R U Mine 01: Cinismo/Bar

Enfim  eu estava pronta pra fechar o bar, depois de limpar o balcão e jogar as ultimas garrafas de cerveja fora. Não se ouvia barulho algum além de funcionários limpando o palco no qual Foo figthers estivera há pouco tempo. Aliás, só por isso aceitei o emprego de garçonete e ajudante no evento, pra poder ver minha banda favorita de pertinho. O Bar ficava ao lado da pista Premium, o que me dava uma visão privilegiada do palco, e de quebra, acesso ao camarim na hora de reabastecer o frigobar. Não preciso dizer que quase surtei ao entrar no camarim deles, pena que não estavam lá. 

Meus olhos estavam cansados, quase se fechando devido ao sono e cansaço, e meus músculos latejavam de tantas caixas e engradados de bebida que carreguei o dia e a noite toda.

— Moça, me vê uma garrafa de cerveja - ouvi uma voz arrogante claramente embriagada carregada em um sotaque britânico  . Respirei fundo, a irritação já estava a flor da pele, o show havia acabado a quase uma hora e esses bêbados ainda aqui pra encher o saco?
— Tá fechado — respondi ríspida sem nem mesmo me dar o trabalho de levantar o olhar da louça pra olhá-lo.
— Ah qual, é quebra essa pra mim? — ele se aproximou jogando seu bafo de nicotina em cima de mim e então fui obrigada a olhá-lo. 
Não posso negar que era lindo, dono de uma rosto másculo e de traços bem definidos. Usava uma jaqueta de couro preta, cabelo preto arrumado em gel dos lados e um topete ligeiramente bagunçado, mantinha um sorriso débil nos lábios e olhos incrivelmente negros como petróleo me encaravam. Perdi a fala tamanha a beleza do desconhecido.
— Já disse que está fechado — respondi grosseiramente e logo depois suspirei emburrada.
— Cara, é só uma cerveja — ele enfatizou fazendo o número um com o dedo. Esse com certeza tinha fumado umas.
— E eu já disse que o bar está fechado — respondi largando o pano de prato no balcão com força desnecessária, mas que pareceu um ótimo apetrecho teatral na hora.
— Você sabe quem eu sou, mocinha?— ele murmurou debilmente e visivelmente drogado. Ótimo, mais um filhinho de papai querendo pagar de bonzão hoje.
— Olha aqui cara, eu não tô nem aí pra quem você é ou deixou de ser. O bar já fechou, o show acabou e se você quiser algo vá procurar fora daqui.
O homem continuou a me encarar por alguns segundos, o raciocínio comprometido pelas drogas. E logo após colocou as mãos pra cima em sinal de rendição.
— O-Ok  senhorita — murmurou ao se levantar do banco, não sem antes cambalear um pouco — Mas que fique claro que UMA cerveja, uminha não faria sua mão cheia de calos cair.

Olhei para ele abismada. Como assim mão cheia de calos? Tudo bem que elas estavam um pouco mal tratadas devido ao trabalho de hoje e que eu não piso em uma manicure a meses, mas não tem calo nenhum aqui -pensei enquanto as avaliava. Quando levantei o olhar novamente, pronta para proferir-lhe os piores palavrões, ele já estava no meio do caminho de volta para a área restrita. 

Maldito!

No dia seguinte acordei bem cedo e desmontei a barraca em que havia dormido nos últimos dois dias. Minha melhor amiga também havia embarcado nessa loucura, só que ela trabalhava na organização do evento.
— Ain é hoje é hoje! — murmurou dando pulinhos de felicidade logo ao acordar.
— Eu tô com dor de cabeça, não grita no meu ouvido.
— Eu vou ver eles hoje! Hoje tem Arctic Monkeys!
— Legal — murmurei enquanto passava a mão no rosto, morrendo de vontade de voltar pra casa, meu objetivo já havia sido concretizado. Eu já tinha visto Foo Fighters mesmo.
— Ah qual é, ontem você estava toda animadinha, hoje é minha vez.
— Tudo bem Cata não estou falando nada.
Catarina é uma boa amiga, a melhor desde que cheguei em San Diego. Dividíamos o apartamento, já que estudávamos juntas. Nada podia ser melhor que duas intercambistas dividindo um apartamento,pois entendíamos as angústias e a saudade de casa uma da outra. Eu era brasileira e ela espanhola.

