Heartbreaker 1: Mercy

N/A: Vocês pediram, imploraram, falaram que ia ser bom, e aqui está *----*, até eu mesma tô achando estranho o fato de eu estar escrevendo rápido. 




Oi, meu nome é Eleanor White. E eu sei que essa não é uma forma muito legal de começar uma história, mas, antes de tudo eu peço de coração, que não confiem em mim. Não confiem em uma palavra que eu disser, mesmo que eu esteja olhando em seus olhos. Não confie em mim para contar um segredo também. Eu não vou guardar nem se me pagasse (principalmente quando o assunto é sexo). Mas, eu estou aqui numa forma de confissão, é, uma confissão na verdade.
Devia ser em torno de duas da tarde, eu estava pronta, mais do que pronta, aliás, para sair da estação de treinamento da CIA, eu era claramente uma americana de sangue inglês e por mais que meu sotaque fosse da terra do tio Sam, tanto meu nome e meu sobrenome eram da terra da rainha. Meu enorme cabelo loiro estava preso e ainda dentro daquele boné enorme com as escrituras “FBI” bordada em amarelo, eu só estava passando um curto tempo na Inglaterra. Eu era uma mulher bonita demais para trabalhos mais pesados, bem, foi isso que disseram para mim. Então... Sabe a Bondgirl? Aquela mulher que fica do lado do James Bond nos filmes do 007? Eu era tipo isso, só que eu era meio que uma isca. O FBI me jogava para os caras, eu seduzia, e com a minha ajuda prendiam os bandidos mais mulherengos. Eu era meio que uma destruidora de corações profissional. O próprio sofrimento do cara por ter sido usado, abandonado e tudo mais já era uma forma de tortura da FBI, legal né?
Então, tudo o que eu estava fazendo na Inglaterra era um estágio, meio que um treinamento, eu estava sob alerta, afinal a CIA estava precisando de uma mulher de sangue britânico com tão bom treinamento quanto eu para atacar a máfia italiana (esse era meio que o plano deles), mas fora isso, eu estava indo para o centro de treinamento e voltando cedo todos os dias. Minha vida estava tediosa, quero dizer, eu acreditava que estava tediosa. Até que meu celular tocou. Ele estava no bolso do jeans surrado e sujo que eu usava, a chamada era desconhecida, fiquei achando que era um dos chefões do FBI até atender
- Alô? – atendi, fazendo uma voz um pouco mais grossa e séria do que ela seria normalmente, e me surpreendi quando não era um homem que atendeu a linha do outro lado, e sim uma mulher.
- Eleanor White? – Comecei a imaginar que fosse algo como um golpe, e comecei a me preparar para aquilo, embora eu nunca usasse meus nomes de verdade em minhas missões.
- Ela, mesma. Quem é? – Uma forma de defesa completamente arcaica. Eu me senti parecendo com a minha avó atendendo ao telefone. Eu tinha um tato especial para lidar com homens, mas absolutamente nenhum para lidar com outras mulheres.
- Oi, meu nome é Kate, preciso de uma ajuda que só você pode me dar, vou te passar uma mensagem com meu endereço e o número do meu celular. Encontre-me em quinze minutos, por favor, não falte. Eu pago bem. – E a mulher simplesmente desligou. Fiquei ali, parada olhando para a tela do celular igual uma idiota, esperando um sinal divino. Olhei para o enorme campo que eu estava cheio de agentes andando de um lado para o outro, todos da CIA, menos eu e mais outros dois caras.
Achei que o melhor era andar até o carro, como eu estava fazendo há minutos atrás, antes de aquela Kate maluca me ligar.
Coloquei o celular de volta no bolso e segurei o pé de forma mais firme, por mais que tivessem vários carros passando por mim, e várias pessoas passando ao meu lado falando em seus radinhos, eu conseguia ouvir os passos do meu coturno. Meu carro não estava muito longe, era uma Ferrari, era um carro que eu usava em muitas das minhas missões, e fora cedido a mim pela FBI. Eu era tão apegada ao carro que não sosseguei até ele chegar à Inglaterra. Busquei a chave no meu bolso. O chaveiro brilhante dos Beatles reluziu assim que eu tirei do bolso e me senti mais confiante ao lembrar que quando eu abrisse o carro eu teria em torno de alguns minutos escutando meus CDs preferidos até chegar a Londres.
