Rockstar - Ten

N.A.: Primeiramente gostaria de agradecer a Luanita por ter me ajudado quando eu estava simplesmente pirando ao tentar escrever esse capítulo. E acho muito justo já que a culpa de a Rockstar existir é toda dela, haha.

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Eu não conseguia acreditar no que meu corpo estava sentindo. Eu estava em choque, cada centímetro da minha carne parecia em êxtase. Minha mente estava em completo delírio, eu me sentia completa e ao mesmo tempo necessitada de algo que me preenchesse, e eu sabia exatamente o que. Os dedos dos meus pés se contorciam involuntariamente enquanto eu me agarrava ao lençol sob meu corpo. Minha cabeça pendia para trás enquanto meu quadril se movia apenas para sentir aquele toque. Seus dedos dedilhando minha barriga num carinho inocente comparado ao que ele estava fazendo com sua língua mais abaixo. O gemido rouco e baixo se formava em minha garganta no momento em que eu entrelaçava meus dedos em seu cabelo na tentativa de guiar seus movimentos entre as minhas pernas. Meu corpo já estava fraco e eu não aguentaria mais por muito tempo. Mas eu não queria que acabasse. A ideia de ter sua boca longe do meu corpo era enlouquecedora. Eu precisava de mais, eu precisava de ele por completo.
Tentei dar som ao nome que estava preso em minha mente como uma tatuagem, mas fui interrompida por mim mesma que mordi meu lábio inferior tentando conter a sensação única que começava dentro de mim e subia queimando cada centímetro do meu corpo. Meus olhos se fecharam e o gemido preso em minha garganta tomou forma. A forma perfeita e magnífica do seu nome:
Alex...
Então meu telefone começou a tocar me fazendo abrir os olhos assustada. A decepção foi enorme, não por ter sido interrompida no, muito provavelmente, melhor sexo oral da minha vida, mas por me dar conta de que eu estava deitada de lado, com as mãos entre as coxas, morrendo de calor e completamente... sozinha.
MAS QUE PORRA É ESSA?
Desde quando eu me perdia em meio a sonhos eróticos com Alex? Alex Turner!
Não, não, não, não e NÃO! Eu não podia acreditar naquilo, deveria ser alguma brincadeira de mal gosto de alguém lá de cima.
O som irritante do aparelho me fez despertar um pouco e eu olhei para a bina para ver quem era o infeliz que me ligava àquela hora, mas o número que apareceu eu não fazia ideia de quem era, e como eu já estava desperta o bastante para virar para o lado e dar continuidade ao meu sonho - não que eu quisesse, é claro - resolvi atender.

— Alô. — disse de maneira mecânica e sonolenta.
— Bom dia, Bodini,
— Ai, não. Não... — Chorei. Já não bastava passar a noite tendo sonhos eróticos com Alex, - E ainda ter subconscientemente gostado - tinha mesmo que ser acordada por ele?
— Algum problema, Victória? — Seu tom era divertido.
— Claro. Todos os problemas do mundo a partir do momento que sou acordada por você.
Ele deu uma risada fofa. Revirei na cama passando as mãos em meu rosto tentando me sentir mais acordada.
— Vou te provar do contrario quando você acordar na mesma cama que eu.
— Argh, cala a boca, Turner. — Disse amarga.
— Nossa, Vic que mau humor até parece que estava tendo um pesadelo. — Soltei uma risada esganiçada sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas.
— Posso saber como você conseguiu o número da minha casa.
— Se torna fácil quando as pessoas tem o hábito de salva na lista do celular como "Home"
— Você mexeu no meu iPhone? Hei, você não pode fazer isso.
— Já fiz. E já consegui o que eu queria, então...
Levantei-me procurando por minhas pantufas e começando a fazer o caminho até a cozinha.
— O quê que você quer? — Perguntei enquanto abria a geladeira observando com curiosidade o que havia lá: Uma caixa de leite e uma melancia pela metade. Não havia nada que pudesse realmente matar minha fome.
— Te chamar para sair, dar uma volta, te levar ao shopping. — Arqueei as sobrancelhas surpresa com a casualidade do pedido dele.
— Eu não quero sair com voc- — Se bem que seria realmente muito útil a ajuda dele para carregar as bolsas de compras. — Não posso ir com você ao shopping, mas tenho um compromisso hoje que você pode me acompanhar.
— Não quero me meter na sua vida profissional, muito menos pagar de acompanhante pra você, Bodini.
— Você não vai pagar de nada. E não é nada profissional, talvez pessoal... É só uma coisinha que eu preciso fazer, você pode me pegar aqui.
Alex fez um som entranho, como se ponderasse a ideia, depois de alguns instantes, disse:
— Tá. Que horas você quer que eu te pegue? Mais à tarde?
Senti meu estomago roncar, eu precisava comer alguma coisa.
— Não, pode ser tipo... O mais rápido possível. Vou tomar um banho.
Desliguei o telefone, me certificando primeiro de anotar o número o qual ele havia me ligado.