Após o café da manhã a correria começou. Tive de checar o carregamento de bebidas do bar e reabastecer o frigobar das bandas assim que  acabavam. As três da tarde a maratona de shows começou. Todas bandas nesse dia eram de rock alternativo. Era até legalzinho, mas eu não estava com saco pra isso, minha cabeça e meu corpo pediam uma cama bem quentinha pra poder recuperar as três noites mal dormidas. 
Com o cair da noite as bandas principais começaram a aparecer e eu corria ate o camarim para reabastecer assim que algo acabava.
— Ana, você pode ir até o camarim de novo? Parece que a vodca acabou.
— Wow, eu coloquei duas garrafas de vodca em cada camarim hoje antes das bandas chegarem — murmurei espantada, que tipo de animais conseguiriam terminar com 4 litros de vodca?
— Os caras bebem muito mesmo.
— Tá, é pra levar mais vodca pra quem?
—  Arctic Monkeys.
— A atração principal? — enruguei o cenho, e logo depois sorri de canto. Catarina ia enlouquecer ao saber que eu entrei no camarim de sua banda favorita.
— Sim, eles entram no palco em uma hora. Vai lá que eu cuido de tudo por aqui.
— Ok — respondi desanimada. Fui até o refrigerador e peguei mais duas garrafas de vodca, além de algumas cervejas também. Pelo menos era a ultima reabastecida da noite. 
Com o crachá fui autorizada a entrar na área exclusiva dos camarins.

O amplo corredor era claro e bem arejado, pude ouvir meus próprios passos já que o local era acusticamente vedado para não atrapalhar as bandas que ainda estavam por vir. Procurei entre as portas até achar o ultimo camarim cuja a placa dizia "Arctic Monkeys". Respirei fundo e bati na porta, essa seria a primeira vez que eu entraria em um dos camarins com o artista dentro. Resolvi manter a postura seriamente profissional apesar da vontade louca de pedir um autógrafo para Cata, ela me idolatraria a partir de então. Mantive meus olhos pregados em meu all star sujo de terra e lama. Quando chegar em casa terei de lavá-lo urgentemente, pensei enquanto sentia a porta em minha frente ser aberta.
Ao levantar os olhos meu coração congela, o mesmo par de olhos da noite passada negros me fitam e sinto um frio percorrer a espinha. O Homem levanta uma das sobrancelhas e puxa um sorriso do canto dos lábio, divertindo-se com a obra do acaso e me fazendo admirar seus dentes perfeitos.
Dou um passo para trás antes de pronunciar-me:
— Pediram reabastecimento do frigobar? — perguntei tentando manter o tom de voz o mais normal possível. Deus, algo podia ser mais vergonhoso?
Ele alarga o sorriso e leva o cigarro em sua mão à boca, puxa e solta a fumaça lentamente, sem deixar de me encarar, antes de responder:
— Sim senhorita — seu tom cínico me irrita um pouco, ele se afasta deixando uma fresta mínima entre a porta e seu corpo. Ao espremer-me entre seu corpo e a soleira um misto de nicotina, álcool e perfume francês invade minhas narinas. 
Percebo mais três pessoas no cômodo que riam e afinavam seus instrumentos, nenhuma delas me designou o olhar. Ao que parece estão  concentrados demais em seus afazeres para me notar ali.

Sigo direto até o frigobar, sem olhar para trás apesar de sentir o olhar fumegante do deus grego queimando minhas costas. Apresso-me em recolocar a bebida praticamente esgotada do mini frigobar
— Você trouxe cervejas também? — senti o calor de seu corpo bem próximo ao meu e o tom de ironia que aquela pergunta trazia. Podia imaginar o sorriso sarcástico me seu rosto perfeito, porém nao me virei para conferir com meus próprios olhos. Ele não estava tão bêbado a ponto de nao se lembrar que eu era a garota do bar. Olhei em volta e os outros integrantes da banda permaneciam emplacados em uma conversa muito interessante para notar algo estranho entre eu e aquele homem que eu ao menos sabia o nome e vice-versa.
— Estão aqui — respondi com a voz falha ao terminar de colocar toda a bebida em seu devido lugar. E através de muita coragem me viro para encará-lo. Seu olhar profundo me faz corar em vergonha e algo mais que não sei explicar ao certo. Limpo a garganta antes de dirigir-lhe a palavra novamente — Precisa de mais alguma coisa?
A pergunta ficou no ar por alguns segundos sem que ele movesse sequer um músculo da face. Esse cara deve ter problemas de ligações entre neurônios só pode! Nunca vi demorar tanto pra responder uma pergunta. Ao invés disso me encarava como se quisesse ler minha alma através dos olhos.
 Uma ruga de interrogação se formou em minha testa.
— Não preciso de mais nada senhorita — respondeu ao se afastar. Essa foi a deixa para que eu desse o fora dali. E assim o fiz, percorrendo o caminho até a porta à passos largos, queria me ver livre daquele lugar o mais rápido possível.

