensagem, ele estava pra fora tocando a campainha e eu nem escutei. Dei uma ultima olhada no espelho, eu estava horrível com um shorts jeans rasgado, uma blusa velha dos Stones e havaianas, meus cabelos estavam presos em um coque mal feito. Dane-se ia abrir a porta assim mesmo.

Abri a porta e vi Alex encostado no carro que estava parado bem em frente a minha porta. Ele estava com uma blusa clara, calça jeans e fumando um cigarro. Assim que me viu jogou fora o cigarro e deu um sorriso.

- Até que enfim – disse ele se aproximando

- Desculpa, eu estava passando aspirador e ouvindo música, nem ouvi você – disse aproximando a minha boca da dele.

- Entendi – selamos nossos lábios e então o puxei pra dentro de casa

- Eu estava com saudades já... – disse ele beijando meu pescoço, me encostando na parede da sala.  – Ai – ele bateu o pé na mesa de centro, e comecei a rir. – Para de rir – disse ele rindo junto. – Meu rock star atrapalhado. – o beijei.

- Tenho boas notícias – ele se sentou no sofá.

Eu olhei curiosa – Se são boas, ta esperando o que pra dizer.

 – A arielle, está viajando e vamos ficar sem ela por duas semanas – ele sorriu – Isso quer dizer que você terá problemas, por que não vai se livrar de mim.

- Como se eu quisesse me livrar de você – sorri – Mas alex ... isto não ta certo – sentei na mesa de centro em frente a ele – Eu me sinto mal com essa situação toda, sabe...

- Shiuu – ele me calou com um beijo – Não se sinta, eu estou aqui com você, não fique se preocupando.  – abaixei a cabeça, e ele colocou uma mexa de cabelo atrás da minha orelha. – Agora vá se arrumar e pegue uma bolsa e coloque roupas e biquíni.

Levantei a sobrancelha – Aonde nós vamos?

- Uma surpresa. – ele se ajeitou no sofá – Vai logo. – sorriu como se estivesse aprontando algo.

Subi e peguei uma bolsa, que tipo de roupa eu teria que levar? Alex era mesmo uma caixinha de surpresas. Coloquei duas peças de biquínis, vestido, shorts, blusas, calcinhas, sutiãs, sapatos etc.

Escrevi um bilhete para Anne, e expliquei que não sabia a hora que voltava e se é que voltaria hoje. Mas para ela não se preocupar e, que qualquer coisa estaria com meu celular.  – Troquei de roupa e soltei o cabelo. – Desci e Alex estava tamborilando os dedos na perna, sorriu assim que me viu.

- Pronta?

- Curiosíssima.

- Ótimo – ele me puxou para fora, tranquei a casa e em seguida entramos no carro. – Como é uma surpresa, quero que use isto. – Ele me estendeu uma venda escura.

- Alex, é necessário tudo isso?

- Horas faz parte do plano. – ele sorriu – Vire-se. – me virei e ele amarrou a venda.

- Estou me sentindo como se estivesse sendo sequestrada.

Ele riu – Então pense assim. – ligou o motor do carro e senti o carro sair.

Passou dois minutos – É um lugar ao ar livre?

- Não.

- É um lugar fechado?

- Não.

- É um lugar meio aberto e meio fechado?

Ele riu – Não.

- Tudo não? Você não vai me contar, não é?

- Não.

Cruzei os braços e ele riu – Mas que coisa.

- Paciência minha Sophie.

Sorri, passou mais dois minutos – É algum lugar elegante?

- De jeito nenhum.

- Não está me levando a uma praia de nudismo, né?

Ele riu alto – Não seria uma má ideia...

- Alex!

- Estou brincando.

- Sabe, se você estiver me sequestrando não vai ser legal para alguém famoso como você.

- Odeio essa palavra. “Famoso”.

- Ah, e o que você prefere? “Bem conhecido”?

- Que tal “notório”? – por um momento, senti que ele estava sorrindo.

- Ou “irritante”? Que tal “irritante”?

- Pare com isso, ta?

- E você também pode parar, por favor?

- Com quê?

- De me deixar curiosa, me dê alguma pista! Ou eu vou ter que tirar um pouco a venda.

- Será que eu vou ter que amarrar suas mãos?

- Você não faria isso.

- Se for preciso...

- Alexander...

Ele soltou uma risada – Agora fique quieta, preciso me concentrar na estrada.

- Agora tem problemas em dirigir e falar ao mesmo tempo?

- Ainda não – respondeu – mas agora se você não se importa...

- Já sei, vou ter que ficar quieta.

- Exatamente. E se comporte.

Estava me sentindo como uma criança, curiosa, esperando pelo o presente ou algo do gênero. Pois bem, sabia que ele não iria me dizer nada, mas estava demorando de chegar, e já estava ficando sem paciência. Mesmo adorando tudo isso. Senti o motor sendo desligado. E ele abrir a porta para mim. – Me ajudou a descer, e suas mãos estabilizaram-se na minha cintura.  

- Vamos. – ele me puxou caminhando, ainda com a venda nos olhos. Tentei perceber alguma pista. E escutei o barulho do mar, e o vento incessante. Mas o calor era agradável.

- Estamos em alguma praia?

- Shiu.

Pessoa mais chata, estávamos andando em cima de algo de madeira, dava para ouvir ao pisar, em cada passo. Nós paramos.