Em menos de uma hora eu estava descendo o elevador vestindo um saião preto, camisa branca de tecido fino, o cabelo preso num coque e óculos escuros. Passei pela recepção tentando enxergar Alex do lado de fora do prédio e não demorou muito para que eu o visse estacionando próximo à entrada. Acelerei meus passos até ele. Sorri ao que o vi sair do carro de jeans preto camiseta branca e óculos escuros.
— Você sabe que é ridículo o fato de estarmos vestidos assim, né? — ele me deu uma olhada de cima em baixo e riu.
— Vamos, ninguém vai reparar. — Passou a mão em minha cintura me guiando até a porta do passageiro.
— Noop! — dei um passo para o lado tirando seu braço ao redor de mim. — Nós vamos com o meu carro.
— E por que a gente iria com o seu?
— Porque você não me deixará dirigir seu Audi. — Fiz um sinal para o motorista do condomínio e o pedi que pegasse o meu carro e guardasse o do Alex na minha vaga.
— Você é bem abusadinha, não? — Mas parecia que ele dizia aquilo mais pelo fato de eu ter um Jaguar XJ Supercharger prata do que ter simplesmente mandado seu Audi para o estacionamento.
— Cala a boca, Turner.
— Seus pais nunca te ensinaram a salva dinheiro e que um carro comum seria o suficiente para um ser humano tão pequeno quanto você? — Disse analisando todo o interior do carro.
Eu não costumava usar meu Jaguar para ir a lugares como supermercado, mas eu queria muito desfilar com meu brinquedinho na frente do Alex. Queria impressionar.
O carro havia sido um presente do meu pai assim que eu tomei a diretoria do Indie Music Festival.
— Acontece, que eu não sou o tipo de pessoa que se contenta com o suficiente. — Pisquei, dando a partida.
A viagem até o mercado mais próximo foi ao som de Katy B, umas das minhas cantoras britânicas favoritas. Claro que isso se dava por causa do estilo das musicas dela, aquela batia eletrônica e envolvente.
— Você não me contou que compromisso é esse que você tem, e que está me levando junto. — Dei uma olhada rápida para Alex. Seu braço apoiado na janela enquanto ele se perdia no borrão da paisagem passando por nós.
— Não se preocupe, não é nada demais. Algo simples e rápido. — Não sei, não... Mas eu acho que se eu contar para Alex que eu estava preste a fazê-lo de carregador ambulante ele não iria gostar nem um pouco da ideia.

Antes de chegarmos ao mercado paramos numa Starbucks para que tomar meu, tão desejado, café da manhã. — Alex optou apenas por um café com leite, enquanto eu tinha meu mocca de chocolate branco e meu croissant de queijo e presunto junto a mim.
Em poucos minutos já estávamos parando no estacionamento, enquanto Turner fazia uma carranca nada simpática.
— Esse é o seu compromisso, Bodini?
— Pessoal e não profissional. — Dei um sorriso meigo colocando meus óculos na gola da camisa.
— Você sabe que vai me pagar por isso, né?
— Ah, vai... eu não faço compras desde que me mudei.
— Você tem uma lista ou coisa do tipo?
— Não, pensei em ir comprando as coisas que eu gosto. — Ele deu de ombros novamente, e acelerou seus passos em direção à entrada do lugar.

Demos inúmeras voltas por todos os setores do mercado e meu carrinho continuava vazio. Uma coisa era fato, eu não fazia muita ideia do que comprar. Nunca fui do tipo que gosta de cozinhar ou que perde horas na cozinha tentando fazer alguma coisa. Quando morei sozinha pela primeira vez ainda, no Brasil, minha mãe costumava deixar na portaria do meu prédio potinhos com legumes cozidos, arroz fresco, carnes picadinhas e algumas outras coisas que eu pudesse manter congeladas. O que eu queria era algo que eu pudesse preparar em poucos minutos e que não me desse muito trabalho.
Fiz a curva com a intenção de entrar pela terceira vez no corredor de massa quando Alex segurou o carrinho me fazendo parar abruptamente.
— Hey! — Protestei quando quase tropecei nos meus próprios pés.
— Você algum dia na sua vida já fez compras? — balancei a cabeça negativamente mordendo o lábio inferior e ganhando um olhar provocador que não combinava com o tom de suas palavras. — nem quando você era criança? Com seus pais?
— Nop, eu geralmente ficava naqueles parquinhos brincando na piscina de bolinha.
Alex rolou os olhos e suspirou: — Okay, me dá esse carrinho. — De maneira nada educada ele tirou minhas mãos do carrinho me empurrando sutilmente para o lado. — Você sabe cozinhar?
— Nop!
— Tá, então você precisa de comida congelada. — Ele nos guiou até o corredor cheio de freezers. — É mais fácil para você ter lasanha, escondidinho, batata congelada, pizza... São todas coisas que você faz de maneira rápida e sem muita bagunça.
Arqueei uma sobrancelha o olhando com curiosidade: — Hum... interessante saber que você entende desse tipo coisa.
— Eu moro sozinho desde que eu e Alexa terminamos. Havíamos nos mudado para um apartamento em New York, pra gente conseguir passar mais tempo juntos, mas mesmo assim não deu certo.
Alex tinha uma voz longínqua e um olhar distraído. Eu não saberia explicar, mas algo na maneira como ele falava da Alexa me incomodava mais do que o fato de saber que ele tinha uma namorada.
— Você ainda gosta dela, não? — Eu não o olhava, preferia encarar as informações nutricionais que vinha no verso da caixa de pizza que eu havia pegado.
— Alexa, ela... Foi muito bom tudo o que vivemos juntos, mas tudo tem seu próprio tempo, e o tempo do nosso relacionamento já passou. Salvamos nossa amizade, isso é o que importa de verdade.
Seu tom era calmo e carinhoso, quase podia enxergar um sorriso em seus lábios.
— Hum... — Devolvi a caixa de pizza para o freezer. Eu queria mudar de assunto, decidi que eu não gostava de ouvir Alex falando sobre sua ex, não gostava da expressão que surgia em seu rosto toda vez o nome dela era dito, não gostava do tom de voz que ele usava, e principalmente não gostava da forma como me sentia quando isso acontecia.
— Então eu moro sozinho há quase dois anos. Mas mesmo antes disse eu sabia me virar bem num supermercado. — Ele me deu um sorriso simpático bagunçando meu cabelo.
— Me desculpa se eu não entendo muito sobre ser dona de casa. — Tentei me descontrair um pouco, mas minha mente não ajudava muito já que a todo o momento ela me lembrava de que Alexa ainda estava presente nos sentimentos de Alex. E por que, infernos, eu me importava?
— Pronto, agora seu freezer já vai estar completo. — Disse ao colocar a última caixa de congelado no carrinho, e eu nem fazia ideia do que era.
Depois de deixarmos aquela sessão, fomos direto para a parte de limpeza e perfumaria pegar aqueles itens que são indispensáveis como; papel higiênico, sabonete, shampoo, e aqueles vidrinhos cheirosos que usamos para limpar a casa.
— Eu queria pegar ingredientes para fazer bolo, mas eu realmente nunca fiz isso.
— Não deve ser difícil, Vic. Vem... — Ele nos guiou até o setor onde tinha achocolatados, leite, massas para bolos.
— Eu não sei fazer bolo, Alex.
— É só seguir a receita, aposto que você consegue. — Me encostei ao carrinho o observando pegar todos os ingredientes necessários, que eu sabia que passariam da validade dentro do meu armário.
Antes de irmos para o caixa pegamos alguns, muitos, potes de sorvetes e algumas barras de chocolate, Alex não me deixou ir sem levar dois engradados de Budweiser. Uma empresária musical que se prese sempre tem cerveja boa em casa para receber bem as visitas. Mas algo naquela frase dita por ele me fazia desconfiar que as visitas se resumiam apenas nele.