Todo aquele pensamento bom e positivo sumiu assim que eu fiquei com curiosidade de olhar meu celular, minha mão coçou e se moveu por si própria até aquele maldito bolso largo do jeans boyfriend que eu usava. Puxei e apertei o botão de desbloquear. O número “1” e o desenho de um envelope estavam ali. Havia uma mensagem, realmente havia uma mensagem.
Arrastei meu dedo sobre a tela abrindo justamente na mensagem, dessa vez a pessoa havia se identificado. O endereço era de uma rua que era conhecida por ter flats pequenos onde modelos e atrizes iniciantes costumavam a morar ou alugar. Comecei a ficar com medo daquilo achando que fosse uma espécie de golpe.
Por um momento fiquei parada observando aquele ambiente segurando no volante do meu carro com medo do que poderia acontecer, senti minha mão suar contra o volante de couro. Segundo a tal Kate eu tinha quinze minutos.
Se era ação que eu queria, se a minha vida estava monótona eu deveria ir lá e descobrir o que era. Estava faltando um pouco de ação. Busquei na minha coleção de CDs algo forte e impactante, que me ajudasse a correr em alta velocidade numa estrada possivelmente vazia. Até que encontrei uma seleção de uma banda punk desconhecida que eu adorava chamada Civet. Coloquei na primeira faixa, “Alibis”, não me importei muito se liguei o rádio alto demais, só apertei o acelerador, dei a marcha e saí da vaga apertada que meu carro estava entre dois jipes pretos enormes, o caminho para a estrada estava livre, acelerei até meu carro até que desse 120 km/h, com aquela velocidade eu chegaria em Londres em sete minutos, metade do tempo, o que me daria espaço para procurar o endereço da tal Kate.
Era uma segunda feira de verão, meio-dia, estava um calor desgraçado na estrada, eu não vira nenhum carro enquanto atravessava a mesma. Enquanto eu cortava a estrada em uma velocidade perigosa escutando um punk violento eu me sentia jogando Need For Speed (o que era algo até engraçado para mim, que nunca fora muito boa jogadora). Fui obrigada a rir, e assim que li as palavras numa placa: “Você está chegando aos limites urbanos de Londres” abaixei a velocidade sentindo o ar gelado e chuvoso da cidade me embriagar, eu teria que ir para lá de qualquer maneira mesmo.
Mas não dessa maneira, eu esperava colocar Game Of Love do Santana, e sair cantando alto, andando a pelo menos 90 km/h.
Assim que passei pela Rua do Parlamento e entrei na rua que me levaria ao bairro onde aquela mulher morava comecei a me preparar para tal “missão”, tirei o boné do FBI, e procurei o colete branco para colocar por cima do brasão da academia enquanto eu estivesse lá, se perguntassem se eu era da organização tudo o que eu faria era negar. Olhei no celular novamente e percebi que eu já havia passado da casa onde a mulher morava, era o primeiro prédio da rua. E eu achava ainda faltavam duas ruas.
Estacionei o carro na primeira vaga que vi, desliguei o som, que ainda estava ensurdecedor, peguei minha bolsa e tranquei o quarto começando a me dirigir ao prédio, que estava há uma distancia de outros cinco prédios, a distancia do meu veículo ao lugar que eu deveria ir era uma forma de prevenção, eu poderia distrair a pessoa com mais facilidade se fizesse isso.
Na minha bolsa tinha tudo o que eu precisava em locais colocados estrategicamente para em caso de emergência. Eu tinha uma pistola, um canivete suíço e uma arma de choque. Abri o celular me certificando do endereço, o prédio estava aberto e não tinha porteiro, a tal mulher morava no 202  segundo a mensagem. Tanto a escada quanto o elevador pareciam perigosos, mas, o elevador tinha espelho, e isso facilitava minha ação, se alguém chegasse por trás eu golpearia na barriga.
