That's Where You're Wrong: Capítulo 3



Acordei nervosa, acho que é TPM, estava nervosa do nada então deveria ser apenas isso. Levantei-me e resolvi escutar um pouco de música, peguei meu Ipod e fui vendo os álbuns optei por Led Zeppelin. Fiquei um tempo jogada na cama ouvindo e pensando. Só que pensar demais não era legal, me lembrei do que aconteceu no dia anterior. Tudo estava tão bem e agora está tudo de ponta cabeça. A vida é incompreensível mesmo.

Fui tomar banho antes que ficasse muito atrasada, pelo menos hoje eu não teria a primeira aula. Fui tomar meu café depois que fiquei pronta e Anne estava na sala.
                    
- Bom dia An – disse meio desanimada.

- Bom dia Sophie, você não está bem, não é mesmo? O que aconteceu? – perguntou Anne.

- Eu to bem, só estou cansada e acho que a TPM atacou – terminei dizendo com um risinho. Não ia falar nada do Alex para Anne, afinal eu havia o conhecido ontem e ele não era nada.

- Bom então tudo bem amiga, senta aqui e come comigo – disse.

Sentei-me e começamos a comer, percebi que Anne me deixava melhor, não era a toa que éramos tão amigas. Até hoje acho engraçado o jeito em que nos conhecemos. No meio de um show de uma banda aleatória, éramos muito aleatórias também, vai entender. Depois desse show descobri que ela estava na mesma escola que eu e então viramos amigonas.

 Tive que ir embora, liguei Metallica no ultimo volume no carro, estava muito louca dirigindo e cantando junto. As pessoas deveriam achar que eu estava bêbada, mas dane-se essa era eu.

 Cheguei à faculdade e fui para aula. No almoço encontrei com John, ele estava lindo como sempre.

 - Oi amor – disse ele me dando um beijo – Tudo bem? – perguntou

 - Tudo, só um pouco cansada... Vamos comer, estou faminta? – respondi

 - Mas você só come, deixa eu ir na frente antes que você sugue a comida – ele disse rindo.

 - A então é assim? Tudo bem então, vai rápido antes que eu sugue mesmo – respondi rindo também.

Sentamos e comemos, foi um almoço agradável e engraçado. John era muito engraçado, ele adorava me irritar. Eu adorava ser irritada por ele, meu mau humor até tinha sumido.

- Vamos jantar juntos hoje? – perguntou John

- Bem que eu queria amor, mas eu recebi um ‘’projeto novo’’ não vou poder, tenho o dobro de trabalho – respondi triste.

- Ah, tudo bem, esqueci que você não tem mais tempo pra mim... - disse

- Como não? Olha eu aqui, seu dramático – respondi rindo.

- Minha namorada não tem tempo pra mim, acho que eu mereço mais atenção – disse ele rindo.

- Te amo bobo

John olhou bem nos meus olhos, não sei se estava sendo sincera, mas eu simplesmente disse. Então ele chegou perto, me beijou e disse:

 - Eu também te amo.

 Com isso terminamos nosso almoço e fomos embora.

Eu tinha que ir para a agência e já estava atrasada, tentei ir o mais rápido possível. Quando cheguei encontrei tudo o que eu deveria saber sobre meu novo trabalho e percebi que seria a mais nova escrava dos Arctic Monkeys, mas pelo menos ia ganhar bem.

Resolvi andar um pouco pela agência, estava ficando nervosa novamente. À volta me ajudou a acalmar os ânimos, mas foi tudo por água abaixo quando vejo quem estava sentado em minha mesa. Maldito Turner. O que ele queria agora? E bem agora que eu ia começar a fazer todo o meu trabalho.
Ele começou a sorrir assim que me viu aquele sorriso de lado. Maldito sorriso lindo, por que isso?

- Sr. Turner, o que deseja? – falei com falso interesse

- Senhorita Nightingale, como vai? – respondeu com arrogância e convencimento.

- Ótima! – Mentira - Mas o que o traz aqui Sr. Turner? – disse.

- Eu vim para dizer que nós vamos sair agora, tenho que lhe mostrar o local do show e você precisa saber das exigências da banda.

 O que? Ele deveria estar louco, eu tenho milhares de coisas pra fazer! Quem ele acha que é?

- Senhor Turner, não posso agora, tenho milhares de coisas para resolver e pouco tempo para tudo isso, quem sabe outro dia... - respondi

- Como não pode? – ele perguntou como se fosse o maior absurdo que ele já ouvirá na vida

- Não posso, eu tenho trabalho a fazer – respondi.

- Claro que tem, mas devo te lembrar de que eu sou seu trabalho – respondeu ele com um risinho na boca. Irresistível. Tenho que parar de pensar assim.

- O senhor pode ser parte do meu trabalho, mas sei que temos outros dias para fazer isso! – tentei ser firme

- Claro que tenho, mas acho que hoje é melhor, então vamos, tenho certeza que sua chefe não vai gostar de saber que você não está sendo eficiente... - respondeu

Não acredito que ele faria isso. Maldito Turner. Mas que droga, não tenho outra opção a não ser concordar.

- Acho que não tenho outra opção.

- Não mesmo, então vamos – disse ele se levantando e indo em direção à saída.

Eu peguei minha bolsa e o segui. Na saída avistei Norma Jean e disse a ela que iria com Alex no lugar do show cuidar de alguns detalhes e fui. Esse Turner estava se tornando um tanto quanto chato.

Chegamos perto de um carro que não combinava nem um pouco com o Turner, ele tinha cara que compraria um Porshe, mas não um Mini Cooper. Entrei no carro, ele deu partida e indo em direção ao local do show.