No caminho até o condomínio consegui convencer Alex a me ajudar a levar as sacolas de compras até meu apartamento e de quebra ficar para guardar tudo o que ele havia comprado, tecnicamente. O que foi realmente ótimo, já que ele tinha mais de ideia de espaço de organização do que eu.

— Pensei que teria um alvoroço maior da mídia com a notícia do show do Oasis, mas não vi nada a respeito disso ainda. — Alex disse ao terminar de guardar as últimas garrafas de leite.
Encostei-me a bancada da pia e abri uma garrafa de cerveja. — Não foi divulgado ainda. A notícia sairá só alguns dias antes do show. Foi um pedido do Noel, para não trazer muitas especulações sobre um possível retorno oficial da banda. Os únicos que sabem sobre isso, é a sua banda, Meanna, Laura e Alison, minha nova assistente.
— Hum... que interessante. Quer dizer então que se eu resolver sair contando sobre o show deles para todo mundo, eu basicamente fodo com a sua vida? — Ele tinha um tom atrevido e brincalhão, abriu uma cerveja e se sentou à mesa.
— Você não faria isso. E se essa ideia passar pela sua cabeça mais uma vez eu sou capaz de cortar seu saco fora. — demos uma gargalhada gostosa.
— Eu queria entender como você conseguiu isso. É humanamente impossível. O show do Oasis...
A voz de Alex apresentava um tipo de admiração que me deixou orgulhosa de mim mesma.
— Eu trabalhei no último show deles na Inglaterra, no Leeds festival. E digamos que quem segurou toda a tensão entre os irmãos Gallagher foi eu. Acho que ali eu criei uma relação boa com eles. Na verdade eu duvidava que isso tudo desse certo, a ideia de juntá-los mais uma vez, mas eu realmente precisava de algum muito bom para os shows. — Dei de ombros.
— Algo melhor do o Arctic Monkeys?
— Sem ofensas, Alex. Mas o Arctic Monkeys não é grande coisa comparado ao Oasis. Oasis não foi apenas uma banda de rock, eles foram uma nova geração do rock, algo grande demais para ser explicado, sabe? — E eu realmente não tinha a intenção de ofendê-lo ou diminuir sua banda, mas Oasis é Oasis, não há comparação. — Acho que qualquer pessoa em sã consciência os escolheriam a vocês.
O queixo de Alex caiu, e seu olhar era de total indignação. Acho que as minhas palavras tinham realmente atingido o ego dele.
— Ah, Bodini... você deveria ter mais trava na língua sabia. — Ele me deu um sorriso sacana e lambeu o lábio inferior. — Você ainda vai se arrepender por esse comentário. — Mas eu não estava nem aí. Tudo o que eu consiga pensar era na língua dele passando por seus lábios de maneira tão convidativa que me fazia deseja-la mais próxima de mim, tão próxima como em meu sonho.
Sem perceber, levei meu polegar até a boca o mordendo num gesto sensual enquanto lançava um olhar provocador e sexy a Alex. Ah, senhor, e que ele realmente faça com que eu me arrependa. Me arrependa muito.
— Eu daria uma guitarra para saber o que você está pensando. — Disse com um sorriso maroto que fez cair na real.
— Nada que seja do seu interesse. — Desencostei da bancada dando mais um gole em minha cerveja. — Vou me trocar, me espere aqui, okay?
— Tem certeza que não quer que eu vá junto? Talvez eu possa te ajudar a soltar seu sutiã.
Minha vontade era de mandar o dedo pra ele, mas me contentei com um risinho debochado e um não turrão.