As luzes do palco se apagaram por alguns segundos, o que denunciava a chegada da banda, e a platéia foi a loucura. Olhei para minha amiga que supostamente deveria estar ajudando na organização do local, mas ao invés disso gritava em direção ao palco misturando-se ao fim da pista. Não pude deixar de sorrir com a cena.
A banda entrou no palco em meio a acenos, o baterista deu o ultimo gole em sua cerveja antes de sentar-se e ele estava lá, colocou a guitarra ao redor do corpo e tomou seu lugar de vocalista frente à platéia. Aquela mesma sensação estranha se apoderou do meu corpo e não consegui me mover por alguns segundos. A multidão esgoelava-se até que a melodia começou imponente e contagiante. Peguei-me na ansiedade de ouvi-lo cantar, se a voz fosse tão perfeita quanto o resto...
A letra finalmente começou, um arrepio percorreu meu corpo por inteiro ao ouvir aquela voz máscula, rouca e perfeitamente afinada, perfeita. Esse era o adjetivo correto a se usar.
As letras das músicas no geral eram diferentes e inteligentes, combinadas à acordes e solos muito bem feitos, presença de palco e participação do publico fizeram com que, em minha opinião, o Arctic Monkeys conquistasse o posto de melhor show da temporada Lollapalooza 2011 em San Diego. Na verdade era a melhor banda de Rock alternativo do segundo dia do festival. E isso para uma fã fiel de Foo Fighters não é nada fácil de se admitir. Não preciso dizer o quão impressionada fiquei e de como não consegui desgrudar os olhos do palco, nem mesmo quando tinha de atender alguém.
O show terminou com uma música mais tranquila, gritos, acenos e pedidos de "mais um" que nao foram atendidos. Catarina veio louca até mim assim que o show havia terminado, a adrenalina ainda corria em minhas veias, porém tentei me conter.
— Você viu aquilo Ana? Foi demais, espetacular, Perfeito! — ela havia chegado a mesma conclusão que eu.
— Sim, foi um ótimo show. O melhor do dia.
— O melhor do dia? Me desculpe mas foi o melhor show da história do Lollapalooza! — apontou desdenhosa para minha camiseta que trazia o nome " Foo Fighters" em letras garrafais. Sorri com a provocação, apesar de não saber muito sobre rock alternativo , ela tinha razão ao dizer aquilo partindo do fato que o festival é bem recente.

Meu trabalho no bar já estava quase terminado e logo eu poderia voltar pra casa, estava juntando as garrafas de bebida espalhadas ao redor do bar. Sentia minha lombar ranger cada vez que eu me abaixava para pegar algo. Talvez carregue uma dor nas costas pelo resto da semana, mas valeu a pena pois além de assistir ao show do Foo Fighters de graça ainda tive a oportunidade de conhecer uma banda nova, além de ficar cara a cara com o homem mais sexy do planeta. É como diz o ditado todo ônus tem um bônus.

