Heartbreaker 4: Heart Of Glass


“Regra número 2, apenas não se apegue a alguém que você pode perder”


Tive uma ideia melhor para aquela noite. Levei numa mochila uma muda de roupa na academia mesmo. Marquei com Jamie num bar aberto que ficava perto do Picadilly Circus. Era um bar bem apessoado e a temática foi escolhida de acordo com quem eu iria encontrar. Era um bar de rock. Um monte de guitarras, logos de bandas. Fiquei com a impressão que ele se sentiria bem à vontade.
E quando cheguei tive certeza daquilo, ele estava me esperando encostado no balcão que ficava no centro do bar. Vestia um sobretudo perto e um jeans. Realmente fazia frio naquela noite. Mas isso não o deixava feio, muito pelo contrário. Ele ficava melhor. Ele estava olhando para baixo e mexendo a mão ao som de Jailhouse Rock do Elvis, não sei por que, mas escutar aquela música me fez lembrar You & I música da banda dele, a forma que aquela guitarra era tocada, mesmo sabendo que o solo era do Richard... E aquilo me levou a imaginar-me na cama com Jamie, por um momento aquele pensamento pervertido me pareceu completamente delicioso.
- Jamie Robert Cook. – Eu disse seu nome completo ele se virou para o lado com rapidez, eu estava ao lado dele, ele deixou escapar aquela olhada pervertida novamente, meu corpo se cobriu em arrepios.
- Eleanor. - O mesmo tom sexy e baixo. Meu nome era algo que derretia em seus lábios como chocolate. Meu nome não precisava ser dito com um tom alto. Naquela noite eu era dele. - É bom te ver de novo. – A voz dele era algo incrível, a forma que ele dizia era como se ele estivesse me segurando pelos pulsos e estivesse posicionado atrás de mim falando ao meu ouvido para que só eu pudesse escutar. Jamie era irresistível. Ele era diferente de todos que vieram antes.
Sorri. Era maravilhoso vê-lo novamente também. Mexi nos cabelos. Cada movimento era um sinal. E parecia que ele percebia. Às vezes eu achava que não poderia fazer nada. Ele simplesmente lia minhas intenções.
Jamie não se sentou comigo no balcão ele me pegou pela cintura e me levou até uma mesa de dois lugares afastada do resto do bar. Ele fez o que seria de praxe, puxou a cadeira para mim e foi até o outro lado se sentar.
- Como foi seu dia? Aliás, como é o dia de um guitarrista tão legal como você? – Ao dizer aquilo eu esperava que Jamie ficasse vermelho igual a um pimentão, por que era o que ele fazia na época que eu acompanhava a banda. Mas ao contrário disso ele deu um sorriso aberto e fez um movimento de desdém com a mão enquanto uma garçonete morena e peituda parava a nosso lado. Acho que aquilo o fez parar o que ele ia falar. Na verdade ele só fez isso por que ela disse algo, pois seus olhos estavam presos nos meus.
- O que vão querer? – Ela disse, olhei para cima e ela tinha os olhos presos em Jamie. Que sinceramente, nem estava aí para ela e para seus peitos enormes.
- Quero uma cerveja, Stella Artrois, por favor. Elle? – Olhei para ele novamente e percebi que o olhar dele estava olhando para mim com a sobrancelha levantada, como se minha escolha de bebida fosse determinar algo importante.
- A mesma coisa. – Ela sorriu anotou na caderneta e se afastou com um olhar frustrado, comemorei internamente. Ou Jamie estava fingindo ou ele era todo meu.
Não demorou muito tempo para que Cookie e sua maravilhosa voz e sotaque de Sheffield voltasse.
- Então, eu praticamente toco guitarra o dia inteiro. Olha só meus dedos. – E então ele tirou a mão esquerda de debaixo da mesa e me mostrou os dedos, o anelar estava com uma bolha enorme e o indicador estava com a ponta meio roxinha. – Pode encostar. – Ele me olhou com aquele mesmo olhar da hora da cerveja, ele estava me desafiando a tocá-lo, ele sabia que eu queria. E então eu toquei sem hesitar. Passei meus dedos pela ponta de todos os dedos. Eram meio durinhos, ele tinha calos internos, e pareciam bem maltratados. Apertei o dedo indicador, aquilo pareceu incomodá-lo, algo demonstrava que ele estava tocando antes de vir me encontrar.
- Doeu? – Perguntei olhando para cima com uma cara de quem estava com medo, ou receosa de algo. Ele fez com os dentes como se tivesse rosnando e então percebi que havia realmente incomodado. Aproximei-me lentamente e dei um beijinho na ponta do dedo. – Vai melhorar. – E sorri, eu simplesmente. Como se eu não tivesse feito nada demais. Ele pareceu surpreendido. Eu havia feito como minha mãe fazia comigo quando eu me machucava (e eu vivia fazendo isso). Eu ainda estava segurando sua mão quando a garçonete voltou com duas garrafas de cerveja e abriu as duas com um abridor de garrafas. Ela ainda ficava encarando Jamie, mas dessa vez ainda mais frustrada percebendo que eu segurava as mãos deles, mais precisamente os dedos. Ele tinha uma garrafa de cerveja gelada na frente dele e ele simplesmente não se mexeu em direção a elas. Ele apenas me olhou nos olhos com aqueles olhos azuis chocados.
Resolvi quebrar o gelo.
- Que legal, eu não fiz muita coisa. Fiquei trancada no meu apartamento. – Ele fez um sinal positivo com a cabeça.
- Trabalha? – Neguei com a cabeça, enquanto encolhia minha mão direita e colocava a esquerda na garrafa gelada, ele fez o mesmo. Eu estava mentindo, mas é claro que eu trabalhava. Mas como eu não estava fazendo absolutamente nada na CIA eu poderia pedir para ficar em alerta. Se acontecesse algo era só me chamarem. Além disso, minha intuição era algo muito confiável e ela dizia que eu tinha chances de alguma coisa dizendo que não trabalhava. – É uma pena... Ei, a gente não está em turnê agora, mas em um mês vamos estar. Se você ainda estiver por aqui na Inglaterra, você poderia ser um quebra-galho, quem sabe...  – Acenei positivamente e sorri colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
- Eu vou adorar! Tenho muita curiosidade para saber como é esse negócio de vida de músico. – Ele sorriu de um jeito especial. E me olhou de uma maneira especial.
- Trabalhava com o que nos Estados Unidos?
- Eu trabalhava numa loja de discos.
Menti de novo, eu era boa nisso, muito boa. E ele acreditou, ele acreditou tipo, de verdade. Ele sorriu de uma maneira linda, ele parecia achar aquilo o máximo, eu queria que ele acreditasse que eu era aquelas mulheres viciadas em música
- Você falou que gosta dessa coisa de músico né? – Acenei positivamente com a cabeça enquanto virava uma dose da cerveja.
- Aham. Eu adoro. – Eu disse dando ênfase na parte que eu dizia que “eu adorava” “essa coisa de músico”, eu queria deixar bem claro.
- Quer conhecer meu apartamento? Lá você pode conhecer mais sobre isso.
- Quero.

2 comentários:

  1. gente comassim? que casal raaapido! adorandoooo

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  2. Seu apartamento, seu carro, seu estudio, sua cama...quero conhecer TUDO sobre você Jamie (6' kkkkk
    Essa fic é demaaaaaais!
    #greatdone Bellusca, xxxx.

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