R U Mine 16: I'm Okay without you


O sol já estava começando a aparecer quando caímos exaustos na cama pela terceira ou quarta vez na noite. Estava tão cansada física e mentalmente que os números em minha cabeça começavam a se embaralhar. Nossas respirações mesclavam-se totalmente desregulares. Meu peito subia e descia num ritmo frenético e descompassado. Alex estava deitado ao meu lado, mirando o teto. Seus braços apoiados atrás da cabeça, o suor em seu corpo o deixava ainda mais sexy, alguns fios grudados na testa devido ao suor. Sorri abobalhada Ana Clara você transou mesmo com Alex Turner.
Alex vira a cabeça para mim e ergue uma das sobrancelhas ao perceber meu olhar, eu coro até a raiz dos cabelos e desvio o olhar para o teto. Sinto ele sorrir, mas não me viro para encará-lo. Dois segundos depois ele está novamente em cima de mim. O céus é impossível que ele queira transar de novo! Pensei comigo mesma ao sentir a musculatura das minhas pernas totalmente em frangalhos, o apetite sexual dele é mesmo insaciável. Ele ri da minha cara de incredulidade e tira alguns fios colados em meu rosto devido o suor que se apossava do meu corpo, resultado do ultimo poderoso orgasmo.
__ Já vai pedir arrego? – ele pergunta divertido mordendo de leve minha bochecha.
__ Alex! – murmuro sentindo minha bochecha queimar de vergonha, ele gargalha e começa a brincar de dar leves mordidinhas em meu lábio inferior.
__ Tá certo. Estou brincando
Alex sorri, mais maliciosamente impossível e depois pisca divertido. Uma das mãos enrola a ponta dos meus cabelos que chegavam até os seios enquanto se sustentava com um dos cotovelos apoiado na cama.
__ Você devia ter me avisado que era virgem – ele murmura no meio do nada, ainda enrolando meus cabelos. Dou de ombros e respondo em seguida:
__ Isso não tem importância, pelo menos não pra mim. É um problema pra você?
Ele sorri de lado
__ De maneira alguma – sua voz trazia uma conotação maliciosa
__ Tudo bem – murmuro compreensiva, mas logo um bocejo saí da minha boca denunciando o quão exausta eu estava. Alex ri e se apoia na cabeceira da cama meio sentado meio deitado, me puxando para ele.
__ Vem, senta aqui perto de mim
Minha cabeça repousa em seu peito e nossas pernas se entrelaçam de uma maneira estranhamente confortável. Consigo ouvir seus batimentos compassados. Alex puxa o lençol com uma das mãos e nos cobre até a altura da barriga. Não sei exatamente que horas caí na inconsciência, mas sei que Alex cantarolava uma musica desconhecida bem baixinho em meu ouvido. Dormir profundamente não foi um desafio, eu estava literalmente esgotada, Alex havia me levado ao limite.
O inverno havia chegado à San Diego, não que isso provocasse bruscas mudanças. A cidade equipara-se ao Brasil no quesito clima, sol a maior parte do ano. Os termômetros marcam 59 °F, que se iguala a mais ou menos 16°C. A brisa fresca entra pela grande janela da sala, sento no sofá e me permito divagar or alguns segundos. Há exatos 4 meses ele ía embora, no começo foi difícil, não que não seja agora, ainda sinto um embrulho no estomago toda a vez que Catarina insiste em colocar o cd dos Monkeys nas alturas enquanto faxinamos a casa. Ouvir a voz dele não me faz bem, nem um pouco. Me faz lembrar do dia em que ele saiu da minha vida.
Naquele dia acordei depois das 14 horas da tarde, o sol queimava meu rosto e meus músculos protestavam à qualquer mísero movimento. Alex já não estava na cama e a julgar pelo horário com certeza estava a caminho de casa. Foi inevitável não sentir um vazio dentro de mim. Uma tristeza profunda e o medo de nunca mais vê-lo.
