Now then, Mardy Bum 13: Is that a promise or a threat?


Dá pra sentir nostalgia de algo que ainda está lá? Enquanto tento sair da posição constrangedor que me encontro (quem disse que Yoga era um exercício revigorante e divertido é uma cobra maliciosa), percebo que sinto falta de Jesse, Pablo e meus amigos. Ao longo dessas duas semanas com os Monkeys, tive pouco tempo para eles e até para mim.
As coisas ainda estão um pouco estranhas com Jesse, apesar da “investida” parecer ter acontecido há milhões de anos. Na verdade, o tempo parece passar muito mais depressa agora que tenho algo interessante entre meus dias. Continuo marcando entrevistas e dando um jeito de colocá-los em shows de bandas pequenas e alternativas sem que sejam descobertos – Não é tão fácil, já que Matt tem ficado bêbado mais do que deveria na maioria deles – pelas fãs. Eles são reconhecidos por três ou mais pessoas, mas acabo subornando eles com autógrafos e fotos rápidos para que não façam tanto alarde.
É engraçado como me acostumei a presença deles. Como parecem moleques que fazem musica ao invés de astros do rock, agora. Meses atrás talvez eu tivesse no lugar de muito desses fãs, não posso negar, ao pedir para que assinassem algo. Eles não eram exatamente minha banda favorita, mas eu respeitava a musica que faziam. Claro que isso era antes daquela noite no Hard Rock ou em todas as outras que se seguiam e Alex continuava me provocando.
Saio da ducha e desembaraço meus cabelos com os dedos, enquanto me enrolo num grande roupão macio de Pablo. Ele provavelmente ficaria meio puto em saber que estou usando sua roupa mais cara, mas desde que ele não saiba, estou salva. Ouço a campainha toca e me desespero por meio segundo pensando que é ele, mas ao olhar o relógio me dou conta que ele saiu há certa de cinquenta minutos para as gravações daquela peça de teatro e que é provavelmente dona Lucia ou o carteiro.
— Cheguei numa hora ruim? — Jesse pergunta dando um grande sorriso de Golden Retriever.
É impossível não acompanhar o riso quando o cara é totalmente gostoso e parece um filhote. Abro a porta um pouco mais e indico que ele pode entrar. Ele senta no sofá sem cerimônia e eu quase me esqueço de como nós éramos bons amigos antes deu me tornar assistente dos garotos.
— Ei! Senti sua falta! — digo olhando por cima do ombro, fechando a porta e caminhando para sentar no braço do sofá. Sim, somos amigos, mas não dá para esquecer 100% que ele estava interessado. Não é que tenha me surpreendido... Digo, ele ter insinuado algo a mais, pela maneira costumávamos flertar e brincar durante aquelas madrugadas sozinhas.
— Bom, eu também. É justamente por isso que vim aqui hoje. Você tá sabendo desse festival que tá rolando aqui hoje e tem algumas bandas que você gosta, então vim ver se queria ir... comigo. —ele estende dois ingressos meio dobrados em sua mão, de maneira casual, mas cautelosa. É bonitinho como ele parece estar nervoso.
Os garotos vão tocar nesse festival. É a razão de terem vindo para cá, na verdade. Tinha também aquele lance sobre Matt e Nick querendo abrir um bar com Andy – ex baixista da banda - ou algo assim; Matt está constantemente procurando projetos “fora da banda” e eu acho legal. A garota com quem Jamie está atualmente envolvido veio passar alguns dias aqui e eles acabaram ficando num quarto de hotel sozinhos, pelo que Nick me contou.
— É, claro. Quero dizer: porque não?
— Essa é a animação que eu estava procurando, obrigada Olly. — Jesse brinca, dando um soquinho na minha perna. Nós dois rimos, mas a mão dele fica pousada na minha coxa por tempo demais. Aí ele coça a garganta e a retira, dando uma olhada na sala.
— Uau. Você fez isso aqui sozinha?
Na verdade, não.