Troquei o saião por um shortinho jeans curtinho, e a camisa branca por uma camiseta antiga dos Beatles, eu a havia ganhado de um namorado que tive no Brasil quando eu ainda tinha dezoito anos, seu nome era João, e não, ele não é um astro da música ou coisa do tipo, tinha uma banda de garagem que se chamava Eletrocídio ele até compôs duas músicas pra mim, uma que se chama Morena e outra Limbo Perfeito. Eu gostava do som deles, acho que foi por isso que começamos a namorar, mas então eu precisei me mudar por conta do trabalho e nosso namoro se tornou algo completamente superficial e nem nas redes sociais da internet nós nos falávamos mais. Tudo o que restou do nosso relacionamento foi minha camiseta dos Beatles que estava tão velha que mal se via a estampa, e as mangas já estavam cortadas assim como a gola.

Eu e Alex nos sentamos na sacada da sala junto de um pacotinho de salgadinho e nossas garrafas de cerveja, conversávamos sobre qualquer coisa sem muita importância como o primeiro show que assistimos ao vivo ou o primeiro CD que compramos, e foi encantador e engraçado vê-lo explicar como o Hatful Of Hollow do The Smiths mudou a vida dele.
Devo admitir que quando ele não estava tentando ser um completo babaca, egocêntrico e prepotente ele era uma ótima companhia. A conversa entre nós dois fluía de maneira natural e até gostosa, fazia tempo que eu não ria tanto ao lado de uma pessoa. Ainda assim, era perturbador vê-lo se aproximar de maneira tão sutil quando eu me dava conta. A forma como ele me fazia sentir tranquila e despreocupada, e como sem perceber eu me via contando a ele coisas sobre minha vida, tipo de coisa que você não compartilha pelo fato de não achar importante ou de não querer falar sobre.
O fim da tarde se aproximou sem que nos déssemos conta e com ela o vento gelado, as nuvens escuras e as gotas de chuva.
— Fazia tempo que não chovia. — disse distraído. — Desde que cheguei aqui.
— Gosto de chuva. Gosto da maneira como ela chega sem precedente e transforma tudo o que toca. — Soltei uma risada baixa enquanto eu fechava os olhos e sentia uma gota cair em minha bochecha.
Alex tocou minha pele onde havia sido molhada pela gota de chuva a secando de maneira delicada. — Eu gosto de você. — Sua voz era um sussurro, suave como o vento. E eu sentia como se eu pudesse tocar suas palavras de tão reais que eram.
Rapidamente a chuva ficou mais forte e, devido ao vento, nos deixou completamente molhados em questão de segundos. Mas não nos movemos, apenas ficamos encarando um ao outro deixando a chuva fazer seu trabalho.
— É melhor a gente entrar. — falei sem muita convicção ainda sentindo seus dedos em mim.
— Eu também acho.
Afastei-me um pouco para que eu conseguisse levantar e fechar as grandes janelas de vidro da sacada que iam do parapeito até o teto.
— Oh merda. — Xinguei ao passar pela sala e molhar todo o tapete. — Vou pegar um roupão pra gente.
Corri até o banheiro para pegar alguma coisa para nos secarmos. Tirei minha camiseta molhada a jogando cesto de roupa suja, coloquei meu roupão e enrolei meu cabelo em uma toalha. Quando voltei para sala vi que Alex teve a mesma ideia que eu e foi ainda mais além: ele estava de costas para mim apenas de boxer preta passando a mão no cabelo na tentativa se tirar um pouco da água. Ai meu Deus...
— Ca-ham! — Limpei a garganta chamando sua atenção. — Toma. — joguei a toalha e roupão em sua direção e - contra a minha vontade, apenas para fazer charme - me virei de costas para ele. — E trate de ficar decente.
— Como se você não quisesse me ver assim. — De fato, eu poderia me contentar em olhar para aquele corpo nu e molhado, sem poder tocar. Mas as imagens do meu sonho da última noite estavam lá bombardeando minha mente como uma metralhadora, e eu não confiava em mim o suficiente para deixar Turner andando de boxer preta em minha casa.
— Já colocou a porra do roupão?
— Talvez eu não queira. Sabe, eu me sinto mais à vontade apenas de roupa íntima.
— Aqui não é a sua casa, e você não tem que se sentir à vontade. — Soltei cheia irritada.
— E a velha Bodini está de volta.
— Ai como você consegue ser tão irritante?
De repente sentir as mãos de Alex apertando minha cintura e puxando de encontro ao seu corpo. — Você deveria ser mais agradável com suas visitas. — Sua boca estava colada ao lóbulo de minha orelha onde sua respiração quente batia me causando arrepios, e por mais que eu agradecesse o fato de estar de costas e ele não poder ver meus olhos me denunciarem, sabia que ele podia sentir perfeitamente meu corpo tremer por completo. E não era efeito da chuva. Não mesmo.
Dei um passo para frente, fechando a cara.
— Onde estão suas roupas? — Ele apontou com a cabeça para a entrada da cozinha. — Eu vou colocar na secadora. — Peguei o montinho de roupa no chão e marchei até a lavanderia.
Liguei a secadora e desvirei a roupa que estava do lado avesso. Antes de colocar sua camisa lá dentro, sem perceber, a aproximei de meu nariz para sentir o cheiro de Alex. A mistura impecável de perfume masculino e cigarro - mesmo que ele não tivesse fumado momento algum em que esteve comigo - está lá, e eu começava a achar aquele aroma aconchegante.