Após ficar embaixo do chuveiro por mais de meia hora na tentativa de relaxar a musculatura atrofiada, saio do banho com os cabelos pingando por todo o quarto e só então percebo um pedaço de papel caído no chão. Meus músculos protestam quando me abaixo para pegá-lo.
Queria poder ter tido aquela conversa. Não usamos camisinha, deixei uma grana em cima da mesa pra pílula do dia seguinte. Cuide-se, Alex.
Direto e preciso, o bilhete não trazia nenhum ponto de emoção, de envolvimento e aquilo foi o que mais me feriu. Antes tivesse ido sem deixar nada pra trás.
Estúpido. Aos Infernos você e seu dinheiro Alex Turner!
Amasso o bilhete em minhas mãos e o jogo pela janela em seguida. Visto algo confortável e vou até a cozinha procurando algo pra comer. A camisa que eu usara na noite anterior se encontrava jogada no chão perto do fogão, suspirei alto e encarei a peça por algum tempo. Senti um frio percorrer minha barriga ao me lembrar do momento em que foi tirada pelas mãos dele enquanto nos atracávamos em um beijo selvagem.
__ Vai ficar aí parada até quando? – Catarina aparece do nada ao meu lado e eu volto à realidade – O que sua camisa está fazendo aqui?
__ Não sei – dou de ombros sem demostrar importância – Quer pra você? - Não suportaria vesti-la, não suportaria olhá-la novamente.
__ Eu não
__ Ótimo, vou fazê-la de pano de chão então – digo enquanto pego a geleia da geladeira.
No fim da tarde fui até a farmácia mais próxima atrás da tal pílula, mesmo não estando em meu período fértil eu não poderia arriscar uma gravidez. No caminho doei o dinheiro que ele deixara pra um pedinte na rua, eu ainda carregava meu orgulho.
Uma semana depois durante uma pesquisa escolar na internet me pego digitando o nome dele no Google. Foi involuntário e extremamente estúpido, mas serviu para superá-lo e ser o que sou hoje. Dentre as inúmeras imagens uma me chamou a atenção. Era a chegada da banda na semana anterior ao aeroporto britânico. A foto consistia num Alex sendo muito bem recepcionado pela namorada, um abraço aperado e um beijo. Pareciam dois pombinhos apaixonados. A cena me fez cair na realidade, era obvio que ele só queria sexo comigo, um step para suprir a ausência da namorada.
Depois daquela foto me empenhei na tarefa de esquecê-lo. Venho fazendo o possível e o impossível, mas Alex continua a aparecer em meus sonhos como um fantasma em minha cabeça. Daniel e Catarina perceberam o quanto eu estava diferente, mas optaram abusar do silencio que lhes cabe ao passo que me empenho na simples tarefa de não parecer uma autista de vez em quando.
Eu continuava a mesma por fora: ir a escola, ao trabalho, rir de piadas, ir ao cinema, ouvir musica, mas nada disso vinha com espontaneidade. Eu não era a mesma, minha vida se dividia entre antes e depois de Alex Turner.
Se vcs estiverem com raivinha do Alex delicia é só olhar pra isso:
http://24.media.tumblr.com/tumblr_m7wwbcd9uo1r5y0q0o1_500.gif

3 comentários:

  1. Que lindo esse gif! Morri

    ResponderExcluir
  2. MORRI !!! Vou ter um treco aqui!! :p estou muito doida, o "Clara" da personagem Ana Clara e o "Clara" do meu nome...Não consigo não rir quando leio esse nome agora!!!

    ResponderExcluir
  3. Estou lendo pela 1457931 vez e ainda sinto frio na barriga.

    ResponderExcluir

Não precisa estar logado em lugar nenhum para comentar, basta selecionar a opção "NOME/URL" e postar somente com seu nome!


Se você leu o capitulo e gostou, comente para que as autoras atualizem a fic ainda mais rápido! Nos sentimos extremamente impulsionadas a escrever quando recebemos um comentário pertinente. Críticas construtivas, sugestões e elogios são sempre bem vindos! :)