— Mais ou menos. — não é exatamente mentira. Eu fiz uma parte da pintura, certo?
Seus olhos percorrem as paredes e o novo lugar dos móveis que Pablo e eu mudamos; Jesse costumava vir aqui o tempo todo para jogar cartas com a gente e ele sabe onde exatamente costumava estar, mas parece apreciar a mudança. Seus dedos percorrem distraidamente toda a extensão da bancada que separa a cozinha da sala e vai para a parede adjacente. Flashs de uma Olivia espremida entre o corpo de Alex me veem a mente eu fico ansiosa e mordo o lábio inferior, com medo de estar corando.
Nós conversamos pelo resto da tarde e Jesse só vai embora para se arrumar, mas avisa que volte em uma hora ou duas para me pegar. Pablo chega acompanhado de um cara igualmente bonitão, apesar de parecer que carrega o elenco de Glee inteiro dentro de si. Levanto as sobrancelhas e mostro o polegar positivo antes dele entrar no quarto entre sorrisos e beijos. Pelo menos alguém vai se dar bem hoje a noite...
O lugar está lotado. E por lotado eu quero dizer tão cheio de gente que não conseguimos ver a entrada e passamos pelo menos cinquenta minutos numa fila que no final das contas nem existia. As pessoas simplesmente começaram a se amontoar umas atrás das outras e nós demoramos quase uma hora para perceber. Felizmente, durante esse tempo todo, bebemos algumas cervejas e conversamos.
O ingresso dele não era na pista, então ficaríamos num lugar onde gente suada não se esfregaria contra nossos corpo. Obviamente, porque não havia mais nada para dar errado, o segurança disse que nossa área já estava lotada, mesmo que Jesse tenha pagado o dobro por aquele local. Ele ficou visivelmente desapontado, porque além de uma das suas bandas favoritas tocar em menos de meia hora, queria impressionar.
Então eu disse que precisava ir ao banheiro, me afastei e liguei para Alex.Ele demora quase seis toques para atender e preciso forçar o aparelho na orelha para ouvir sua voz (o sotaque carregado ainda mexe comigo) meio bêbada, mas aparentemente feliz me cumprimentar.
— Hello, stranger.
— Preciso de um favor.
— Nada de “como vai, Alex? Senti sua falta. Quer transar?”
— Há – há. Muito engraçado. — ele ri do outro lado da linha e eu dou um pequeno sorriso. — Tô do lado de fora do festival e não consegui entrar na área mais reservada está lotada. Odeio fazer isso, mas tem alguma chance de você nos tirar dessa?
— Ora, ora, ora... Então a Olivia está pedindo a minha ajuda. Hum. —ele finge ponderar. — Eu não sei. O que ganho em troca?
— Um chute no saco é que não vai ser e você devia se contentar com isso.
— Ouch. Não é essa a visão que tenho quando imagino você em contato com minhas bolas.
Rolo os olhos, mesmo que ele não consiga ver.
— Vai ajudar ou não?
— Vou mandar alguém aí. — e então desliga.
Volto para a fila como se estivesse no banheiro químico o tempo todo e ficamos na fila, mesmo que o segurança tenha destruído nossas esperanças de entrar. Em quinze minutos, alguém que trabalha nos bastidores libera nossa passagem e Jesse me lança um outro sorriso de Golden Retriever. O carinha parece atarefado e estressado, mas indica não só a área que Jesse e eu tínhamos direito, mas autoriza a minha entrada no camarim.
Jesse está confuso e parece irritado, mas quando digo que provavelmente tem algo a ver com algo que eles querem, ele compreende. Sigo o cara por corredores infindáveis até chegar em uma porta com o nome “Arctic Monkeys” na porta. Hesito antes de bater e assim que o faço, Alex atende com os olhos vermelhos.
— Yesssssss?
— O cara dos bastidores disse que você queria me ver. —passo os dedos pelo cós do jeans. — Olha! Finalmente pode dizer que gosta das minhas calças, Turner.
Ele ri. — Mas elas estão cobrindo suas coxas, o que há de bonito nisso?!
