Rockstar - One

Eu tenho um problema. Não é um tipo de problema comum impossível de resolver, também não um problema o qual eu posso ignorar, talvez seja o problema que toda garota sonha em ter, e elas nem mesmo considerariam um problema. Mas para mim é como um carma, uma coisa ruim que grudou em mim e não sai de jeito maneira. Meu problema é que eu não consigo ficar longe dos astros do rock, nem eles de mim.

Tudo começou quando eu fiz um intercambio para Inglaterra, passei um mês em Cambridge e dois meses em Londres, e foram esses últimos dois meses que definitivamente transformaram minha vida em um inferno. Literalmente.

No dia em que eu cheguei à Londres cometi o crime mais vergonhoso de toda a minha vida. Roubei uma das malas do Ian Watkins. Não roube de propósito, é que a mala dele era idêntica a minha. E eu não me dei ao trabalho de conferir se era mesmo a minha. E quando eu estava entrando na van da escola o qual eu estava fazendo o intercâmbio, dois seguranças com crachás impressos com o nome da banda apareceram e me puxaram pelo braço. Eles conferiram as minhas malas e viram que a minha mala preta era na verdade a mala preta do Ian. Os seguranças queriam me levar até o posto policial do aeroporto com a intenção de me ficharem. Então Ian apareceu dizendo que não havia necessidade que se eu peguei a mala dele, ele também havia pegado a minha. E blá, blá, blá. Bem educada como eu sempre fui, agradeci a ele e fui então para a van. Assim que pensei que poderia seguir para minha nova casa em paz, Ian apareceu de novo perguntando se podia saber pelo menos o meu nome. E eu disse. E foi aí que todo o meu problema começou. Dois dias depois Ian Watkins, o vocalista gostoso do Lostprophets com a tatuagem que todo o universo feminino deseja desvendar, estava tocando a campainha da casa que eu estava me chamando para sair.

Saímos algumas vezes para tomar café e quando ele descobriu que eu estava lá fazendo um curso de línguas, ele disse que poderia me tirar algumas duvida, já que ele era fluente. E foi ai que eu comecei a me apaixonar por Ian Watkins. Os dois meses que eu passei em Londres foram perfeitos todos os dias nos víamos e não demorou mundo para eu ver o meu rostinho na capa da Speak Up com a seguinte frase embaixo: Victoria Bodini, The new Ian’s girl.

Porém o meu tempo lá acabou de tivemos que nos separar. Voltei para o Brasil triste, isso sem duvida. Eu nunca mais daria a sorte de sair com um vocalista de uma banda e qualquer outro membro de qualquer coisa. Mas era ai que eu estava enganada. Logo que eu voltei consegui um emprego para assistente de iluminação de palco no Vivo Rio e o primeiro show o qual eu trabalhei foi o show do McFLY, eu quase pirei. McFLY foi a minha paixão por anos. Mas eu não podia deixar o profissionalismo de lado e dar um de tiete. Tive que me contentar em pedir um autografo ao Dougie quando o show acabou. Porém o autografo, por parte dele, virou um convite para uma caipirinha, algumas horas de conversa e quando ele me chamou para ir até o quarto onde ele estava e eu disse que precisava ir. Mas apesar de pequeno ele não aceitava não como resposta e insistiu até que eu o deixasse me levar em casa. E para minha surpresa no dia seguinte ele estava lá de novo me chamando para dar uma volta no centro da cidade do Rio. Não tinha como eu dizer não. Por pelo menos cinco horas passamos conversando. Eu disse que era fã da banda e que meu sonho era poder ver um show ao vivo, não comandando as luzes. Daí no dia se seguinte ele foi até a minha casa me buscar dizendo que eu iria com a banda para São Paulo assistir o show. Depois de um dos dias mais felizes da minha vida ele perguntou se eu poderia ficar até o dia seguinte por que ele fazia questão que eu descansasse antes da viagem de volta para o Rio. Passamos a noite conversando o resultou em alguns beijos, mais nada além disso. Quando voltei para o Rio, mais uma vez vi meu rostinho da capa de uma revista, dessa vez era numas dessas de 1,99 que traz fofoca sobre novela. Dougie Poynter aproveita o máximo sua temporada no Brasil. E mais... Cobertura completa de tudo o que rolou na passada dos Britânicos aqui no Brasil.

