Heartbreaker 06: English Boys

N/A: Capítulo dedicado as minhas taradas do grupo do AM  Fanfics, e ao Matt pq o foco do capítulo de hj é ele. s2s2s2s2


- Será que dá para você parar de chorar? – Joe me olhou enquanto segurava o copo de café fumegante na minha frente. O cheiro me acalmava, mas não me fazia parar de chorar, pelo contrário, me fazia começar a chorar com um desespero maior. Joe olhou para cima deu um suspiro pesado e olhou para baixo. Estávamos sentados na cama do quartinho da discórdia. Eu usava meu vestido de depressão, um vestido velho, curto, de malha barata e de um xadrez azul e branco que me fazia parecer uma pequena leiteira. Mas, Joe dizia que eu ficava linda naquele vestido. Ele era cego. – Você pode me contar o que aconteceu? Você está de TPM?
Fiz que sim e estiquei a mão para pegar a xícara de café e Joe esticou a mão para secar as lágrimas do meu rosto, a mão dele saiu toda suja de lápis de olho e rímel, imaginei o quanto minha cara estaria manchada, e a quão horrorosa eu estaria.
- É, eu estou sim no auge da TPM, e, bem... vou contar o que aconteceu... Eu fui parar no apartamento de Jamie, lá é super legal! Tem um estúdio! Ele me levou para lá e ficou me provocando, sabe? Me chamou de “mentirosa” disse que eu era conquistadora, me provocou com olhares...  Me puxou e me beijou....
- Elle, sem detalhes sórdidos, por favor. – Joe não gostava daquilo, ele definitivamente não gostava daquilo. Respirei fundo e senti uma lágrima quente cortar meu rosto, Joe revirou seu rosto, algo naquele movimento me fez perceber que ele também se incomodava quando me via triste, me aproximei dele e o abracei.
- Então a campainha tocou, eu fui atender e o Matt estava lá.
- E aí? – Respirei fundo e procurei não chorar de novo, embora meus olhos estivessem implorando por só mais uma lagrimazinha. Respirei fundo e resolvi honrar minha moral. Eu não sei o que estava acontecendo, eu estava me apaixonando. E isso era impossível, quase como o coiote pegar o papa-léguas. Aquilo era uma vergonha para mim, mas eu podia confiar em Joe.
- Bem, e aí que o Matt respirou fundo, olhou para o Jamie com cara feia, e cruzou os braços.
“- O que ela está fazendo aí essa hora da madrugada, Jamie? – Me afastei lentamente e fiquei mais na sala do que na porta. Jamie se apoiou na porta e deve ter feito algum de seus biquinhos.
- E o que você está fazendo na porta do eu apartamento essa hora da madrugada, Matt? – Uh! Mas que golpe baixo! Matt olhou para Cookie e disse:
- Eu vim reclamar do barulho, mas agora tenho outro motivo para reclamar. – Matt disse aquilo apontando para mim com a cabeça. Jamie deu uma bufada e olhou para o lado com certo descaso.
- E qual é o problema? – Uau! Outro golpe baixíssimo. Matt olhou para Jamie com um olhar de quem quer matar.
- Você sabe qual é o problema. – Eu estava de costas, mas eu conseguia imaginar qual seria a cara que ele estaria fazendo. Uma cara que só ele sabia fazer. Como se ele estivesse contando vantagem da situação na qual ele estava. Mantive-me afastada e com uma cara séria.
- Desculpa, mas eu ganhei essa. – Foi nesse momento que eu vi os momentos acontecerem como cenas de novela de quinta categoria, como flashes. A única coisa que eu sei, é que eu saí do meu ponto de conforto na sala, empurrei Jamie de leve para afastá-lo, e fui até o corredor do prédio e segurei Helders pelo braço.
- Não... – Ouvi a porta ser fechada atrás de nós, mas Jamie não estava chateado. Eu não precisava olhar para trás para saber que ele ainda sorria com aquele sorriso de homem idiota. De uma forma maravilhosamente sexy, e ao mesmo tempo nojenta. Era inacreditável, eu não sabia como ele conseguia, eu não o amava, nem a Matt, mas por que eu tinha aquela sensação de que meu coração estava partido?
Aqueça sensação ridícula que eu não sentia desde que eu tinha 21 anos, quando cheguei a casa em que eu morava com Joe em Los Angeles depois de uma temporada na Suíça e Joe estava pegando as malas indo embora. Aquela sensação de que o peito estava vazio, e que aquele lugar estava apertado demais. E aquele sentimento ruim só piorou quando eu olhei nos olhos de Matt.
Eu me senti uma idiota.
- Vai para casa, Elle. – Foi tudo o que ele disse antes de virar as costas novamente. O peguei pelo braço de novo. Não podia o deixar ir embora
- Não posso. – Mas era claro que eu podia, mas eu queria ficar ali, com os dois, com um dos dois.
- Eu vou ligar para o Alex ou para o Nick, aí você dorme na casa de um deles.”
- O Matt está magoado com você? – Fiz que não com  a cabeça pegando a caneca de café da mão do Joe.
- Não, mas eu estou com ele. – Beberiquei um pouco do café e vi Joe dar sua levantada típica de sobrancelha. Aquela que é tão ele. Dei de ombros já sabendo a pergunta que viria em seguida:
- Por quê? – A noite fora longa demais, ele sabia daquilo. Quando eu cheguei a casa daquela noite, era meio dia, eu não havia ido a CIA e estava com olho de panda, da maquiagem borrada e da olheira. E ainda por cima havia ficado por mais 24 horas sem falar com o Joseph. Ele percebeu que eu estava mal mesmo, quando percebeu que eu havia passado dois dias inteiros no quartinho da discórdia, debaixo dos lençóis, com o ar condicionado ligado, caixas e mais caixas de bombom em volta de mim, vestindo minha camiseta de banda preferida (tamanho extragrande do No Doubt) e abraçada com meu boneco de pelúcia do Sully do filme Monstros S/A.
- Por que ele me mandou para a casa do Turner. Ele é um chato! – Dei uma ênfase no “chato” daquela maneira que só patricinhas adolescentes sabem fazer. Joe riu, ele achava incrivelmente engraçado quando eu fazia aquilo. Ele conseguiu me convencer a tomar um banho e mudar de roupa. Mas isso não significava que a depressão havia sumido, e havia colocado meu vestido brega de leiteira.
- Achei que todo mundo pagasse o maior pau por esse cara. – Comecei a rir.
- Claro! Até ficarem num apartamento de 90 m² sozinhas com ele. – Joe começou a rir e eu o abracei, percebi que ele queria me acomodar em seus braços. Deitei de costas sobre seu peitoral sentindo o quão confortável era.
- Mas, qual é o problema dele!? – Joe falava entre risadas. Olhei para cima e vi o quão fofinho ele ficava enquanto ria.
- Bem, o assunto preferido dele é “ele”. Eu estava em uma crise pessoal ali e ele só sabia falar de um quarto de hotel que ele ficou cujo número era 505, da menina que quebrou o nariz dele, de uma adolescente fluorescente que escreveu com ele, de uma parada de uma menina que parecia com outra que ele gostava. Umas coisas sem noção. – Joe ria, ele conhecia as músicas nas quais eu estava citando, obviamente achando que era tudo invenção da minha cabeça. Mas, era na verdade tudo o que Alex tinha dito para mim, de como as desilusões amorosas dele aconteceram, e de como ele havia se sentindo, se esquecendo por completo de como eu me sentia. De que era eu que estava sofrendo ali, não ele e seu topete esquisito. E como eu estava puta da vida demais para prestar atenção naquele idiota só saquei algumas coisas. Que por coincidência tinham a ver com as músicas dele. Acho que ele escrevia sobre suas frustrações.
Eu estava rindo demais quando meu celular tocou. O toque era There Is A Light That Never Goes Out dos The Smiths que ao invés de me fazer cantar (que era geralmente o efeito daquela música em mim) me fez chorar ainda mais.
- Quer que eu atenda? – Joe se ofereceu gentilmente. Ao ver meu estado desesperador sem nem sequer saber o que fazer.
- Não. Melhor não. – Quando eu puxei o celular do bolso e vi quem se tratava achei melhor respirar fundo e atender eu mesma.
- Alô? – Eu disse tentando normalizar minha voz da maior forma possível.
- Elle, desculpa. Você não respondeu minhas mensagens nesses últimos dias, eu preciso te ver, estava tão preocupado. – Era Matt.
***
Marquei com Matt numa casa de shows a noite, era um lugar discreto e longe do prédio de Jamie. Ele estava visivelmente preocupado comigo quando eu cheguei à boate onde havíamos marcado de nos encontrar. Lembrei-me de uma das minhas técnicas. “Diga-me com quem andas que te direi quem és”, em geral isso funcionava muito, os amigos da vítima diziam muito sobre a mesma. E principalmente onde elas frequentavam. Os Monkeys eram uns caras muito noturnos. Frequentavam bares e boates. Matt se levantou, ele pediu que nos encontrássemos no lounge do lugar. Era um lugar bem afastado do som ensurdecedor da boate, onde se tocava uma música eletrônica agradável. Percebi de cara que se tratava de The XX, Fiction. Uma coisa que eu sinceramente esperava de uma casa noturna britânica. Eu tinha a impressão que respirava indie e rock britânico quando eu estava na Inglaterra.
- Elle! – Matt pareceu satisfeito a me ver em minhas roupas comuns, uma saia lápis acompanhada de uma camisa de abotoar branca com as mangas dobradas acima do cotovelo. Eu não parecia uma mulher arrasada.
Da última vez que ele havia me visto eu estava chorando. Seu sorriso parecia sincero, ele parecia tão arrependido.
- Desculpa pela noite anterior eu...
– Matt, não precisa dizer absolutamente nada! – Passei minhas mãos pelo pescoço dele o puxando e o beijando.
Durante alguns segundos ele ficou sem reação, depois ele começou a reagir. Ele respondeu a meu beijo. Puxando-me pela cintura e passando a  mão livre pelos mares loiros de meu cabelo. Durante aquela tarde eu resolvi uma coisa do que eu iria fazer. Eu já estava fodida desde que aceitei o dinheiro de Katie. Já que eu tinha dois na minha mão eu resolvi testar por qual dos dois valia mais a pena.
Eu sabia que no fim daquilo tudo eu sairia completamente magoada. Mas isso não importava. O beijo de Matt estava sendo mais gostoso.
Tinha um gosto leve de cerveja, bebida na qual eu sabia que ele era um consumidor assíduo, e do seu pescoço saia um cheiro incrivelmente bom e único. Eu senti minha mão o puxar mais para peito. Eu queria Matt pela noite inteira.