— Você tá um pouco bêbado... — digo cruzando os braços no peito.
— Isso não torna a ultima sentença menos verdadeira.
Estico o pescoço para o lado, olho para dentro e não vejo Matt, Nick ou Jamie. Ele segue meu olhar e aponta com o polegar para o final do corredor. — Checagem de som.
Nós nos encaramos. Ele está usando uma camisa branca do The Horrors e está um pouco suado. Está realmente quente, mas não consigo ter certeza se estava quente a tarde inteira ou só ficou agora...
— Gostei da camiseta. — Turner estende os dedos e brinca com a alça fina da minha camiseta preta do The Strokes. A banda é uma das minhas favoritas e sei que foi uma das maiores influencias para os Monkeys quando começaram a fazer musica. A blusa também é bonitinha, confortável e fresca.
Por alguma razão, não tiro a mão dele da minha clavícula. Logo ele sobe os dedos pela pele sensível do meu pescoço e sem hesitar, deposita um beijo molhado, mas delicado. Fecho os olhos e fecho a mão direita na base da sua camisa, num reflexo. Ele me move gentilmente para trás e fecha a porta do camarim.
Okay, acho que eu já fiz comentários sobre o desempenho de Alex com beijos, mas deixa eu dizer mais uma coisa: a maneira como ele move os lábios contra os meus fazem minha pélvis se levantar por reflexo. Sua mão continua presa a minha nuca, como se ele tivesse receoso que eu fosse quebrar o contato com sua própria boca a qualquer momento. Quase sussurro, relaxa, eu não vou a lugar algum depois disso, mas é excitante a maneira como não quer me soltar.
O lugar tem ar condicionado e graças aos céus é refrescante porque parece que nossos corpos foram cobertos com uma enorme onda de calor que não pretende nos deixar. A excitação dele cresce ao ponto de que posso senti-la contra o cós do meu jeans e aperto os músculos modestos de seus braços com força, provavelmente deixando grandes arranhões pelo bíceps. Suas mãos escorregam agilmente para dentro da minha blusa e a maneira como ele sobe e acaricia meus seios me faz arfar. Aí eu percebo que não tenho mais controle nenhum sobre meus atos...
A outra mão desliza para minha bunda e ele aperta com convicção e desejo. Me ponho a beijar seu pescoço e assim que ele toca meu mamilo por baixo do sutiã, mordo seu lóbulo com um pouco mais de força que deveria. Ele ri, me olhando com as orbes negras e indecifráveis.
— É uma deliciosa surpresa descobrir que a adorável Olivia é selvagem assim...
Ele é o unico cara que consegue dizer "deliciosa surpresa" e ainda soar másculo. Brinco com o cós de sua calça, enquanto sua mão abre habilmente o primeiro botão do meu jeans. O beijo recomeça, mas a superfície de madeira na qual estamos encostados treme com três batidas. “Shhhh” ele faz com os dedos. Batidas mais fortes fazem eu romper numa risadinha nervosa e logo Matt diz que sabe que ele está aqui e que é a hora do show. Alex parece tão frustrado quanto excitado e algo em sua expressão me aquece por dentro. Ele grita que já vai sair em resposta e passa as mãos pelo rosto.
Fecho o botão da minha calça e passo as mãos nos cabelos.
— Espero que saiba que isso não está nem perto de terminar...
Acompanho o sorriso sexy que ele me lança. — É uma promessa ou ameaça?
— Depende de como se comportar. Se você for uma boa menina, serei bonzinho com você. Mas se for má...

Um comentário:

  1. — Espero que saiba que isso não está nem perto de terminar...
    Acompanho o sorriso sexy que ele me lança. — É uma promessa ou ameaça?
    — Depende de como se comportar. Se você for uma boa menina, serei bonzinho com você. Mas se for má...

    SEJA MÁ, OLIVIA! Hahaha
    Essas cenas quentes...aiai, cadê meu Alex Turner, Senhor!? ><

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