Após colocar tudo em seu devido lugar, só restava limpar o balcão e pronto, estaria tudo terminado. Comecei minha tarefa apressadamente louca para ir embora, e sem querer comecei a cantarolar um trecho de uma das músicas da banda que eu havia guardado na memória And a city of girls at night and its so Roxanne to for all the headlines running infectbly...
— Curtiu o show? — congelei no momento em que ouvi a mesma voz rouca e sexy próxima ao balcão, demorei uns dois segundos até levantar a cabeça e encarar aquelas orbes negras.
— O show foi muito bom, parabéns — murmurei corando de vergonha.
Ele repuxou um sorriso de canto de boca antes de dizer:
— É, eu sou muito bom mesmo — murmurou sem um pingo de ironia, ele realmente se achava o máximo e a única coisa que eu poderia fazer é concordar.
— Pude perceber que a modéstia também é um de seus dons — não resisti em cutucá-lo.
— Não sou eu que estou dizendo, foi a última edição da Rolling Stones.
Revirei os olhos diante da colocação, ele se achava muito. Voltei a limpar o balcão em meio ao silêncio, por vezes pude ouvir alguns suspiros vindos tanto de mim quanto dele. Minhas mãos cravadas no pano úmido, esfregava freneticamente o mármore na tentativa de acalmar os ânimos. Céus, como esse homem consegue me deixar assim apenas com sua simples presença?
— Você vai querer uma cerveja? — perguntei impaciente, aquele silêncio estava me matando. E de novo aquele sorriso cínico que eu tanto odeio decorou sua face, ele devia estar se divertindo com as reações que provocava em mim.
— O bar não está fechado? — Pude sentir a ironia inflamando seu ser, ele devia estar adorando jogar aquilo na minha cara.
— Se não vai querer nada por que ainda está aqui? — perguntei arqueando a sobrancelha impaciente.
— Nada, estou cansado das paredes do camarim.
— Huh — murmurei tentando parecer desinteressada e voltei a limpar o balcão. Terminei tudo o que tinha pra fazer tentando ignorar sua presença. Quando tudo estava realmente pronto, voltei a perguntá-lo:
— Tem certeza que não vai querer nada? Agora vou fechar de vez!
— Só vou tomar se você me acompanhar — quando ouvi aquilo quase tive um surto psicótico dos bons.
— Eu sou menor — ele me olhou com cara de "E daí?", definitivamente não era um bom moço. Pensei em recusar, já que eu odiava cerveja, mas eu não era tão trouxa a ponto de deixar aquela oportunidade passar, era a única.
— Tudo bem — murmurei indo em direção ao frigobar, peguei duas garrafas de cerveja e abri as duas entregando uma pra ele logo em seguida. Sentei-me em um banco alto de frente pra ele e tomei um gole enorme de cerveja tentando não fazer careta. Ô negocinho amargo!
— Gostou do festival?
— Sim — tomei uma pausa com outro gole procurando o que dizer em seguida — Apesar de ter dado trabalho, valeu a pena.
— É, esse festival é do caralho mesmo — agora foi a vez dele de um gole — Você estava brava ontem a noite?
— Er, na verdade um pouco estressada e muito cansada.
— Huh, entendo — murmurou um pouco pensativo. Talvez pensando em uma maneira de se livrar da conversa super empolgante no qual estávamos tendo.
— E você? O que estava fazendo aqui se seu show era só hoje?
— Minha namorada é fã de Foo Fighters e não me deixou em paz enquanto eu não prometi trazê-la e apresentá-la à eles.
— Eu faria o mesmo — Sortuda de uma figa! Além de conhecer a banda ainda namora esse deus grego?
— O que acontece com vocês garotas? Foo Fighters é uma merdinha, tudo bem que o Ghrol canta bem mas nem o trabalho de compor a própria música eles se dão!
— Ah qual é, vai me dizer que vocês compuseram todas as musicas do seu repertório? — murmurei irônica tomando mais um gole da cerveja, agora eu já estava mais acostumada com o gosto.
— Sim eu compus todas as músicas — murmurou também tomando um gole da cerveja.
Aí caramba tá de brincadeira que além de lindo, ter essa voz maravilhosa, cantar super bem ele ainda compõe? Tô começando a entender a obsessão da Cata por esse homem.
— Parabéns, as músicas são ótimas — foi a única coisa que consegui responder. Ele apenas fez um gesto em concordância e tirou uma carteira de cigarro do bolso traseiro, tirando um de dentro e me ofereceu com um gesto.
—Eu não fumo — respondi de imediato.
— Ok — respondeu levando o cigarro à boca e acendendo-o logo em seguida, nem se deu ao trabalho de perguntar se eu me importava de tê-lo fumando bem no meio da minha fuça — Aliás, o seu nome é?
— Ana Clara e o seu? — balbuciei e logo depois tomei mais um gole da cerveja amarga.
— Eu sou o...
— OMG Alex Turner é você mesmo? — ouvi uma voz bem conhecida  e tive vontade de caçar um buraco pra me enfiar dentro. Alex se virou vagarosamente com o cenho franzido e deu de cara com minha amiga branca que nem papel, seu rosto anêmico parecia ter visto um fantasma.
— Oh ótimo, mais um louca — o ouvi murmurar bem baixo.
— Ai meu Deus não acredito que é você mesmo! — agora ela já estava ao lado dele e eu estava prevendo o que iria acontecer — Não consigo acreditar.
— É, é ele mesmo Cata, nao faz escândalo por favor.
— Você é ainda mais lindo pessoalmente — berrou antes de praticamente atacá-lo. Eu sabia que isso ia acontecer. Alex apenas apoiou uma das pernas no chão para evitar a queda de ambos devido ao peso que ela jogava em cima dele e retribuiu o abraço meio sem querer. A cena era realmente patética. Será que ela não percebeu o quanto desconfortável ele estava? Fãs são cegos mesmo. — Será que você pode me dar um autógrafo? — murmurou assim que se separou dele e tinha lágrimas nos olhos. Sabe aquele fatídico momento que você sente aquela vergonha alheia? Pois é.
— Er, claro. Mas você tem um papel por aí?
— Não mas você pode assinar a minha camiseta — respondeu — Tem uma canta por aí Ana?
— Hum... — murmurei procurando algo em baixo do balcão — Achei uma aqui — lhe entreguei a caneta que logo foi repassada ao homem.
— Er, com carinho para...
— Catarina. Catarina Vasquez.
— Er, pronto — disse largando a caneta no balcão e pegando novamente a garrafa que havia sido deixada de lado.
— Bom, nós já vamos indo — murmurei já de saco cheio do clima tenso que pairava no ar.
—Já? — Catarina berrou inconformada
— Sim — lhe direcionei meu olhar mais maligno — Eu preciso fechar o bar e ir embora.
— Então tá né? — murmurou emburrada — Eu também vou terminar de arrumar umas coisinhas e já volto. Muito obrigada Alex, eu nunca mais vou tirar essa camiseta sério!
 Não pude deixar de rir, pois ele parece ter acreditado nela. Bom, em se tratando de Catarina eu não duvido de nada. Quando ela já estava longe o bastante ele se virou pra mim e antes de perguntar virou o restante do líquido na garrafa.
— Ela estava falando sério?
— Eu espero que não — respondi séria e ele torceu os lábios em um sorriso delicioso.
— Bom — ele se levantou ajeitando a jaqueta de couro — Eu vou indo agora. Obrigado pela cerveja.
— Tudo bem — respondi mirando meu par de tênis sujo de lama — Tchau — acenei com a mão totalmente desconfortável. Ele fez o mesmo e foi se afastando pouco a pouco. Pude vê-lo puxar mais um cigarro do bolso, acendê-lo e tragá-lo soltando uma fumaça branca no ar.