5 comentários:

  1. Oh meu Deus. Ooooooooooooh!
    Eu não esperava por isso!
    Você me surprieendeu Bells, acabei de ler pela terceira vez o capítulo estou cheia de questões não definidas em mente, o que prova que você está destruindo minha vida com essa fic.
    Estou começando a acreditar que os conflitos vão se intensificar quando a Elle começar a discernir os sentimentos dela sobre Matt e Jamie. Afinal, ela gosta de algum? E se gosta, de qual? E como ela vai lidar com a questão de "How To be a Heartbreaker" do Jamie, e de ela ter que seduzí-lo, se pode vir a sentir algo por ele, ou pelo lindo do Teteus (Ah, estou shippando os dois, oh!)
    "Respirei fundo e resolvi honrar minha moral. Eu não sei o que estava acontecendo, eu estava me apaixonando." MAS POR QUEM????
    Estou adorando esses fios soltos e o mistério.
    Esse enredo é ótimo, eu realmente estou anciosa pelo próximo capítulo!!!
    Ainda mais porque "Eu queria Matt pela noite inteira." e quero muito saber o que essa noite inteira engloba. (Espero que as taradices de ontem te ajudem a elaborar um cap maravilhoso, com muuuuuuito Ellenatt!)
    E ah, me divirto com a visão da Elle sobre o Alex!!!


    Tá, acho que acabei. Haha.
    Beijos Bella, e nos dê o ar da graça com HB o mais rápido que puder!!!
    Ai, essas fics acabam comigo...

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  2. oooount i'm soooooo in love!!!!
    hahahaha ai ta lindo Heartbreaker, serio! :)
    Beijinhos!

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  3. Ai, meu dels, eu nunca ri tanto numa fic como agora! Quando a Elle falou do Alex! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Minha coisa lindaaa! Me daria bem com ele já que meu assunto preferido é Alex Turner. *-* Mas gente essa fic tá muito boa! queria que ela fizesse exatamente isso, ficasse com os dois! Aproveita que tu tá podendo escolher Monkey, mulher! Queria eu... Hahahahahahahahahahahaha

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  4. geeeente, só falta o Alex e o Nick!

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