Depois disso sai com outros caras de bandas internacionais, e eu não aguentava mais ser a maior fofoca do mundo da música. Mas eu posso afirmar que metade do que dizem é mentira. Eu estive na festinha que o Alex Kappranos deu quando ele tocou no festival da Cultura Inglesa em São Paulo, nos tomamos uma bebida juntos, e apesar de ele dizer que estava muito interessado em mim, não houve nada entre a gente. Nunca estive no camarim do Maroon 5 no Rock in Rio, só peguei um autografo com Adam Levine quando nos esbarramos sem querer no final do show. Tudo bem, com Miles Kane a história é outra; nós saímos para dar uma volta do calçadão de Ipanema depois fomos jantar no Golden Tulip Ipanema Plaza, e acabamos dormindo juntos. Tentamos manter um relacionamento depois que ele voltou para a Inglaterra, mas não foi possível. Falando em hotéis, nunca estive no quarto do hotel o qual o All Time Low estava hospedado só recebi um convite para ir até lá quando fui entregar a bebida que eles haviam pedido no camarim. Eu estava trabalhando na equipe de produção do show deles. Ah, sim. Eu tive um relacionamento de longa data com o Fab do The Strokes, quase um ano. E depois que nós terminamos, eu fui para Leeds cobrir um evento para a VH1 o que terminou em uns beijos entre eu e o Ed Sheeran, ele é tão carinhoso... Enfim... Meus verdadeiros romances na cena do rock foram Ian, Dougie, Alex Trimble do Two Door Cinema Club, Fab, Miles Kane, Ed e no momento estava em crise no meu relacionamento com o Mark Foster do Foster the People.

Nós no conhecemos na edição do Lollapalooza em São Paulo em 2012. Eu estava fazendo um bico para a Multishow como repórter para entrevistar as bandas. Eu realmente estava cansada dessa vida de fazer bico nos bastidores, tomar conta da iluminação do palco, etc. Eu entrevistei a banda depois do ultimo dia do show. Eu posso dizer que não me fiz muito de difícil com ele, eu estava na vibe de só ouvir FTP e então nós passamos uma hora conversando depois da entrevista e quando eu me dei por mim já estava no quarto dele no hotel.

Mas eu tinha colocado uma coisa na minha cabeça: Já chega de ser a New Girl de qualquer astro do rock. Eu estava cansada de tudo aquilo e tudo o que eu queria era um relacionamento que não estampasse minha cara na capa de nenhuma revista.

– Para mim já deu, Mark. – Fechei mais uma mala a levando até o hall do lado de fora do apartamento.

– Mas, mas... Victória eu não entendo.

– Nem eu entendo Mark, mas eu já tenho um lugar para ficar e até o evento começar e logo, logo você vai ir para uma turnê na Europa, então é melhor assim.

– O que tem a ver uma coisa com a outra?

Seus olhos estavam grandes mostrando o quanto ele estava assustado com tudo aqui.

– Eu não sei. Mark por favor, não me faça perguntas. Nem mesmo eu sei o que eu estou fazendo.

– Para com isso, garota. Você não pode simplesmente ir embora.

– Posso sim, já consegui um apartamento para mim em Los Angeles e já até mesmo mobilhei. Estou indo para lá agora. – Fechei a última mala conferi se estava tudo dentro da minha bolsa, meu iPad, minha agenda... peguei meu iPhone discando para o John, que estava me esperado para me ajudar com a mudança, pedindo que ele subisse.

– Victória, pela última vez, desiste disso e fica comigo. Você não vai precisar ficar se matando trabalhando todo final de semana em shows, organizando eventos, dando entrevistas para revistas. Você vai poder ser uma garota comum, vai ter mais tempo livre... por favor, Vic. Não faça isso comigo.

– Mark, meu amor, – Disse, me pondo de frente a ele com uma mão em minha cintura a outra no queixo dele. – é isso o que eu amo. Eu lutei a minha vida toda fazendo bicos em emissoras de musica, casas de shows, gravadoras para um dia estar ou estou hoje, eu nunca vou deixar isso de lado, e é isso o que você não consegue entender. – Colei nossos lábios num beijo silencioso. – Eu gosto de você, mas eu não quero mais namorar um Rock Star. – Deslizei meus dedos por seu cabelo como eu costumava a fazer antes de dormir ao lado dele. – Vou sentir sua falta, mas eu realmente preciso ir.

Sem dá-lo a oportunidade de falar mais alguma coisa, me virei saindo do apartamento.

Eu estava decidida, me daria uma vida nova com que a minha única preocupação fosse os meus shows.

Continua...

N.A.: Hello everyone.  Na falta da Songbird venho apresentar-lhes minha nova fanfic, Rockstar. Que é completamente diferente do meu estilo de escrita, por isso, será difícil para mim, acompanhar as expectativas de vocês, porém, estarei dando o meu melhor para satisfazer a todos. Comecei a escrever essa fanfic ano passado com a intenção de colocá-lo no Nyah, porém a categoria banda foi desativada e eu desanimei um pouco com ela. Mas quando vi esse blog voltei a me dedicar a ela, e aqui está! Ah, e queria aproveitar a oportunidade e agradecer a Luana, autora de Version of Pervesion (nem sei se ela vai ler isso, mas espero que sim!) porque foi lendo um dos maravilhosos capítulos de Now Then, Mardy Bum que eu tive a ideia de escrever essa fanfic.

Rockstar não será uma história tão grande e complicada quanto a Songbird, quero algo mais simples e direto, apenas para o meu prazer em escrever e eu espero de coração que vocês gostem dela e me digam o que estão achando através das chateações e reclamações nas caixinhas cá abaixo. Ah, qualquer erro, é só me avisar. Obrigada!

Forgetting all the memories, trying to forget love cause love's forgotten me.

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