- Vou ser legal e deixar você escolher a música de hoje, mas não me decepcione – Alex disse – Os CDs estão no porta luvas...

Abri o porta luvas e encontrei um porta CDs com muitos CDs. Comecei a ver quais eram os CDs e vi que ele gostava mesmo era de alternativa, não tinha muita coisa que eu gostava, mas achei um CD do Foo Fighters, eu amava Foo Fighters.

Coloquei o CD e começou a tocar ‘’All my Life’’. Alex me olhou, sorriu e disse:

- Então você gosta de Foo Fighters? Interessante.

- Gosto muito, muito mesmo.

- É sua banda favorita? – perguntou.

- Não, mas ainda gosto muito de FF.

- Então qual é a sua banda favorita?

- Bom eu gosto de muitas bandas, mas eu diria que minha banda favorita é Metallica – respondi com sinceridade.

Alex olhou novamente pra mim. Não gostava quando ele me analisava assim, eu ficava tão sem jeito.

- Metallica então? Eles são muito bons mesmo, agora me diga você gosta de Arctic Monkeys?

- Nunca ouvi, eu acho...

- NUNCA? Achei que nós fossemos famosos! – Alex pareceu chateado

- Vocês são, mas não escuto músicas desse gênero, por isso não conheço, mas não excluo a hipótese de já ter escutado uma música de vocês e não saber que era de vocês – respondi.

- Quem sabe um dia você resolve escutar e troca Metallica por Arctic Monkeys – Alex respondeu com felicidade

- Impossível, nunca iria trocar Metallica, nem pense nisso!

- Ok, ok nervosinha – respondeu rindo

Ficamos em silêncio por um tempo, um silêncio perturbador. Ele era um cara muito estranho, gostava de se achar e ser arrogante, mas ao mesmo tempo era tão encantador. Não conseguia decidir se gostava dele ou se odiava ele. Estava presa em meus pensamentos ate que ele decidiu quebrar o silêncio.

- Você não é Americana né?

- Não

- De onde você é?

- Eu sou brasileira – respondi

- Nossa brasileira? Que legal então aquele ditado de que brasileiras são sempre bonitas e encorpadas é verdadeiro – disse

Por incrível que pareça não sabia o que responder, ele havia dito que eu era bonita e gostosa? Não sei se ficava feliz ou não. Então só consegui ser grossa.

- Como isso soa ao ridículo, vocês só pensam nisso! E esse lugar fica tão longe assim?

- Você é sempre grossa e sem paciência ou é só comigo? – Alex perguntou.

- E você é sempre idiota e arrogante ou é só comigo? – respondi

- Touche madame e chegamos – respondeu Alex

Estávamos em um lugar com uma estrutura montada onde provavelmente era o palco. Atrás havia um espaço onde provavelmente eram os camarins e etc. Alex parou o carro.

Desci do carro.

- Não bata a porta. – disse ele logo saindo do carro.

Suspirei tentando manter a calma, eu não podia mandar ele simplesmente se fuder, primeiro porque ele era meu trabalho e segundo eu não queria ser demitida.

Ele foi em direção ao espaço onde deduzi serem os camarins e eu o segui.
Quando entrei ele sentou no sofá e disse:

- Bom aqui vai ser onde a banda vai ficar então é melhor você saber que a gente quer o frigobar cheio à noite toda. Anota ai: cervejas apenas inglesas, água e vodka. Não gostamos de refrigerante, então nada de refrigerante.

- Esta bem, mais alguma coisa? – perguntei anotando tudo.

- Sim, à hora em que a gente chegar não quero que nos incomodem com problemas e testes com os instrumentos, isso deve ser resolvido na hora da passagem de som. – Ele começou a me encarar enquanto eu anotava – e quero alguém a nossa disposição, às vezes o Nick resolve que esta com fome e nunca tem ninguém que possa trazer comida pra ele, então tem que ter alguém disponível pra isso.

- Ok

- Sobre você, quero você aqui na hora da passagem de som e se quiser ficar pra ver o show pode ficar, só que depois do show quero que você cuide das bebidas, elas acabam rápido.

- Mais alguma coisa? – perguntei

- Não é só isso...

Alex começou a me encarar novamente, ele parecia me analisar de baixo pra cima. Senti-me como uma mercadoria. Não sei como agir quando estou com o Turner.
 - Por que você ta me olhando assim? – perguntei

- Porque você é interessante

- Em que sentido? – senti minhas sobrancelhas se arquearem

- Você é bonita e diferente, não é como as outras garotas...

 Senti meu rosto corar, com certeza eu estava parecendo um pimentão.

- Obrigada Sr. Turner, será que agora podemos ir embora? Tenho muito trabalho a fazer... – tentei mudar o foco.

- Claro, vamos.

Segui Turner até o carro, ele me levou para a agência e a viagem foi silenciosa.

Sai do carro, entrei na agência e segui para minha mesa, tinha muito trabalho a fazer. Quando terminei tudo notei que já eram 21h00, então decidi ir embora.

Cheguei em casa e não tinha ninguém, ou a Anne estava dormindo ou ela estava com Rupert. Segui para o meu quarto, tomei um banho e resolvi dormir. Estava tão confusa com meus sentimentos. Turner era lindo, irresistível e insuportável enquanto isso eu tinha meu namorado que era lindo, irresistível, fofo, legal... Porque estava sofrendo por esse babaca? Em meio a esses pensamentos adormeci.

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N/A: Vamos começar a postar bem rápidos os capítulos, pois eles já estão todos feitos e postados no tumblr e também porque as partes mais emocionantes estão por vir. Obrigada as que leem e sim, é difícil não se apaixonar pelo sr. Turner! 
Beijos





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