Quando voltei para sala, encontrei Alex mexendo em minha estante de CDs, ele estava de costas para mim, por isso não pode me ver encostar ao batente e observá-lo. Eu não sabia muito sobre Alex, nunca parei em frente ao notebook e digitei “Arctic Monkeys” ou “Alex Turner”, mas uma curiosidade muito grande sobre isso batia em mim naquele instante. Eu começava a ver que todo o pré-conceito que eu havia criado sobre ele era falso, e talvez aquela pose de metido fosse apenas para conseguir o que queria sem se envolver demais com a situação. Ganhar sem se apegar ao prémio. Como muitas vezes eu preferia fazer. Talvez fossemos iguais demais para dar certo. E mesmo assim, não podia deixar de perceber que estávamos, aos poucos, cedendo um ao outro. Embora eu soubesse que não era certo, que eu não podia me dar o luxo de me apaixonar por um rockstar pela segunda vez. De ver a minha vida virando de cabeça para baixo sem me importar, não podia permitir que mais um alguém entrasse na minha vida e deixasse marcas que eu não seria capaz de esquecer. E tudo em Alex me gritava que ele era um problema. Eu sabia perfeitamente no poço sem fundo que eu iria cair caso me permitisse entrar naquela brincadeira. Alex não era bom pra mim. E sobre cair nas mãos do cara errado, eu já tinha visto o bastante.

Devido a minha própria vontade de tomar uma ducha quente e me esquentar um pouco, perguntei a Alex se ele queria tomar um banho, enquanto eu fazia um cappuccino quente para nós dois. A ideia de tê-lo desfilando em meu apartamento dentro do meu roupão era maravilhosa, porém não boa de tudo para minha sanidade. Por isso, peguei uma camiseta e uma bermuda de Mark - havia mais algumas peças de roupa dele comigo, como uma cueca boxer com desenhos de carneirinho que eu era apaixonada - e dei para ele vestir. Claro que houve protestos do tipo; eu não vou usar as roupas do seu ex-namorado, mas quando eu sumi com o roupão ele se viu sem escolhas.

* * *

— Acho que suas roupas já secaram. — Soltei como quem não quer nada.
Estávamos no meu quarto; Alex bisbilhotando algumas fotos no meu notebook, enquanto eu respondia alguns e-mails do Indie Music Festival pelo meu iPad mesmo.
— E o quê que tem? — Perguntou sem tirar os olhos do computador.
— Nada, mas é que tipo, com as suas roupas secas você já pode ir embora.
— Nossa, que observação inteligente. — Apesar de a frase ser irônica sua voz era de completa preguiça. Ele continuou entretido sem desviar o olhar para mim enquanto eu tinha meus braços cruzado e o encarava veementemente a fim de chamar sua atenção
— Ca-ham.
— Sabe... Uma das melhores maneiras de conhecer melhor uma pessoa é passando a noite com ela.
— Eu não vou transar com você.
— E por que não?
— Será que você tem capacidade para pensar em outra coisa que não seja sexo?
Consegui seu olhar. Um olhar bobo e brincalhão. — Não fui eu que falei a palavra “transar”. Juro que não estava pensando nisso, mas se você quer levar por esse lado, posso te convencer que sexo é uma boa opção para nos manter ocupado nessa cama.
— Fica quieto. — Rolei os olhos. — Eu não vou transar com você e muito menos deixar você dormir aqui.
Alex arqueou as sobrancelhas de um jeito engraçado me fazendo rir. — Quer apostar?
— Não, muito obrigada. — Voltei minha atenção para meu tablet.
— Isso é medo de perder, Bodini.
— Não tenho medo de perder. Perder faz parte da vida.
— Bom que você pense assim. Daí quando você perder essa posse de gostosa pra mim, não vai ficar se questionando o quê que aconteceu. — Alex deu um risinho sacana, enquanto eu o dava um olhar de deboche.
— O que você quer?
— Te dou dez minutos para você ligar para o Miles e perguntar a ele o verdadeiro motivo de ele ter ido para Inglaterra. — Então, minha cara debochada foi embora dando lugar a uma carranca séria e apreensiva. Onde Alex queria chegar com esse tipo de brincadeira?
— Por que você se importa tanto com meu relacionamento com ele?
— Porque eu aposto que quando ele voltar você vai correr para os braços dele como uma verdadeira trouxa sem nem mesmo pedir algum tipo de explicação sobre o sumiço dele — Ele deixou o notebook e levantou da cama caminhando até mim. Alex colocando seus olhos em mim de maneira tão séria como em nunca havia visto antes. — Nove minutos.
— Não há nada entre nós dois que me dê o direito de exigir algum tipo de explicação. Miles tem a vida dele, assim como eu tenho a minha e se por um acaso eu tiver de me envolver com outra pessoa, não será ele que vai impedir. — Mentira! Quando eu pensava no Miles simplesmente não conseguia me imaginar com outra pessoa. A merda era quando estava com alguém que me fazia me esquecer de Miles.
— Sei. E o Miles não tem nada a ver com o fato de você ter nos parado aquele dia no elevador.
Desviei meu olhar para o chão tentando pensar em alguma coisa para me sair daquela.
— Eu nos parei pelo simples fato de aquilo não ser certo. A onde você quer chegar com isso?
— Eu só quero que você se dê conta que o Miles não é a melhor opção para você escolher.
— Jura? — disse sarcástica. — E quem seria? Você?
— Não. Eu também não seria sua melhor opção. Mas se você me escolhesse eu daria o meu melhor para que você não se arrependesse.
Não havia nenhuma piada ali. As palavras de Alex soaram completamente sinceras.
— Eu não acredito em você.
— E por que não? Eu não estou tentando me esconder fazendo uma imagem do que não sou.
— Por isso mesmo, já conheço o bastante para saber que não tem como confiar em você. Você está sempre atrás de diversões sexuais. Você tem uma porra de uma namorada e ainda assim está aqui. — Incrível como Alex era capaz de foder com qualquer coisa legal que surgia entre a gente.
Ele me lançou um olhar desanimado. — E você acha que você é confiável? Você não consegue esconder o que sente pelo Miles, e é só ele estalar os dedos que ele tem você no mesmo instante. E mesmo ainda apaixonada por ele, você está comigo, aceitando todo o tipo de provocação, querendo ser mais uma das minhas diversões sexuais. Isso sem falar no seu histórico de relacionamento, na facilidade que você tem para tocar de namorado como se trocasse de roupa. Me diga, Bodini, quem é menos confiável aqui? — Seu rosto estava carregado de um sentimento que parecia cansaço e tristeza. Ele deslizou sua mão por minha bochecha e tocou meu lábio inferior com seu polegar. — E ainda assim eu estou aqui disposto a te dar o beneficio da dúvida. — Vê-lo daquele jeito por algum motivo não me fazia bem. O peso em seu olhar me machucava mais que as suas palavras, e me fazia sentir culpada.
— Você está equivocado, isso não é verdade.
Mas que merda era aquela? Como é que ele conseguia virar o jogo contra mim assim tão fácil?
Seus dedos tocaram meu pescoço com leveza enquanto ele se aproximava cada segundo mais, nossas respirações se tornando uma só, e eu sentia meu corpo tenso, meu coração batia forte em meu peito, um misto de medo e excitação. Eu não sabia muito que fazer.
— Eu odeio você. — Soltei entre os dentes, mas aquela ideia já não era tão verdadeira quanto a algumas semanas atrás.
Sua mão foi até minha nuca se entrelaçando em meu cabelo. Ele deu um sorriso tristonho antes de me responder:
— Você odeia a ideia de que está perto o bastante de me amar. — E com isso deu alguns passos em direção à porta. — Você ainda tem dois minutos.