A todo momento eu pensava em estratégias, era sempre assim quando eu entrava em pânico, ou ficava em alerta sobre algo. Tudo para mim era motivo para ficar em alerta.
Entrei no elevador e apertei o número “2”, fiquei de costas olhando para o espelho, mesmo que não tivesse ninguém além de mim ali. Respirei fundo quando a porta se abriu, eram dois apartamentos por andar. Assim que avistei a porta branca com os números “202” impressos, apertei a campainha e segurei a bolsa com força. Se alguém quisesse me atacar eu teria que abrir a bolsa rápido, e com isso eu estava acostumada. Eu tinha tanto medo das coisas ao meu redor, e isso me assustava um pouco. A porta se abriu com rapidez.
- Eleanor! – A mulher que ali estava era uma moça morena de cabelos ondulados caindo sobre o rosto, na boca um batom roxo e um sorriso um tanto quanto maldoso.
- Sim, Kate, não é? – Comecei a dizer um pouco incomodada, eu não era o tipo de pessoa que tinha muitas amigas mulheres, eu tinha muitos amigos homens para dizer a verdade.
- Sim, que bom que você veio, quanto que você cobra por serviços pessoais? – “Serviços pessoais”!? Mas, do que essa mulher estava falando? Virei minha cabeça para o lado e ergui uma das sobrancelhas em dúvida. – Eu soube que você seduzia caras na FBI, você poderia seduzir um cara e quebrar o coração dele para mim?  - naquele momento fiquei olhando incrédula para a mulher que estava ali, parada apoiada na porta esperando uma resposta, seduzir um cara... Assim... Do nada? Por... Ah, então por isso que ela havia dito “pago bem”.
- Que tipo de cara? Ele é criminoso? Por que eu deveria fazer isso? – Se tinha uma coisa que eu era boa era fazer interrogatórios.
- Um carinha famoso. Claro que ele não é criminoso! Ué, você poderia fazer isso porque eu vou te pagar bem. – Ela abriu um sorriso cínico e eu vi que, seja lá a forma que ela tenha me descoberto, não valia um segundo sequer do meu precioso tempo.
- Desculpa, Kate, eu não faço esse tipo de serviço. – E eu simplesmente virei as costas, por mais divertido que possa soar aquilo, eu tinha que negar, não era ético. Aquela mulher deveria ser uma modelo patricinha querendo se vingar de seu namorado, possivelmente um cantor de pop famoso.
- Eu pago, sério, você não vai se arrepender. – “Você não vai se arrepender” essas palavras eram claros desafios para mim, como se a pessoa estivesse duvidando do que eu acreditava. Virei-me sentindo meus enormes cabelos loiros baterem e olhei para menina em dúvida.
- Quem é o cara?
- Jamie Cook, ele toca guitarra numa banda chamada Arctic Monkeys. – E naquela hora eu simplesmente não quis saber de mais nada. Eu aceitei a proposta.

10 comentários:

  1. Amei o capítulo! Estou doida para ler mais, heheheheh :-)

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  2. Adorei a Eleonor, alem de nome bonito, corpo bonito, gosto musical, carro e profissão foda... tem uma personalidade irreverente!
    Estou ansiosa por mais *W*

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    1. Aaah a Eleanor é diva! HASHHUASUH Já já sai capítulo novo

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  3. Posso dar umas dicas?? Aumenta a letra, ta muito pequena aqui... da dor de cabeça de ler. dito isso eu gostei do capitulo e to indo ler o proximo! :3

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    1. Isso acontece pq quando eu passo do word para o blog ele salva as configurações de fonte =s.

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  4. Amei o cap :3
    Aiaiaiai Jamie *-*
    Bjo,Manu!

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  5. voce escreve muito bem! :) gostei e vou ler os outros! beijos

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  6. São exatos 0:35 e cá estou eu relendo HB, you should love me, bitch u.u
    Tô lendo a fanfic inteira só pra chegar naquela parte que você ja sabe qual ;) haha
    Muito bem escrito, e essa história é legal, Bella #greatdone!

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