11 comentários:

  1. Bom ano novo!
    Eu acompanhava esta história no nyah, mas como não tinha conta era-me impossível comentar o quão bonita esta história é e o quão viciantes se torna capitulo após capitulo, MUITOS PARABÉNS À AUTORA, excelente trabalho!!
    Seria possível dizer se vai postar os restantes capítulos da fic? Ela tinha ficado numa parte mesmo intensa, omg eu tenho de saber se a Ana e o Alex ficam juntos, please

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    1. HAHAHAH que ótimo! Mal chego aqui e já me aparece uma ex leitorinha fantasma?Seja bem vinda... vou falar com minha Beta e pedir pra ela postar o restante da fic HHHHEHE um beijo linda

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    2. Oh meu deus, não quero ser fantasma, mas pensar em criar conta... fico logo com preguiça :$
      Eu vou passar a comentar mais, prometo *W*
      Beijinhos de volta!

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  2. hey sou uma das leitoras fantasmas do Nyah, também vou passar a comentar a essas fics maravilhosas sz
    feliz ano novo lindas
    Curiosidade a mil.. tem como você postar logo os capítulos até a parte que você parou no nyah?

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  3. Adorei.
    Ficou muito bem bolado e escrito, a situação não é 'forçada' nem irreal demais.
    E a personagem é cativante e divertida.
    Muito bom!

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  4. Lia Rodrigues12/01/2013, 17:11

    Lendo de novo essa fic pq eu amei da primeira vez ><

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  5. Nada melhor do que reler a minha fic preferida >_>

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  6. Adorei, eu tô lendo todas de uma vez, amei cada uma delas. Parabéns.

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  7. Oiii Nana, sem querer julgar nem nada assim, mas a letra da música está certa? Seria de 'when the sun goes down', não é? Talvez eles tenham uma versão que eu não conheça, mas a letra não me parece familiar.
    Parabéns pela fanfic, estou amando (:

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    1. Também tive essa dúvida sobre a música...mas a fic é perfeita mesmo!

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    2. De que parte da fic vc está falando, Isabela?

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