Dois minutos que eu passei encarando o nada, tentando entender o que havia acontecido. Dois minutos que eu tentei fazer minha mente entrar em foco novamente. Dois minutos e a última coisa que eu pensei foi em Miles. Quando consegui sair do meu quarto e procurar Alex o encontrei na sala falando ao celular. O relógio na parede marcava 9:43hr da noite, me encostei na meia parede que fazia divisa com um pequeno escritório que eu nunca havia usado, nem nunca usaria para tal, e dei uma olhava na minha estante de livros. Talvez começar a ler algum seria uma boa opção para distrair a mente. Algo mais fantasioso que Harry Potter, quem sabe... Talvez Tolkien, C.S. Lewis, ou até Clarice Lispector para me foder de vez.
— Pedi comida japonesa, espero que não se importe. — Levei alguns segundos para perceber que Alex fala comigo. Assenti com a cabeça sem vontade de sair do lugar. Talvez Deus estivesse me castigando por cada coração que eu quebrei. — Você ligou? — Mais uma vez eu só balancei a cabeça. — Legal.
— Eu... eu vou deitar. Pode ficar a vontade. Pegue o que quiser comer e pode usar o telefone também. — Passei a mão pelo cabelo de maneira distraída. — Boa noite, Turner.
— Boa noite, Vic.

* * *

Pela segunda vez em um mês eu vi sem nenhuma certeza de como, porque e onde eu havia acordado.
Apesar dos infortúnios da noite passada eu dormi completamente bem, confortável e... aquecida. Aquecida como se houvesse mais alguém ao meu lado, o que me lembro da época em que eu morei com Mark em seu apartamento, das manhãs que eu acordava com a cabeça recostada em seu peito.
E não foi de maneira muito diferente que eu acordei aquela manhã. Não havia mãos rondando minha cintura, ela estava em minha coxa, na parte exposta graças ao short do meu pijama. Minha perna entre o vão de outras duas enquanto minhas próprias mãos espalmavam um peito nu. Eu podia sentir o cheirinho do meu sabonete junto de loção pós-barba e um fraco cheiro de tabaco. Abri os olhos encontrando o rosto calmo de Alex a centímetros do meu, e mesmo momento tateei meu corpo para me certificar de que estava vestida.
Alex tinha a respiração tranquila e um rosto sereno que me dava vontade de me aproximar um pouco mais e me aconchegar a ele. Ao mesmo tempo, eu queria deslizar meus dedos por sua bochecha, contornar seus lábios, brincar com os fios desgrenhados de seu cabelo. E quando me atrevi a fazer, vi um sorriso pequeno se formar em sua boca, e o medo de que ele acordasse de uma hora pra outra, me fez sacudi-lo de maneira nada sutil, despertando-o.
— Hei... — Protestou fechando os olhos com força.
— He-eei! — Sacodi mais uma vez ganhando um resultado positivo. — Acorda.
Alex soltou um bocejo e passou a mão nos olhos se erguendo um pouco na cama.
— Posso saber o que você está fazendo aqui na minha cama? — Alex se sentou ainda um pouco tonto e deu uma boa olhada pelo cómodo antes de me encarar. — Hein?
— O quê, sua chata... — Soltei uma risada pela forma embaraçada que sua voz saiu. Um pouco rouca e um pouco desafinada.
— Posso saber por que você está deitado na minha cama quando tem mais três quartos nessa casa?
— Você só me mostrou o caminho do seu. — Mordi o lábio contendo a vontade de soca-lo. — Mesmo com essa cara enxada você continua sexy mordendo o lábio. — Deixei o autocontrole de lado e dei um soco fraco em seu peito.
— Cala a boca.
Alex riu e se virou para lado num gesto espontâneo, como se procurasse por alguma coisa e como ele olhou para o próprio celular e ignorou a existência do mesmo, imaginei que o que ele procurava fosse o maço de cigarros. Tirando o fato de que eu achava que ele tinha fumado antes de dormir, não vi Alex momento algum com seu cigarro, na verdade fazia tempo que eu não o via fumando, apenas aquele cheiro de tabaco em suas roupas. Porém Alex pareceu desistir de sua procura.
— Será que ainda podemos dormir por mais três horas?
— Na-não. Tenho uma reunião com a Laura e Alison e não posso me atrasar.
— Tudo bem, — deu de ombros. — então eu durmo por mais três horas. Boa reunião. — Ele se deitou novamente puxando o edredom para si.
— Oh, pode levantando, não vou te deixar sozinho no meu apartamento, vai que você é um maníaco, louco por empresarias musicais e resolve vasculhar minha vida como a Ellen Page fez no filme Hard Candy? — Alex me lançou um olhar questionador deixando claro que não fazia ideia do que eu estava falando. — Esquece.
Naquele instante o celular dele começou a tocar e ele demorou um tempo encarando a tela do aparelho por fim atendeu com um “Fala, cara.” Seguido por um “Como assim? Ela estava em New York...” e por fim “Tá, sei lá fala qualquer coisa, tô indo para o hotel.”.
Alex bufou, seu humor ia caindo gradativamente. Ele pegou as roupas que estavam dobradas sobre minha cômoda e começou a vestir.
Eu apenas observava enquanto Alex se arrumava sem dizer nada. E sua facilidade de ir embora...
— Eu te ligo. — foi o que ele disse ao sair do meu quarto.
Não pude deixar de ter um pensamento no mínimo engraçado. Os dois últimos cara com quem dormi — não estou incluindo relação sexual nessa — simplesmente se foram pela manhã, sem nenhuma explicação plausível. Os dois únicos.