- Como se sente?

- Sabe o que rima com “Alex”?

- Não...

- “Peste”. É uma meia rima.

Ele riu alto – Esta impaciente, não é?

- Vou lhe vendar um dia desses e te deixar de castigo. O que acha?

Ele riu de novo – Ok,ok. Nós chegamos. – disse ele, tirando a venda em mim.

Apertei os olhos, e olhei em volta. Estávamos em uma marina. De frente a várias lanchas.

- E então? – perguntei sem entender nada ainda.

- Está aqui a surpresa. – ele apontou para enorme lancha ao nosso lado.

- Uma lancha?

- Nós vamos passear de lancha.

Olhei pra ele sem acreditar e, pulei em cima dele – Sério? Isso é... demais.

Ele sorriu. – Que bom que gostou, as surpresas estão apenas começando.

- E tem mais?

- Sim. – respondeu. Um homem se aproximava da gente, e usava um boné de beisebol  mas estava usando uma camiseta da marinha. – Este é o Wilson, marinheiro da minha lancha. – ele apresentou para mim e apertei a mão o cumprimentando-o.

 - Prazer.

- Vamos então?

Entramos na lancha, Alex estava conversando com marinheiro na cabine, eu estava olhando as águas, olhava em volta, mas não tinha idéia da onde estava ou o nome da praia ou lugar. – A lancha começou a se movimentar, sentei em um assento branco. Fechei os olhos sentindo a radiação solar.

- Curtindo o passeio? – ouvi a voz rouca de Alex, sorri, e abri os olhos.

- Muito. – respondi. Ele se sentou ao meu lado. – Não sabia que você tinha uma lancha.

- Há muitas coisas que você ainda não sabe sobre mim.

- Eu deveria ter medo, então.

- Há-há. Cuidado comigo Sophiaaaaaa – disse ele fazendo uma voz estranha. E me fazendo cócegas.

Comecei a rir - Que voz é essa? Parece um sotaque do subúrbio.

- Eu não tenho sotaque do subúrbio.

- Deveria trabalhar na televisão com esse seu sotaque.

- Seria um ótimo apresentador.

- Estava imaginando você, mas como um contra-regra... – ele me beliscou. – Ai – e dei risada. – É sério.

- É sério – ele me imitou.

- Mas é sério, suas apresentações falando em cima de um palco. Foi, digamos, impecável. Imagine na Tv.

- Imagine na Tv. – ele me imitou de novo.

- Pare de me imitar.

- Pare de me imitar.

- Alex.

 - Sophie – ele disse se aproximando do meu rosto sorrindo – Eu amo você.

Eu focalizei meus olhos nele e, senti uma onda de calor, um sentimento tão reconfortante. – Eu também amo você. – E nossos lábios se encontraram, nossos corações estavam batendo como um só, como uma sinfonia musical.

Arielle’s POV.

Meu peito subia e descia. Estava nervosa, com raiva. Eu olhava os dois pombinhos de longe, usando um binóculos. Como ele tinha coragem de levar a vagabunda para andar de lancha? Que lindo, um passeio romântico.  Peguei meu celular.

- Alô? Alex meu amor?

Oi... oi, Arielle.

- Acabei de chegar em Miami querido. Nossa o voo foi exausto.

 Nossa.... sério?....

- Você está aonde Al ?

 O que?... Onde, ah, eu estou em uma cafeteria. – mentiu.

- Está sozinho?

 Sim, estou. – mentiu.

- Bem querido, vou procurar um hotel. Tchau. Amo você.

Ta, ta... também. – desligou.

 Filho da Puta. Mentiroso. Mentia muito bem. Se eu tivesse ido, teria acreditado. Mas tudo foi uma farsa. – Religuei o motor do carro, e segui pela estrada. – Sophia, querida, você não ia ficar com Alex, não mesmo. Isso não ia ficar assim, não mesmo. Chega de moleza. Chega de bancar a idiota aqui. Eu não iria abrir mão do Alex assim. – sorri. A vingança é algo silenciosa. – Pisei mais fundo no acelerador. Hora da visita ao meu futuro amigo.

....

Toquei a campainha  Ouvi passos se aproximando e a porta se abrir. Um cara lindo, charmoso, de cabelos escuros. Parado na soleira da porta.

- Pois não?

- John Newell?

- Sim, ele mesmo. – respondeu. – E você, quem é?

- Arielle Vandenberg – respondi tirando os óculos de sol. – Namorada do Alex Turner.

Sorri com sua cara de espanto, dúvida, e incerteza. – Será que poderíamos conversar? 

_____________________________________________________________________

N/A: Pessoal, obrigada de coração pelos comentários mais lindos! Isso que é se sentir motivada!
Neste capítulo decidimos colocar o senso de humor de ambas partes( Alex e Sophie ) Acho que merecem um pouco de diversão, para relaxar. E eles irão viver momentos digamos assim... inesquecíveis. E sobre Arielle acho que não vem coisa boa por aí... Ela não está pra brincadeira. Espero que vocês gostem desse capítulo, pois eu particularmente adoro. Mudamos nossa forma de escrever para melhor é claro, e posso garantir que ótimos capítulos irão surgir. Então, mais uma vez obrigada.
Beijos, Letícia.