Continua...

_________________________________________________________________________________________

N.A.: Hello, hello! Well, depois de várias tentativas frustrantes de escrever esse capítulo, cá está ele. E eu acho que ficou até legal comparando ao desastre das outras tentativas. Tá bem grandinho e meloso demais da conta, não me culpem, eu realmente me empolgo quando penso num Alex mais carinhoso, atencioso e... sincero.
Comentando algumas coisas sobre essa atualização; a banda que eu citei, a Eletrocídio, realmente existiu. Era a banda de uma amiga minha que namorou uma outra amiga minha e acabou escrevendo as tais duas músicas para ela. São lindas, se eu achar o áudio posto para vocês (:
Se vocês gostaram desse gostinho de romance que começou a surgir, guarde-o no coração de você, porque os próximos capítulos estarão ai para foder a merda toda, haha. E eu vou parar de falar agora, porque, senão, daqui a pouco vou soltar spoilers demais. 
That’s all, folks!


And when I'm in the confines of crawling walls, you hold me in place. The ripples on the ceiling the avenues, unsugared taste. Waste away the evening, the afternoon, the afternoon's hat. Together we'll find something to direct some laughter at.




14 comentários:

  1. Awn, essa fic me deixa tão feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz pq ela é muito linda e muito bem escrita e triste pq vai acontecer merda, né? D:

    Adorei esse capítulo! Diálogos sinceros e ações cotidianas são sempre ótimos pra mostrar a personalidade dos personagens e desenvolver a história sem muita pressa! *-*
    Bodini é diva demais MESMO! E Alex super fofo falando as verdades. Hahahahahahahaha
    E o Miles! Gente, o que o Miles tá fazendo? Feeelho da mãe tá fazendo merda! -.-

    Tô adorando demais, Laira! Demais mesmo. Você escreve muito bem! *-* E não demora pra atualizar, sua linda!

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    1. Muito obrigada!
      Sim, talvez Miles esteja sendo um feeeelho da puta, ou talvez não. Isso você verá nos próximos capítulos e a atualização vai sair logo, logo. Prometo!

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  2. Meu deus.
    Eu estou chocada como eu surtei com esse capitulo. Laira, você escreve incrivelmente bem e eu acabei de ler o melhor capitulo de toda minha vida. Você não tem noção de como dava friozinho na minha barriga a cada diálogo dos dois. A cada pensamento da Vic, a cada fala do Alex, a cada ação dele. POR DEUS O SONHO DELA. Que sonho foi esse? Acho que todas as mulheres héteros da face da terra sonham em transar com o Alex e principalmente receber um sexo oral dele. Quem não teria acordado na situação que ela acordou após um sonho desses? Ah e eu ri que só tinha melancia na geladeira dela.

    Achei a cena do supermercado genial, a maneira como Alex ajudo-a e como ele conduziu-a foi empolgante e excitante. Eu sempre esperava o próximo passo dele, de alguma piadinha ou de algum momento sério. Eu ficava ansiosa lendo, eu ansiava por mais, eu precisava de mais e como o capitulo foi gigante eu não via o fim e isso me deixava tão mais feliz.

    Por mais que, o Turner sempre contorne a situação e a deixa a seu favor, Bodini da um show de patadas também. Que mulher poderosa e genial. A cena dela colocando o polegar na boca sensualmente só por ver Alex passando a língua nos próprios lábios foi hilário, imagino a cara dela.
    A cena da varando foi INCRÍVEL. ''Alex tocou minha pele onde havia sido molhada pela gota de chuva a secando de maneira delicada. — Eu gosto de você. — Sua voz era um sussurro, suave como o vento. E eu sentia como se eu pudesse tocar suas palavras de tão reais que eram.'' PORRA EU GOSTO DE VOCÊ VICTORIA. Parece que eu o vi gritando isso. E pareceu tão sincero, não só pra vic, mas pra nós que lemos. Eu senti uma faísca, parece que senti os dedos do Alex tirando a gota de água do meu rosto. Foi tão ÚNICO e indescritivel que nem sei bem o que dizer.

    E por fim, a cena da briga deles. Alex esta visivelmente enciumado e incomodado com essa relação dela com o Miles. E ele nem disfarça isso, e no fundo tenho certeza de que a Bodini adora isso. '' Mentira! Quando eu pensava no Miles simplesmente não conseguia me imaginar com outra pessoa. A merda era quando estava com alguém que me fazia me esquecer de Miles.'' MEU DEUS BODINI.

    Outra parte que me fez gritar foi '' — Eu só quero que você se dê conta que o Miles não é a melhor opção para você escolher.
    — Jura? — disse sarcástica. — E quem seria? Você?
    — Não. Eu também não seria sua melhor opção. Mas se você me escolhesse eu daria o meu melhor para que você não se arrependesse.'' CARALHO, PORRA, MEU CORAÇÃO. ALEX EU TE AMO.

    E ele pedindo comida japonesa foi tão fofo e Vic acabada, exausta. Imagino o que ele devia estar sentindo. Quando ela acordou e começou a descrever que estava entrelaçada em algum corpo, já imaginei que Alex havia se atrevido a ir lá. Ela olhando- peculiarmente, olhando-o analisando já mostrou que eles vão se ceder um ao outro em breve. Na verdade, acho que Alex cedeu antes.

    Acho que acabei. Amei, amei, amei. Laira, por favor, eu te imploro. Não demore pra postar, eu anseio demais o próximo capitulo. Bj bj

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    1. Ai, Anne, você não tem ideia de como seu comentário me dá um friozinho na barriga, adoro ler e reler e ler mais uma vez *---* Acho que até as mulheres não hétero sonham em transar com Alex, haha'
      O capítulo foi bonitinho, mas não se anime, pois os próximos vão foder a porra toda, rsrs' Obrigada pelo carinho com a Rockstar, isso significa muito pra mim (:

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  3. Aahh como eu esperei por esse capitulo!!
    Realmente ele fico muito boom e meloso mas eu ameeei!
    Psepse ja era de se esperar q esse clima de romance n fosse durar muito ,mas eu gosto dessas provocaçoes..
    Pqp pq ela n ligo pro miles??! Ouch! Curiosaa e ve se n demora pra postar o prox cap hein?!
    Bjbj

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  4. Aiiiiiiiiiiiii que coisa mais maravilhosa esse capítulo!!!! To jogada no chão, chorando! Foi simplesmente perfeito, genial, tudo de bom. Eu AMEI!

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  5. Amei esse Alex, amei essa Vic, amei tudo!
    Apesar de ter sido fofinho e tal, o Alex parecia amargurado umas horas (quando ele pensou na Alexa, no que o Miles tava fazendo na Inglaterra...) Aliás, achei muito fofo o fato de ele querer proteger a Vic da "canalhagem" do Miles.
    Aposto que a ligação foi sobre a Arielle (eu to confusa, então talvez ele nem estejam namorando e eu to falando merda).
    E o que va acontecer nos próximos capítulos, de ruim? DD:

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  6. Esse definitivamente foi o melhor capítulo de Rockstar. Perfeito! Lindo o Alex e a Vic baixando a guarda, indo ao supermecado, conversando como bons amigos com essa química imensa entre eles. Você soube descrever perfeitamente esse momento entre ambos. Amei, amei, amei! E em relação ao Miles a minha curiosidade só aumenta, e seria essa ligação a Arielle?
    Necessito de mais <3

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  7. Esse foi o melhor capítulo até agora, EU SEI todo capitulo novo eu falo isso mas é que você se supera sempre hahaha. Alex mostrando esse lado sincero e fofo dele é lindo demais e a Vic cedendo <3. Essa história ai do Miles.. não sei ein. Enfim, amei, ficou perfeito. Não demora pra postar o próximo, bj.

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  8. Parabéns, você acabou de escrever o melhor capitulo dessa fanfiction, ate agora.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Laira.

    Minha vontade é de parafrasear todos os comentários das meninas, pois elas explicam demais esse capítulo MARAVILHOSO.
    Eu não sei mais bem o que dizer, só frisar o fato de que essa fic está me surpreendendo cada vez mais, me encantando, me levando à loucura como eu não pensei mais que fosse acontecer. Sua escrita é de arruinar meu coração e por maior que este capítulo tenha sido, eu o li o mais devagar possível, várias e várias vezes, porque a única sensação que me permeava era a de que ele É MUITO BOM PARA SER REAL.

    Apenas volte logo...
    Estamos doidas por Rockstar.

    OBS: Sei que não deveria acontecer justo nesse capítulo, e já digo que a culpa é sua por me despertar ainda mais por ele com essa personalidade linda e transcrita que se juntou ao julgamento que eu já tinha desse homem, but, I miss Mr. Miles... Depois de um certo tempo posso me permitir pensar nisso e dizer com todas as palavras que quero ele de volta. Por isso, traga aquele inglês de volta e nos diga onde Diabos ele está e o que foi fazer...

    Beijos grandes.

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    1. Muito obrigada, Debs.
      Logo, logo estarei de volta com a Rockstar. Até o final da próxima semana, se tudo der certo. E Miles também!! Ele já está no voo de volta para Califórnia, rsrs'
      Obrigada por todo o carinho, eu fico muito feliz. De verdade.

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  11. Acho engraçado, porque ela não percebe que não ama mais o Miles. Ela não vê que talvez o que ela precise é do errado mesmo.
    Alex é um fofo em meio as safadezas e idiotices.
    Eu amo essa fic, cara. E tava aqui pensando que ela é a minha favorita junto de RUM,NTMB,BCTM e HB *_*

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